6 dons que as pessoas inteligentes costumam ter e não percebem

Algumas mentes acima da média possuem características que as tornam seres humanos únicos

Existem pessoas inteligentes que possuem dons tão acima da média que costumam não perceber que esses detalhes existem em suas características.

Pensando nisso, separamos para você uma listinha com alguns traços de talento que as pessoas com inteligência acima da média possuem e não percebem.

6 dons que as pessoas inteligentes costumam ter e não percebem

1. São muito criativas

A criatividade é uma marca presente como característica forte nas maiores mentes do mundo.

O que acontece é que elas possuem uma mente bem flexível, que foge dos padrões e pensam diferente.

2. São bastante racionais

A racionalidade é um outro traço muito forte em pessoas com a capacidade cognitiva mais elevada.

Então, elas conseguem exercer sua razão com mais lucidez, responsabilidade e tomar boas decisões em situações que exigem tomada de decisão.

3. São muito atrapalhadas e desorganizadas

Esse é mais um dom criticado por muita gente, mas bem presente na comunidade dos nerds.

De acordo com estudo da Universidade de Minnesota, o ambiente desorganizado estimula a criatividade e raciocínio do cérebro humano.

4. Dom da insônia

Pode não parecer verdade, mas sim, pesquisas apontam que elas possuem hábitos noturnos que causam insônia.

E não para por aí, acontece que as pessoas que conseguem adaptar isso em suas rotinas são tidas como as mais inteligentes.

5. Xingam muito

Você pode não acreditar, mas de acordo com um estudo realizado com pessoas de 18 a 22 anos, os jovens que xingavam com mais frequência tinham um vocabulário melhor do que os outros que não xingaram tanto.

Então, se sua mãe briga muito com você por conta de seus palavrões, está na hora de dizer para ela que isso pode ser até um dom de alguém com inteligência.

6. Tem muita curiosidade com tudo

Por último, uma pessoa com dons de boa capacidade de raciocínio é alguém genuinamente com muita curiosidade.

Ter esse traço significa que você é humilde a ponto de se permitir entrar em contato com novas informações, te fazendo alguém inteligente.

FONTE PORTAL 6

Caso Samarco: Instituições de Justiça defendem que pessoas que ficaram sem acesso a água potável devem ser indenizadas

Ação pede o reconhecimento do ‘dano água’ também àqueles que dependiam de poços artesianos ou captavam água diretamente do Rio Doce

As instituições de Justiça que atuam no caso Samarco – Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Defensoria Pública da União (DPU), Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG) e Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo (DPES) – pediram à Justiça Federal que reconheça o direito a indenização aos moradores que dependiam de poços artesianos ou captavam água diretamente do Rio Doce e que foram afetados pelo rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015.

Na petição apresentada à Justiça Federal, as instituições sustentam a ocorrência do chamado ‘dano água’, decorrente da violação ao direito humano e fundamental ao acesso à água potável em qualidade e quantidade adequada aos usos múltiplos. Segundo elas, a poluição causada pelo rompimento da barragem inviabilizou a utilização dos poços artesianos e, principalmente, a captação direta do rio Doce, fazendo com que muitas pessoas ficassem sem acesso à água potável. Assim, requerem a extensão do direito à indenização a essas pessoas, a exemplo do que já ocorreu com moradores de regiões abastecidas com água encanada que tiveram o fornecimento interrompido pelo desastre.

A ação aponta que a comunidade Entre Rios, situada no distrito de Regência, foi uma das mais impactadas. Abastecidos por uma grande quantidade de poços artesianos, moradores relataram que, após o rompimento da barragem, enfrentaram desabastecimento de água potável pelo período de 35 dias, sem qualquer auxílio por parte da Fundação Renova ou da empresa poluidora Samarco. Questionadas pelo MPF sobre a data em que o fornecimento de água por meio de caminhões-pipa e água mineral teria sido iniciado, nenhuma delas soube informar com precisão.

Pedidos – Diante da situação de desabastecimento enfrentada pelos moradores afetados no período que se sucedeu ao rompimento da barragem e da omissão da Samarco e da Fundação Renova, o MPF e as demais instituições de Justiça pedem o reconhecimento das violações ao direito humano e fundamental ao acesso à água potável como fatos incontroversos. Também requerem a inversão do ônus da prova em desfavor das empresas poluidoras (Samarco, Vale e BHP).

Em outras palavras, o pedido é para que a responsabilidade, no que diz respeito à comprovação do período de desabastecimento, seja transferida para as empresas. Desse modo, as informações prestadas pelos moradores quanto ao período em que ficaram sem acesso à água serão tomadas como verossímeis ou verdadeiras. Assim, restará à empresa apresentar provas em contrário que permitam identificar com precisão a datas em que o fornecimento de água foi iniciado em cada uma das regiões afetadas.

Por fim, o MPF e as instituições de Justiça requerem o reconhecimento do direito à indenização a todas as pessoas atingidas pelo desabastecimento de água na região, já identificadas em laudos periciais produzidos no âmbito de ação civil pública. No caso da comunidade Entre Rios, requerem que seja considerada verdadeira a informação prestada pelos moradores de que ficaram sem acesso à água potável por 35 dias, uma vez que Samarco e Fundação Renova não prestaram informações que atestassem o momento preciso em que o fornecimento de água à comunidade foi restabelecido.

Ação Civil Pública nº 1016756-84.2019.4.01.3800

Consulta processual

FONTE MPF MG

Caso Samarco: Instituições de Justiça defendem que pessoas que ficaram sem acesso a água potável devem ser indenizadas

Ação pede o reconhecimento do ‘dano água’ também àqueles que dependiam de poços artesianos ou captavam água diretamente do Rio Doce

As instituições de Justiça que atuam no caso Samarco – Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Defensoria Pública da União (DPU), Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG) e Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo (DPES) – pediram à Justiça Federal que reconheça o direito a indenização aos moradores que dependiam de poços artesianos ou captavam água diretamente do Rio Doce e que foram afetados pelo rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015.

Na petição apresentada à Justiça Federal, as instituições sustentam a ocorrência do chamado ‘dano água’, decorrente da violação ao direito humano e fundamental ao acesso à água potável em qualidade e quantidade adequada aos usos múltiplos. Segundo elas, a poluição causada pelo rompimento da barragem inviabilizou a utilização dos poços artesianos e, principalmente, a captação direta do rio Doce, fazendo com que muitas pessoas ficassem sem acesso à água potável. Assim, requerem a extensão do direito à indenização a essas pessoas, a exemplo do que já ocorreu com moradores de regiões abastecidas com água encanada que tiveram o fornecimento interrompido pelo desastre.

A ação aponta que a comunidade Entre Rios, situada no distrito de Regência, foi uma das mais impactadas. Abastecidos por uma grande quantidade de poços artesianos, moradores relataram que, após o rompimento da barragem, enfrentaram desabastecimento de água potável pelo período de 35 dias, sem qualquer auxílio por parte da Fundação Renova ou da empresa poluidora Samarco. Questionadas pelo MPF sobre a data em que o fornecimento de água por meio de caminhões-pipa e água mineral teria sido iniciado, nenhuma delas soube informar com precisão.

Pedidos – Diante da situação de desabastecimento enfrentada pelos moradores afetados no período que se sucedeu ao rompimento da barragem e da omissão da Samarco e da Fundação Renova, o MPF e as demais instituições de Justiça pedem o reconhecimento das violações ao direito humano e fundamental ao acesso à água potável como fatos incontroversos. Também requerem a inversão do ônus da prova em desfavor das empresas poluidoras (Samarco, Vale e BHP).

Em outras palavras, o pedido é para que a responsabilidade, no que diz respeito à comprovação do período de desabastecimento, seja transferida para as empresas. Desse modo, as informações prestadas pelos moradores quanto ao período em que ficaram sem acesso à água serão tomadas como verossímeis ou verdadeiras. Assim, restará à empresa apresentar provas em contrário que permitam identificar com precisão a datas em que o fornecimento de água foi iniciado em cada uma das regiões afetadas.

Por fim, o MPF e as instituições de Justiça requerem o reconhecimento do direito à indenização a todas as pessoas atingidas pelo desabastecimento de água na região, já identificadas em laudos periciais produzidos no âmbito de ação civil pública. No caso da comunidade Entre Rios, requerem que seja considerada verdadeira a informação prestada pelos moradores de que ficaram sem acesso à água potável por 35 dias, uma vez que Samarco e Fundação Renova não prestaram informações que atestassem o momento preciso em que o fornecimento de água à comunidade foi restabelecido.

Ação Civil Pública nº 1016756-84.2019.4.01.3800

Consulta processual

FONTE MPF MG

Uma porta vai se abrir para pessoas destes 4 signos

Descubra quais são os quatro signos que estão prestes a experimentar grandes mudanças e oportunidades segundo as estrelas. O cosmos pode estar sinalizando uma nova fase para você!

O universo move-se de maneira misteriosa, e a astrologia é uma das ferramentas que nos permite decifrar alguns de seus enigmas. Para alguns, a disposição das estrelas e planetas pode indicar momentos de mudança, crescimento e oportunidades. Recentemente, certos movimentos celestes sinalizam que quatro signos do zodíaco estão prestes a entrar em uma fase repleta de novas chances e possibilidades. Se você pertence a um desses signos, prepare-se, pois uma porta está prestes a se abrir!

Áries

Os arianos, conhecidos por sua energia inesgotável e paixão pela vida, estão prestes a serem beneficiados por Marte, seu planeta regente, que entra em uma posição favorável para o crescimento profissional e pessoal. Se você é de Áries, este é o momento de perseguir seus sonhos com determinação. Novos projetos e oportunidades de carreira podem surgir, e sua confiança natural será um ativo valioso. Áries também pode encontrar novas paixões ou reacender antigas durante este período.

Câncer

Os cancerianos, sensíveis e intuitivos, costumam ser protetores de si mesmos e de seus entes queridos. Com a recente passagem da Lua, sua regente, por uma posição de renovação, os nascidos sob este signo podem esperar momentos de autoconhecimento profundo. As barreiras emocionais que os impediam de abraçar novas oportunidades começarão a se dissolver, fazendo com que se sintam prontos para novos começos, seja no amor, na carreira ou na vida pessoal.

Libra

Os librianos, sempre buscando equilíbrio e harmonia, encontrarão nas próximas semanas um alinhamento estelar que favorece a realização de seus desejos mais profundos. Vênus, seu planeta regente, transita em uma posição que sugere prosperidade financeira e sucesso nos relacionamentos. Se você é de Libra, esteja aberto para novas parcerias e colaborações. O universo está conspirando a seu favor para trazer paz e abundância.

Capricórnio

Os capricornianos, com sua determinação e ética de trabalho, sempre estão focados em seus objetivos. Saturno, seu regente, está atualmente em um trânsito que sugere grandes recompensas para todo o esforço anterior. Se você pertence a este signo, prepare-se para colher os frutos de seu trabalho árduo. Promoções, reconhecimento e oportunidades inesperadas estão a caminho.

Seja você um fervoroso seguidor da astrologia ou apenas alguém curioso, é sempre interessante observar como os movimentos celestes podem refletir em nossa jornada terrestre. Se você pertence a um desses quatro signos, este pode ser um período de reviravolta e renovação em sua vida. Mas, independentemente de seu signo, o universo está constantemente em movimento e mudança, trazendo novas chances e desafios para todos nós. Esteja sempre atento e aberto às oportunidades que a vida lhe oferece!

FONTE O PETRÓLEO

Uma porta vai se abrir para pessoas destes 4 signos

Descubra quais são os quatro signos que estão prestes a experimentar grandes mudanças e oportunidades segundo as estrelas. O cosmos pode estar sinalizando uma nova fase para você!

O universo move-se de maneira misteriosa, e a astrologia é uma das ferramentas que nos permite decifrar alguns de seus enigmas. Para alguns, a disposição das estrelas e planetas pode indicar momentos de mudança, crescimento e oportunidades. Recentemente, certos movimentos celestes sinalizam que quatro signos do zodíaco estão prestes a entrar em uma fase repleta de novas chances e possibilidades. Se você pertence a um desses signos, prepare-se, pois uma porta está prestes a se abrir!

Áries

Os arianos, conhecidos por sua energia inesgotável e paixão pela vida, estão prestes a serem beneficiados por Marte, seu planeta regente, que entra em uma posição favorável para o crescimento profissional e pessoal. Se você é de Áries, este é o momento de perseguir seus sonhos com determinação. Novos projetos e oportunidades de carreira podem surgir, e sua confiança natural será um ativo valioso. Áries também pode encontrar novas paixões ou reacender antigas durante este período.

Câncer

Os cancerianos, sensíveis e intuitivos, costumam ser protetores de si mesmos e de seus entes queridos. Com a recente passagem da Lua, sua regente, por uma posição de renovação, os nascidos sob este signo podem esperar momentos de autoconhecimento profundo. As barreiras emocionais que os impediam de abraçar novas oportunidades começarão a se dissolver, fazendo com que se sintam prontos para novos começos, seja no amor, na carreira ou na vida pessoal.

Libra

Os librianos, sempre buscando equilíbrio e harmonia, encontrarão nas próximas semanas um alinhamento estelar que favorece a realização de seus desejos mais profundos. Vênus, seu planeta regente, transita em uma posição que sugere prosperidade financeira e sucesso nos relacionamentos. Se você é de Libra, esteja aberto para novas parcerias e colaborações. O universo está conspirando a seu favor para trazer paz e abundância.

Capricórnio

Os capricornianos, com sua determinação e ética de trabalho, sempre estão focados em seus objetivos. Saturno, seu regente, está atualmente em um trânsito que sugere grandes recompensas para todo o esforço anterior. Se você pertence a este signo, prepare-se para colher os frutos de seu trabalho árduo. Promoções, reconhecimento e oportunidades inesperadas estão a caminho.

Seja você um fervoroso seguidor da astrologia ou apenas alguém curioso, é sempre interessante observar como os movimentos celestes podem refletir em nossa jornada terrestre. Se você pertence a um desses quatro signos, este pode ser um período de reviravolta e renovação em sua vida. Mas, independentemente de seu signo, o universo está constantemente em movimento e mudança, trazendo novas chances e desafios para todos nós. Esteja sempre atento e aberto às oportunidades que a vida lhe oferece!

FONTE O PETRÓLEO

A cidade onde as pessoas vivem embaixo da Terra por causa do calor

Na longa estrada rumo ao centro da Austrália, 848 km ao norte das planícies costeiras de Adelaide, surgem enigmáticas pirâmides de areia.

Em torno delas, o cenário é totalmente desolado – uma extensão sem fim de poeira rosa-salmão, ocasionalmente salpicada de teimosos arbustos.

No entanto, à medida que você avança pela rodovia, surgem outras construções misteriosas similares – montes de terra clara, espalhados aleatoriamente como monumentos esquecidos há muito tempo. E, de vez em quando, tubos brancos se elevam do solo ao lado desses montes.

Estes são os primeiros sinais de Coober Pedy, uma cidade de mineradores de opala com cerca de 2,5 mil habitantes. Muitos dos pequenos picos da região são resíduos de solo gerados após décadas de mineração, mas também são sinais de outra característica do local: as moradias subterrâneas.

Neste canto do mundo, 60% da população vive em casas construídas nas rochas de arenito e siltito ricas em ferro da região. Em alguns locais, os únicos sinais de moradia são os poços de ventilação que se erguem do chão e o excesso de solo acumulado perto das entradas das casas.

No inverno, este estilo de vida pode parecer apenas excêntrico. Mas, no verão, Coober Pedy – “homem branco em um buraco”, em tradução livre de uma expressão aborígene australiana – não requer explicações: o local atinge 52°C, uma temperatura tão alta que faz com que os pássaros caiam do céu e aparelhos eletrônicos precisem ser guardados no refrigerador.

E, em 2023, este costume parece ter sido mais profético que nunca.

Foto aérea mostra aparentes montes de areia em ampla área desértica
Legenda da foto,Andar a pé no deserto perto de Coober Pedy pode ser perigoso. O terreno é salpicado de poços de mineração abandonados

Em julho, a cidade de Chongqing, no sudoeste da China, precisou abrir seus abrigos antiaéreos – construídos em meio a bombardeios em larga escala do Japão, durante a Segunda Guerra Mundial – para proteger os cidadãos contra uma ameaça muito diferente: um surto de calor de mais de 35°C que durou 10 dias. Outros se refugiaram em restaurantes em cavernas, que são populares na cidade.

Enquanto a intensa onda de calor prossegue em algumas regiões, com temperaturas que nem os cactos conseguem suportar, e incêndios florestais dizimam grandes áreas do mundo, o que podemos aprender com os moradores de Coober Pedy?

Longa história

Coober Pedy não é o primeiro, nem o maior assentamento subterrâneo do mundo.

As pessoas se refugiam embaixo da terra para enfrentar climas inóspitos há milhares de anos – desde ancestrais dos humanos que deixaram suas ferramentas em uma caverna na África do Sul há dois milhões de anos, até os neandertais que criaram pilhas inexplicáveis de estalagmites em uma gruta na França na idade do gelo, 176 mil anos atrás.

Até os chimpanzés já foram observados se refrescando em cavernas, para se proteger do extremo calor durante o dia no sudeste do Senegal.

Outro exemplo é a Capadócia, uma região antiga no centro da Turquia. Ela fica em um planalto árido e é famosa pela sua notável geologia, quase utópica, e seu cenário de cumes, chaminés e casas esculpidos pelo homem e pela natureza em rochas vulcânicas, como em um reino de conto de fadas.

Mas espetacular mesmo é o que está escondido abaixo disso. E a história de como isso foi descoberto é muito boa. Segundo a crença popular, tudo começou com o desaparecimento das galinhas de um de seus moradores.

Em 1963, um homem que fazia reformas no porão de sua casa notou que suas aves estavam desaparecendo por um buraco que ele havia aberto acidentalmente.

Ao derrubar a parede, ele descobriu uma passagem secreta – um íngreme caminho subterrâneo que levava a um labirinto de nichos e outros corredores. Era uma das muitas entradas para a cidade perdida de Derinkuyu.

Derinkuyu é apenas uma das centenas de moradias em cavernas entre as diversas cidades subterrâneas da região. Acredita-se que ela tenha sido construída perto do século 8° a.C.

A cidade foi habitada de forma quase constante por milênios, com seus próprios poços de ventilação e de água, estábulos, igrejas, armazéns e uma ampla rede de casas subterrâneas. E servia também de abrigo de emergência para até 20 mil pessoas, em caso de invasão.

Como em Coober Pedy, as moradias subterrâneas ajudavam os habitantes da região a enfrentar o clima continental, que alterna entre invernos frios com neve e verões quentes e secos. No lado externo, a temperatura flutua de vários graus abaixo de zero até mais de 30 °C, enquanto, embaixo da terra, ela fica estável em 13 °C.

Mesmo nos dias de hoje, as cavernas construídas por seres humanos na região são famosas pelas suas capacidades de refrigeração passiva – uma técnica de construção que envolve o uso de opções de design para reduzir o aumento e a perda de calor sem o uso de energia.

As antigas galerias e passagens da Capadócia abrigam hoje milhares de toneladas de batatas, limões, repolhos e outros produtos que precisariam ser refrigerados se fossem armazenados em outros locais. A demanda popular cresceu tanto que novas cavernas estão sendo construídas na região.

Solução eficaz

Colunas e paredes subterrâneas
Legenda da foto,A cidade subterrânea de Derinkuyu, na Capadócia (Turquia), foi abandonada em 1923. Ele ficou totalmente esquecida até ser redescoberta, nos anos 1960

Mais à frente, na estrada para Coober Pedy, fica o centro da cidade.

À primeira vista, ela pode ser confundida com um assentamento comum da região desértica que compõe o chamado outback australiano. As ruas são cor-de-rosa devido à poeira e existem restaurantes, bares, supermercados e postos de gasolina.

No alto de uma colina, a única árvore da cidade – na verdade, uma escultura feita de metal – observa o panorama.

Na superfície, Coober Pedy é assustadoramente vazia. As casas são bastante espaçadas entre si e a impressão é de que algo realmente parece estar errado. Mas, embaixo do solo, tudo se explica.

Alguns dos “subterrâneos” de Coober Pedy podem ser visitados através dessas casas. Elas têm aparência normal, mas suas passagens subterrâneas se revelam gradualmente à medida que entramos. Parece que estamos atravessando um guarda-roupa para sair no mundo fictício de Nárnia (de As Crônicas de Nárnia, de C.S.Lewis).

Outras passagens são mais óbvias. Em uma área de camping chamada Riba’s, as pessoas podem montar suas tendas em nichos vários metros abaixo da superfície. A entrada é através de um túnel escuro.

Em Coober Pedy, as construções subterrâneas precisam ficar a pelo menos quatro metros de profundidade, para evitar que o teto desabe. Embaixo daquele enorme volume de rocha, a temperatura é sempre agradável: 23 °C.

As pessoas que moram acima do solo precisam suportar verões extremamente quentes e noites frias de inverno, com temperaturas que costumam cair até 2-3 °C. Mas as casas subterrâneas mantêm a temperatura ambiente perfeita, 24 horas por dia, o ano inteiro.

Além do conforto, outra importante vantagem de morar embaixo da terra é a economia. Coober Pedy gera toda a eletricidade que consome – 70% dela, de origem eólica e solar. Mas ligar o ar-condicionado, muitas vezes, é caro e impraticável.

Mesas postas em galeria subterrânea
Legenda da foto,Em Coober Pedy, a rocha é tão mole que pode ser raspada com a unha.

“Para viver acima do solo, você paga uma verdadeira fortuna pelo aquecimento e refrigeração, já que, muitas vezes, faz mais de 50°C no verão”, afirma Jason Wright, o morador local que administra o Riba’s.

Por outro lado, muitas casas subterrâneas em Coober Pedy são relativamente baratas. Em um recente leilão, o preço médio das casas de três quartos foi de cerca de 40 mil dólares australianos (cerca de R$ 126 mil).

Muitas dessas propriedades eram extremamente básicas ou precisavam de reforma, mas existe uma grande diferença entre esses valores e os praticados na cidade grande mais próxima, Adelaide. Lá, o preço médio das residências é de 700 mil dólares australianos (cerca de R$ 2,25 milhões).

E as casas subterrâneas oferecem outros benefícios. Um deles é que não há insetos.

“Quando você chega à porta, as moscas saem das suas costas, elas não querem entrar no escuro e no frio”, conta Wright. E também não há poluição sonora e luminosa embaixo da terra.

Curiosamente, o estilo de vida subterrâneo também pode oferecer alguma proteção contra terremotos. Wright descreve que os tremores de terra na região produzem um ruído vibrante que aumenta e passa através do subterrâneo até o outro lado.

“Tivemos dois [terremotos] desde que me mudei para cá e nunca sequer me abalei”, ele conta. Mas o nível de segurança das estruturas subterrâneas durante atividades sísmicas depende inteiramente do seu tamanho, complexidade e profundidade.

Configuração ideal

A questão é se as casas subterrâneas poderiam ajudar as pessoas a combater os efeitos das mudanças climáticas em outros lugares do planeta. E por que elas são tão poucas?

Existem diversas razões que explicam a praticidade única da construção de subterrâneos em Coober Pedy. A primeira são as rochas da região.

“Elas são muito moles, você pode raspá-las com um canivete ou com a unha”, afirma Barry Lewis, funcionário do centro de informações turísticas da cidade.

Nos anos 1960 e 70, os moradores de Coober Pedy ampliaram suas casas da mesma forma que criaram as minas de opala, usando pás, picaretas e explosivos. Algumas delas não exigiram muito trabalho para serem escavadas, já que muitos moradores usaram poços de minas abandonados como pontos de partida.

Mas, hoje em dia, os túneis costumam ser escavados com equipamento industrial.

“Uma boa máquina de perfuração de túneis pode retirar cerca de seis metros cúbicos de rocha por hora, de forma que você pode ter uma casa subterrânea construída em menos de um mês”, explica Wright.

Várias casas escavadas em rocha na encosta
Legenda da foto,Na Capadócia, existem muitas casas escavadas na rocha vulcânica. Elas não são mais usadas como moradia

Mas ainda é possível escavar manualmente. Por isso, quando os moradores precisam de mais espaço, às vezes eles simplesmente começam a cavar. E, como se trata de uma área de mineração de opala, não é raro que um projeto de reforma acabe dando lucros.

Já houve um homem que encontrou uma gema grande saindo da parede enquanto instalava um chuveiro e, durante uma obra de ampliação, um hotel local descobriu opalas no valor de 1,5 milhão de dólares australianos (cerca de R$ 4,8 milhões).

O arenito também é estruturalmente estável sem precisar de apoios. Por isso, é possível construir salões literalmente cavernosos com pé-direito alto, em qualquer forma que você quiser, sem acrescentar materiais.

Na verdade, a construção de túneis em Coober Pedy é tão simples que muitos moradores têm casas de luxo sofisticadas, com piscinas subterrâneas, salões de jogos, grandes banheiros e salas de estar de alto padrão.

Um morador local chegou a descrever sua casa subterrânea “como um castelo”, com 50 mil tijolos aparentes e portas em arco em todos os quartos.

“Temos alguns subterrâneos surpreendentes por aqui”, afirma Wright. Ele explica que os moradores são notoriamente reservados – outra possível consequência de viver embaixo da terra – e você só consegue descobrir algo sobre eles quando é convidado para jantar.

Questão de umidade

Os benefícios de Cooper Pedy não seriam os mesmos em outros lugares parecidos.

Das muitas moradias em rochas habitadas por seres humanos, a maioria fica em locais secos. Elas incluem desde as torres e paredes construídas nos rochedos de Mesa Verde, no Colorado (Estados Unidos), habitadas por mais de 700 anos pelo povo conhecido como ancestral pueblo, até os elaborados templos, túmulos e palácios escavados no arenito rosa de Petra, na Jordânia.

Atualmente, uma das últimas aldeias cortadas na rocha e ainda habitadas do mundo é Kandovan, aos pés do monte Sahand, no Irã – um vale marcado por estranhas cavernas pontiagudas que foram escavadas e transformadas em casas, como uma colônia de cupinzeiros. A região recebe apenas 11 mm de chuva por mês, em média, durante todo o verão.

Mas construir embaixo da terra em regiões mais úmidas é claramente mais complicado.

O metrô de Londres é um exemplo. Para impermeabilizar seus túneis subterrâneos originais, construídos no século 19, eles foram revestidos com diversas camadas de tijolos e uma generosa camada de betume.

Atualmente, são utilizados métodos mais modernos. Mas, mesmo com essas precauções, ainda é comum a incidência de mofo preto nas galerias.

O mesmo problema afeta fundações de edifícios, porões e estacionamentos subterrâneos em regiões com forte incidência de chuvas em todo o mundo.

Placa em área desértica alertando sobre perigo
Legenda da foto,Coober Pedy é uma cidade incomum no sul da Austrália, onde tudo é subterrâneo, de igrejas a locais de acampamento

Existem duas razões principais para o fenômeno. Uma é a falta de ventilação, que pode fazer com que a umidade da cozinha, dos banheiros e da própria respiração das pessoas se condense nas frias paredes das cavernas. O outro motivo é a água subterrânea, se as construções estiverem perto do lençol freático.

As cavernas de Hazan, em Israel, são uma complexa rede de esconderijos subterrâneos construídos pelos judeus para escapar da perseguição dos romanos no século 2 d.C.. Ela inclui cozinhas, salões, reservatórios de água e um mausoléu de urnas funerárias.

A apenas 66 metros de distância da entrada da caverna, a temperatura nos túneis cai significativamente em comparação com o lado externo. Mas a umidade também é o dobro dos 40% verificados na entrada da caverna.

Um dos motivos pode ser o fato de que o sistema de cavernas foi construído em rocha porosa, em uma área de planície. Nestas condições, a tendência é de que o volume de água subterrânea seja maior. E seus corredores estreitos e entradas limitadas fazem com que haja pouco fluxo de ar.

Mas, em Coober Pedy, construída sobre 50 metros de arenito poroso, as condições são áridas até nos subterrâneos.

“Aqui é muito, muito seco”, afirma Wright.

Poços de ventilação garantem o fornecimento adequado de oxigênio e permitem que a umidade das atividades internas escape do subterrâneo. Mas eles, muitas vezes, são simples canos que se estendem através do teto.

Esses bunkers à prova de calor trazem, entretanto, um fator de preocupação. Lewis mora atualmente na superfície, em um parque para trailers. Sua casa subterrânea ficava embaixo do mesmo ponto onde ele mora hoje, mas ela simplesmente desabou.

“Não acontece com muita frequência”, segundo ele. “Ela estava em um local ruim.”

Também não é incomum que os moradores derrubem acidentalmente uma parede, atravessando até a casa do vizinho.

Apesar do contratempo, Lewis sente falta da vida nos subterrâneos. E Wright também recomenda o ambiente embaixo da terra para pessoas que sofrem em locais com temperaturas absurdamente altas. Para ele, “é moleza quando você sente aquele calor”.

E se o mundo continuar esquentando, é possível, sim, que, num futuro próximo, comecem a pipocar pirâmides de areia como as de Coober Pedy em outros lugares do mundo.

FONTE BBC.COM

A cidade onde as pessoas vivem embaixo da Terra por causa do calor

Na longa estrada rumo ao centro da Austrália, 848 km ao norte das planícies costeiras de Adelaide, surgem enigmáticas pirâmides de areia.

Em torno delas, o cenário é totalmente desolado – uma extensão sem fim de poeira rosa-salmão, ocasionalmente salpicada de teimosos arbustos.

No entanto, à medida que você avança pela rodovia, surgem outras construções misteriosas similares – montes de terra clara, espalhados aleatoriamente como monumentos esquecidos há muito tempo. E, de vez em quando, tubos brancos se elevam do solo ao lado desses montes.

Estes são os primeiros sinais de Coober Pedy, uma cidade de mineradores de opala com cerca de 2,5 mil habitantes. Muitos dos pequenos picos da região são resíduos de solo gerados após décadas de mineração, mas também são sinais de outra característica do local: as moradias subterrâneas.

Neste canto do mundo, 60% da população vive em casas construídas nas rochas de arenito e siltito ricas em ferro da região. Em alguns locais, os únicos sinais de moradia são os poços de ventilação que se erguem do chão e o excesso de solo acumulado perto das entradas das casas.

No inverno, este estilo de vida pode parecer apenas excêntrico. Mas, no verão, Coober Pedy – “homem branco em um buraco”, em tradução livre de uma expressão aborígene australiana – não requer explicações: o local atinge 52°C, uma temperatura tão alta que faz com que os pássaros caiam do céu e aparelhos eletrônicos precisem ser guardados no refrigerador.

E, em 2023, este costume parece ter sido mais profético que nunca.

Foto aérea mostra aparentes montes de areia em ampla área desértica
Legenda da foto,Andar a pé no deserto perto de Coober Pedy pode ser perigoso. O terreno é salpicado de poços de mineração abandonados

Em julho, a cidade de Chongqing, no sudoeste da China, precisou abrir seus abrigos antiaéreos – construídos em meio a bombardeios em larga escala do Japão, durante a Segunda Guerra Mundial – para proteger os cidadãos contra uma ameaça muito diferente: um surto de calor de mais de 35°C que durou 10 dias. Outros se refugiaram em restaurantes em cavernas, que são populares na cidade.

Enquanto a intensa onda de calor prossegue em algumas regiões, com temperaturas que nem os cactos conseguem suportar, e incêndios florestais dizimam grandes áreas do mundo, o que podemos aprender com os moradores de Coober Pedy?

Longa história

Coober Pedy não é o primeiro, nem o maior assentamento subterrâneo do mundo.

As pessoas se refugiam embaixo da terra para enfrentar climas inóspitos há milhares de anos – desde ancestrais dos humanos que deixaram suas ferramentas em uma caverna na África do Sul há dois milhões de anos, até os neandertais que criaram pilhas inexplicáveis de estalagmites em uma gruta na França na idade do gelo, 176 mil anos atrás.

Até os chimpanzés já foram observados se refrescando em cavernas, para se proteger do extremo calor durante o dia no sudeste do Senegal.

Outro exemplo é a Capadócia, uma região antiga no centro da Turquia. Ela fica em um planalto árido e é famosa pela sua notável geologia, quase utópica, e seu cenário de cumes, chaminés e casas esculpidos pelo homem e pela natureza em rochas vulcânicas, como em um reino de conto de fadas.

Mas espetacular mesmo é o que está escondido abaixo disso. E a história de como isso foi descoberto é muito boa. Segundo a crença popular, tudo começou com o desaparecimento das galinhas de um de seus moradores.

Em 1963, um homem que fazia reformas no porão de sua casa notou que suas aves estavam desaparecendo por um buraco que ele havia aberto acidentalmente.

Ao derrubar a parede, ele descobriu uma passagem secreta – um íngreme caminho subterrâneo que levava a um labirinto de nichos e outros corredores. Era uma das muitas entradas para a cidade perdida de Derinkuyu.

Derinkuyu é apenas uma das centenas de moradias em cavernas entre as diversas cidades subterrâneas da região. Acredita-se que ela tenha sido construída perto do século 8° a.C.

A cidade foi habitada de forma quase constante por milênios, com seus próprios poços de ventilação e de água, estábulos, igrejas, armazéns e uma ampla rede de casas subterrâneas. E servia também de abrigo de emergência para até 20 mil pessoas, em caso de invasão.

Como em Coober Pedy, as moradias subterrâneas ajudavam os habitantes da região a enfrentar o clima continental, que alterna entre invernos frios com neve e verões quentes e secos. No lado externo, a temperatura flutua de vários graus abaixo de zero até mais de 30 °C, enquanto, embaixo da terra, ela fica estável em 13 °C.

Mesmo nos dias de hoje, as cavernas construídas por seres humanos na região são famosas pelas suas capacidades de refrigeração passiva – uma técnica de construção que envolve o uso de opções de design para reduzir o aumento e a perda de calor sem o uso de energia.

As antigas galerias e passagens da Capadócia abrigam hoje milhares de toneladas de batatas, limões, repolhos e outros produtos que precisariam ser refrigerados se fossem armazenados em outros locais. A demanda popular cresceu tanto que novas cavernas estão sendo construídas na região.

Solução eficaz

Colunas e paredes subterrâneas
Legenda da foto,A cidade subterrânea de Derinkuyu, na Capadócia (Turquia), foi abandonada em 1923. Ele ficou totalmente esquecida até ser redescoberta, nos anos 1960

Mais à frente, na estrada para Coober Pedy, fica o centro da cidade.

À primeira vista, ela pode ser confundida com um assentamento comum da região desértica que compõe o chamado outback australiano. As ruas são cor-de-rosa devido à poeira e existem restaurantes, bares, supermercados e postos de gasolina.

No alto de uma colina, a única árvore da cidade – na verdade, uma escultura feita de metal – observa o panorama.

Na superfície, Coober Pedy é assustadoramente vazia. As casas são bastante espaçadas entre si e a impressão é de que algo realmente parece estar errado. Mas, embaixo do solo, tudo se explica.

Alguns dos “subterrâneos” de Coober Pedy podem ser visitados através dessas casas. Elas têm aparência normal, mas suas passagens subterrâneas se revelam gradualmente à medida que entramos. Parece que estamos atravessando um guarda-roupa para sair no mundo fictício de Nárnia (de As Crônicas de Nárnia, de C.S.Lewis).

Outras passagens são mais óbvias. Em uma área de camping chamada Riba’s, as pessoas podem montar suas tendas em nichos vários metros abaixo da superfície. A entrada é através de um túnel escuro.

Em Coober Pedy, as construções subterrâneas precisam ficar a pelo menos quatro metros de profundidade, para evitar que o teto desabe. Embaixo daquele enorme volume de rocha, a temperatura é sempre agradável: 23 °C.

As pessoas que moram acima do solo precisam suportar verões extremamente quentes e noites frias de inverno, com temperaturas que costumam cair até 2-3 °C. Mas as casas subterrâneas mantêm a temperatura ambiente perfeita, 24 horas por dia, o ano inteiro.

Além do conforto, outra importante vantagem de morar embaixo da terra é a economia. Coober Pedy gera toda a eletricidade que consome – 70% dela, de origem eólica e solar. Mas ligar o ar-condicionado, muitas vezes, é caro e impraticável.

Mesas postas em galeria subterrânea
Legenda da foto,Em Coober Pedy, a rocha é tão mole que pode ser raspada com a unha.

“Para viver acima do solo, você paga uma verdadeira fortuna pelo aquecimento e refrigeração, já que, muitas vezes, faz mais de 50°C no verão”, afirma Jason Wright, o morador local que administra o Riba’s.

Por outro lado, muitas casas subterrâneas em Coober Pedy são relativamente baratas. Em um recente leilão, o preço médio das casas de três quartos foi de cerca de 40 mil dólares australianos (cerca de R$ 126 mil).

Muitas dessas propriedades eram extremamente básicas ou precisavam de reforma, mas existe uma grande diferença entre esses valores e os praticados na cidade grande mais próxima, Adelaide. Lá, o preço médio das residências é de 700 mil dólares australianos (cerca de R$ 2,25 milhões).

E as casas subterrâneas oferecem outros benefícios. Um deles é que não há insetos.

“Quando você chega à porta, as moscas saem das suas costas, elas não querem entrar no escuro e no frio”, conta Wright. E também não há poluição sonora e luminosa embaixo da terra.

Curiosamente, o estilo de vida subterrâneo também pode oferecer alguma proteção contra terremotos. Wright descreve que os tremores de terra na região produzem um ruído vibrante que aumenta e passa através do subterrâneo até o outro lado.

“Tivemos dois [terremotos] desde que me mudei para cá e nunca sequer me abalei”, ele conta. Mas o nível de segurança das estruturas subterrâneas durante atividades sísmicas depende inteiramente do seu tamanho, complexidade e profundidade.

Configuração ideal

A questão é se as casas subterrâneas poderiam ajudar as pessoas a combater os efeitos das mudanças climáticas em outros lugares do planeta. E por que elas são tão poucas?

Existem diversas razões que explicam a praticidade única da construção de subterrâneos em Coober Pedy. A primeira são as rochas da região.

“Elas são muito moles, você pode raspá-las com um canivete ou com a unha”, afirma Barry Lewis, funcionário do centro de informações turísticas da cidade.

Nos anos 1960 e 70, os moradores de Coober Pedy ampliaram suas casas da mesma forma que criaram as minas de opala, usando pás, picaretas e explosivos. Algumas delas não exigiram muito trabalho para serem escavadas, já que muitos moradores usaram poços de minas abandonados como pontos de partida.

Mas, hoje em dia, os túneis costumam ser escavados com equipamento industrial.

“Uma boa máquina de perfuração de túneis pode retirar cerca de seis metros cúbicos de rocha por hora, de forma que você pode ter uma casa subterrânea construída em menos de um mês”, explica Wright.

Várias casas escavadas em rocha na encosta
Legenda da foto,Na Capadócia, existem muitas casas escavadas na rocha vulcânica. Elas não são mais usadas como moradia

Mas ainda é possível escavar manualmente. Por isso, quando os moradores precisam de mais espaço, às vezes eles simplesmente começam a cavar. E, como se trata de uma área de mineração de opala, não é raro que um projeto de reforma acabe dando lucros.

Já houve um homem que encontrou uma gema grande saindo da parede enquanto instalava um chuveiro e, durante uma obra de ampliação, um hotel local descobriu opalas no valor de 1,5 milhão de dólares australianos (cerca de R$ 4,8 milhões).

O arenito também é estruturalmente estável sem precisar de apoios. Por isso, é possível construir salões literalmente cavernosos com pé-direito alto, em qualquer forma que você quiser, sem acrescentar materiais.

Na verdade, a construção de túneis em Coober Pedy é tão simples que muitos moradores têm casas de luxo sofisticadas, com piscinas subterrâneas, salões de jogos, grandes banheiros e salas de estar de alto padrão.

Um morador local chegou a descrever sua casa subterrânea “como um castelo”, com 50 mil tijolos aparentes e portas em arco em todos os quartos.

“Temos alguns subterrâneos surpreendentes por aqui”, afirma Wright. Ele explica que os moradores são notoriamente reservados – outra possível consequência de viver embaixo da terra – e você só consegue descobrir algo sobre eles quando é convidado para jantar.

Questão de umidade

Os benefícios de Cooper Pedy não seriam os mesmos em outros lugares parecidos.

Das muitas moradias em rochas habitadas por seres humanos, a maioria fica em locais secos. Elas incluem desde as torres e paredes construídas nos rochedos de Mesa Verde, no Colorado (Estados Unidos), habitadas por mais de 700 anos pelo povo conhecido como ancestral pueblo, até os elaborados templos, túmulos e palácios escavados no arenito rosa de Petra, na Jordânia.

Atualmente, uma das últimas aldeias cortadas na rocha e ainda habitadas do mundo é Kandovan, aos pés do monte Sahand, no Irã – um vale marcado por estranhas cavernas pontiagudas que foram escavadas e transformadas em casas, como uma colônia de cupinzeiros. A região recebe apenas 11 mm de chuva por mês, em média, durante todo o verão.

Mas construir embaixo da terra em regiões mais úmidas é claramente mais complicado.

O metrô de Londres é um exemplo. Para impermeabilizar seus túneis subterrâneos originais, construídos no século 19, eles foram revestidos com diversas camadas de tijolos e uma generosa camada de betume.

Atualmente, são utilizados métodos mais modernos. Mas, mesmo com essas precauções, ainda é comum a incidência de mofo preto nas galerias.

O mesmo problema afeta fundações de edifícios, porões e estacionamentos subterrâneos em regiões com forte incidência de chuvas em todo o mundo.

Placa em área desértica alertando sobre perigo
Legenda da foto,Coober Pedy é uma cidade incomum no sul da Austrália, onde tudo é subterrâneo, de igrejas a locais de acampamento

Existem duas razões principais para o fenômeno. Uma é a falta de ventilação, que pode fazer com que a umidade da cozinha, dos banheiros e da própria respiração das pessoas se condense nas frias paredes das cavernas. O outro motivo é a água subterrânea, se as construções estiverem perto do lençol freático.

As cavernas de Hazan, em Israel, são uma complexa rede de esconderijos subterrâneos construídos pelos judeus para escapar da perseguição dos romanos no século 2 d.C.. Ela inclui cozinhas, salões, reservatórios de água e um mausoléu de urnas funerárias.

A apenas 66 metros de distância da entrada da caverna, a temperatura nos túneis cai significativamente em comparação com o lado externo. Mas a umidade também é o dobro dos 40% verificados na entrada da caverna.

Um dos motivos pode ser o fato de que o sistema de cavernas foi construído em rocha porosa, em uma área de planície. Nestas condições, a tendência é de que o volume de água subterrânea seja maior. E seus corredores estreitos e entradas limitadas fazem com que haja pouco fluxo de ar.

Mas, em Coober Pedy, construída sobre 50 metros de arenito poroso, as condições são áridas até nos subterrâneos.

“Aqui é muito, muito seco”, afirma Wright.

Poços de ventilação garantem o fornecimento adequado de oxigênio e permitem que a umidade das atividades internas escape do subterrâneo. Mas eles, muitas vezes, são simples canos que se estendem através do teto.

Esses bunkers à prova de calor trazem, entretanto, um fator de preocupação. Lewis mora atualmente na superfície, em um parque para trailers. Sua casa subterrânea ficava embaixo do mesmo ponto onde ele mora hoje, mas ela simplesmente desabou.

“Não acontece com muita frequência”, segundo ele. “Ela estava em um local ruim.”

Também não é incomum que os moradores derrubem acidentalmente uma parede, atravessando até a casa do vizinho.

Apesar do contratempo, Lewis sente falta da vida nos subterrâneos. E Wright também recomenda o ambiente embaixo da terra para pessoas que sofrem em locais com temperaturas absurdamente altas. Para ele, “é moleza quando você sente aquele calor”.

E se o mundo continuar esquentando, é possível, sim, que, num futuro próximo, comecem a pipocar pirâmides de areia como as de Coober Pedy em outros lugares do mundo.

FONTE BBC.COM

Quantas pessoas já existiram na Terra até hoje?

A população mundial hoje é de 8 bilhões de pessoas, mas se contarmos todas as pessoas que já passaram pela Terra, esse numero é muito maior

Atualmente existem cerca de 8 bilhões de pessoas vivas no mundo, mas você já parou para pensar quantos humanos já viveram na Terra? Existem pessoas que dizem que o planeta está tão cheio que o número de vivos supera o de mortos, mas será que é realmente assim?

Pode parecer que sim. Com a industrialização, as melhorias agrícolas, os avanços da medicina e uma série de outros fatores, a população mundial começou a crescer exponencialmente. Em 1900 existiam cerca de 1,6 bilhão de pessoas e em apenas pouco mais de cem anos esse número aumentou mais de 5 vezes mais.

Contando as pessoas

Contabilizar facilmente a população se tornou possível por volta de 1800, graças ao registro de pessoas, realização de censos demográficos e cobranças de impostos. O problema é o longo período que se tem antes disso, desde de antes de 60 mil anos atrás, quando os humanos modernos deixaram a África, totalizando milhares de anos onde não existiam muitas formas de quantificar a população.

Para solucionar esse problema, pesquisadores do Population Reference Bureau (PRB), em resposta a BBC em 2012, explicaram que usar dados da expectativa de vida da população em comparação com o número de nascidos vivos, de diferentes épocas e diferentes regiões, permitiria estimar o número de pessoas que viveram na Terra até agora.

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Imagem: Multidão de pessoas em uma rua comercial. Créditos: r.classen/Shutterstock

A expectativa média de vida na França da Idade do Ferro (de 800 a.C. a cerca de 100 d.C.) foi estimada em apenas 10 ou 12 anos. Sob estas condições, a taxa de natalidade teria de ser de cerca de 80 nascidos-vivos a cada 1.000 pessoas apenas para que a espécie sobrevivesse. Para colocar isto em perspectiva, uma elevada taxa de natalidade hoje é de cerca de 35 a 45 nascidos-vivos por 1.000 habitantes, e é observado apenas em alguns países da África Subsaariana.Wendy Baldwin, membro do PRB

As estimativas, são de que ao todo cerca de 117 bilhões de pessoas já passaram pela Terra desde 190 mil anos a.C. muito maior do que os 8 bilhões vivos atualmente. No entanto, os pesquisadores apontam que o método de presumir certas taxas de natalidade pode ter subestimado esse valor. “A suposição de um crescimento populacional constante, em vez de altamente flutuante, no período anterior, pode subestimar o tamanho médio da população na época”, pontuam os pesquisadores.

FONTE OLHAR DIGITAL

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Imagem: Multidão de pessoas em uma rua comercial. Créditos: r.classen/Shutterstock

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FONTE OLHAR DIGITAL

6 atitudes que fazem a pessoa que você gosta passar a te notar

Ter alguns comportamentos pode alavancar o seu flerte com aquele crush

Ao menos alguma vez na sua vida já se passou em sua mente qual seria a melhor forma de fazer aquele crush passar a te notar, não é mesmo?

Bom, nessas horas, alguns desesperados acabam metendo as mãos pelos pés e colocando tudo a perder.

É por isso que hoje viemos te mostrar que o segredo está nos detalhes!

6 atitudes que fazem a pessoa que você gosta passar a te notar:

1. Cativá-lo ao longo do dia

Começando nossa lista, agradar o seu alvo ao longo do dia pode ser um excelente artifício para conquistá-lo de uma vez por todas.

Será através do seu carinho, cuidado e preocupação que ele verá que vale a pena ter algo com você.

2. Envie fotos e vídeos interessantes

Outra coisa que você pode fazer é mandar fotos e vídeos, para isso é hora de desapegar das fotos de si mesmo!

Envie registros do seu dia, paisagens, comida, seja interessante! Só o seu rosto não conquista nada, nem ninguém.

3. Estar por dentro dos seus gostos

Procure saber as músicas que ele gosta, comidas favoritas, filmes e livros.

Assim, você terá um arsenal de assunto para falar com ele e também será uma forma dele ver que vocês dão match.

4. Cavalheirismo

Seja homem ou mulher, essa aqui é uma atitude que deixa qualquer um caidinho por você. O cavalheirismo é algo que todos cresceram vendo nos filmes e livros. Então,seja gentil, cortês e muito solicito!

5. Trate bem seus pais

Pode parecer estranho, mas a forma como você trata seus pais pode chamar a atenção do seu crush.

O seu crush usa essas observações para avaliar como você poderá tratá-lo no futuro, por isso, acabam se apaixonando.

6. Seja espontâneo

Por fim, mas não menos importante, seja espontâneo acima de tudo!

Vestir máscaras e entrar em um personagem não vai te fazer se dar bem no amor. É preciso ser você mesmo e conquistar o outro pelo o que é, e não pelo o que se criou.

FONTE PORLA 6

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