Contra a privatização dos Correios, vereadores detonam Governo Federal e aprovam Moção de Repúdio a Bolsonaro

Funcionários dos Correios marcaram presença na sessão/CORREIO DE MINAS

“Não a privatização”. Este era o coro que ecoou no plenário da Câmara de Lafaiete, logo após o sindicalista Igor Fernandes, representante da Associação dos Profissionais dos Correios, discursar na Tribuna Popular, ontem (27), quando contestou o anúncio do Governo Bolsonaro em privatizar a estatal dos Correios. “Dez minutos é muito pouco tempo para falar da importância da empresa na ajudou na integração nacional. Este empresa foi fundada em 1663”, assinalou. Diversos profissionais da estatal estavam presentes a sessão.

Igor Fernando representante do Sindicato, alertou que a privatização será nociva a sociedade brasileira/CORREIO DE MINAS

“Defender os Correios é defender os interesses do país”, comparou Igor. Segundo ele, a privatização será nociva ao Brasil, quando centenas de países mantém o serviço nas mãos do Estado, inclusive os Estados Unidos. Ele citou que os Correios é uma das empresas mais confiáveis do país e cumpre um papel social e econômico ao estar presente nos mais de 5.570 municípios brasileiros. Igor relatou que o fechamento da agência da estatal em Lafaiete faz parte do sucateamento da empresa para justificar sua privatização.

Repercussão

A Moção de Repúdio aprovada por unanimidade ao Governo Bolsonaro se estende também a diversos ministros as autoridades federais. “Eles vão vender tudo. Difamam a empresa para vender depois”, pontuou o petista Chico Paulo. O autor da Moção, o Vereador Oswaldo Barbosa (PP), ressaltou que o repúdio vem de confronto ao anúncio do Governo em privatizar a estatal de alto padrão de qualidade nos serviços prestados e sua importância social. “A decisão não me estranha, pois o presidente disse que venderia todas as estatais. Ele vai acabar com tudo”, disparou Pedro Américo.

Já o Vereador Sandro José (PSDB) fez um discurso duro contra a privatização dos Correios e de outras estatais estratégicas e pediu união contra a política econômica do estado mínimo. “Eles querem sucatear os serviços e a imagem da empresa, enfraquecer os sindicados e vender por uma bagatela. Isso vai acontecer com a Cemig e a Coposa. A briga é de todos juntos”, finalizou.

Contra a privatização, vereador apresenta Moção de Repúdio contra o Presidente Bolsonaro

O vereador Oswaldo Barbosa/CORREIO DE MINAS

Foi lida em plenário, ontem (22), uma Moção de Repúdio n} 024/2019 contra o Presidente Bolsonaro. A iniciativa partiu do Vereador Oswaldo Barbosa (PP) que criticou as políticas implementadas pelo Governo Federal.

Na lista estão as privatizações, em especial dos Correios, em que o vereador considera nociva a venda aos interesses público, em especial da camada mais pobre da população. Segundo ele, a estatal cumpre um papel social relevante e, se privatizada, desvirtuará seu foco pelo qual foi criada há mais de 300 anos. A Moção de Repúdio deve entrar em votação no plenário da Câmara de Lafaiete na próxima terça, 27. Se aprovada, deve ser enviada ao presidente do país. “È do interesse coletivo que os Correios permaneçam atuando como verdadeiro braço do Governo Federal em todo o território nacional, desenvolvendo sua missão pública notória”, salientou o vereador.

Leia na íntegra as Moção:

“Moção no 024/2019

Apresento a Vossa Excelência, nos termos do disposto no art. 197 do Regimento Interno desta Casa, a presente MOÇÃO DE REPÚDIO ao Governo Federal em face da suposta PRIVATIZAÇÃO DA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT.

Requeiro que esta Moção de Repúdio seja feita através de Ofício e encaminhada ao Presidente da República, Presidente do Senado Federal, Presidente da Câmara dos Deputados, Ministro da Casa Civil, Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Ministro da Economia, Presidente dos Correios, bem como para todos os Deputados Federais e Senadores representantes da nossa Região.

Justificativa

É de conhecimento público que os Correios são a única entidade do Governo Federal presente em todo o território nacional; que os Correios prestam serviços de interesse social muito relevantes, como o transporte e entrega de correspondências e de encomendas e o atendimento de serviços

Agência dos Correios de Lafaiete foi fechada em Julho/CORREIO DE MINAS

financeiros; que os Correios prestam inúmeros serviços relevantes para os órgãos públicos, federais, estaduais e municipais, como o recebimento de impostos e taxas, o pagamento de benefícios sociais, inscrições em cadastros e concursos, logística de eleições, distribuição de livros didáticos e de provas de concursos públicos, distribuição de medicamentos e vários outros; que os Correios realizam seus serviços com elevados padrões de qualidade operacional, o que levou a população a reconhecer a empresa como uma das instituições públicas mais confiáveis, logo após a Família e os Bombeiros; que os Correios são parceiros e fator de fomento das pequenas e médias empresas, especialmente das que atuam no comércio eletrônico, sendo líder no segmento de encomendas nacionais e internacionais; o papel estratégico de um Correio Público na logística do país, contribuindo para o desenvolvimento e integração nacional; é preciso destacar também os diversos benefícios da presença dos Correios e da oferta de seus serviços para as populações e para as economias das localidades do interior do País; que os Correios não são estatal dependente dos recursos do Tesouro Nacional; que, por tudo isso, é do interesse coletivo que os Correios permaneçam atuando como verdadeiro braço do Governo Federal em todo o território nacional, desenvolvendo sua missão pública notória.

Leia mais: Fechamento da unidade dos Correios afetará serviços e vai superlotar agência central

 

Comerciantes expressam insatisfação em alvará concedido a organizadores de feira itinerante

A Associação Comercial e Industrial de Piranga protocolou ontem, dia 18, na Prefeitura Municipal, um pedido de esclarecimento, sobre realização da Feira Itinerante que irá acontecer neste fim de semana no espaço particular Verdant, sem concessão do Alvará da prefeitura.
A Associação Comercial, juntamente com os comerciantes da cidade ,se mobilizaram para esclarecimentos sobre eventos que não são benéficos para a cidade e são aceitos de forma rotineira.

No texto enviado ao prefeito José Carlos (PV), os empresário manifestam repúdio e insatisfação já que as feiras não trazem garantia da procedência dos produtos comercializados como também o consumidor não tem a quem reclamar em caso de defeitos. Segundo os comerciantes, a feira traz prejuízos a economia de Piranga não geram impostos.

Os comerciantes  alegam desigualdade na concorrência e cobraram do prefeito José Carlos as exigências apresentadas aos organizadores para a realização da feira itinerante para concessão do alvará.

 

Chiadeira geral na Amalpa: tom da reunião foi de revolta e repúdio contra o governador Pimentel pela falta de repasses

Não era para ser diferente a choradeira geral dos prefeitos na última reunião do ano de 2018 da Amalpa, realizada hoje pela em sua sede em Lafaiete. A presença do presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), o prefeito de Moema, Julvan Lacerda já sinalizava que o tom do encontro seria de repúdio contra a falta de repasses pelo Governo Pimentel (PT).

Chiadeira geral na Amalpa: tom da reunião foi de revolta e repúdio contra o governador Pimentel pela falta de repasses/CORREIO DE MINAS

Na abertura o presidente da Amalpa, Célio Pereira, já expressava seu descontentamento com o sequestro de recursos, situação que vem deixando os Municípios em situação de extrema dificuldade em honrar seus compromissos financeiros e manter os serviços essenciais a população.

Gilvan classificou a realidade mineira como afrontante. Ele citou que mais de 200 cidades já decretaram calamidade financeira diante do quadro de penúria. Ele disse que a AMM já acionou a Justiça pedindo intervenção em Minas Gerais. “O governo de Minas está tomando recursos que é de nossa população”, desabafou.

Ele convocou para a próxima terça feira, dia 11, as lideranças regionais para uma manifestação contra a criação de um Fundo Emergencial que será votado na Assembleia de Minas. Segundo Gilvan, o projeto atende somente aos interesses do Governador e sinaliza um calote na dívida de mais de R$10 bilhões do Estado com os municípios. “Se for aprovado vamos quebrar a assembleia. Isso é um calote”, advertiu.  Para a manifestação são esperados mais de 500 prefeitos cuja reivindicação cobra a liberação de R$ 1 bilhão para aliviar a situação financeira dos Municípios de Minas.

Outros prefeitos

zelinho classificou o governador Pimentel como o pior da história de minas/CORREIO DE MINAS

O prefeito de Ouro Branco, Hélio Campos (PSDB) citou que a gravidade dos Municípios é tão alarmente que o José Walter, prefeito de Entre Rios de Minas, entrou em depressão e está afastado para tratamento médico. “Temos que nos mobilizar. Depois não adianta reclamar”, afirmou.

Mais contundente, o prefeito de Congonhas, Zelinho (PSDB) detonou o governador Pimentel classificando como o pior da história de Minas. Ele disse que, se não fosse os recursos da CFEM, já estaria em atraso como o pagamento do funcionalismo. “Para concluir 3 unidades básicas de saúde,tive usar recursos próprios do município, já que o Estado não cumpriu com o repasse do convênio”, informou.

Hélio Campos convocou prefeitos para manifestação/CORREIO DE MINAS

O prefeito Mário Marcus (DEM) também reclamou da situação financeira de Lafaiete cujo dívida do Estado com o município chega a R$31 milhões. Ele disse que a receita caiu de R$18 milhões para R48 milhões e adiantou que a prefeitura tem de pagar somente com o 13º salário quase R$ 8 milhões ainda este mês.

Na penúltima apresentação da Faculdade Santa Rita (FASAR) fez uma apresentação dos 20 anos da instituição e as ferramentas que podem auxiliar os Municípios na administração pública.

Na última plaestra do dia o representante do IPGC ( Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades), Renato Lisboa expôs quais soluções os municípios têm para enfrentar a crise financeira e atração de projetos  que possam atrair investidores. Lisboa ressaltou o importante papel que o IPGC  tem tido na modelagem de PPP´s (Parceria Público Privado) de sucesso em todo o país, onde a preocupação com o inicio do processo e a elaboração de um bom estudo de viabilidade tem sido fundamentais para o sucesso na instalação de tecnologias e inteligências de variados portes.

Reação à violência: entidades empresariais lançam manifesto e expressam preocupação com a violência crescente, citam clima de “banalização do crime” e sugerem criação de conselho

 Entidades empresarias de Lafaiete (CDL-CL, ACIAS e SindComércio) lançaram hoje um manifesto público no qual demonstram insatisfação e indignação com o clima de “banalização do crime e o crescente desrespeito a vida humana”.

O manifesto é uma reação pública aos ataques de criminosos que nos últimos 8 dias provocaram um série de atentados aos comércios que culminou ontem, DIA 17, com incêndio a loja da “Karina Modas” na qual a empresária teve seu estabelecimento totalmente incendiado. “Repudiamos essa crescente insegurança pública”, critica o texto distribuído à imprensa, citando os roubos, assaltos, arrombamentos, invasões praticados à luz do dia sem uma punição aos autores.

Nos últimos 8 dias, Lafaiete assistiu a 4 incêndios criminosos e revoltaram a sociedade

As entidades também expressaram preocupação com a realidade de Lafaiete e contestam dados oficiais da queda da violência. “É notório que nos últimos anos, ainda que índices estatais procurem demonstrar melhoria, a realidade se mostra contrária”.

O texto cita que há um “desestímulo crescente ao registro de ocorrências, que na maioria das vezes é transferido para a própria vítima, e quando é feito, especialmente nos crimes menores, poucas vezes traz resultados”.

Para reverter o quadro local, as entidades sugeriram  ao prefeito Mário Marcus (DEM) como medida inicial e urgente a criação de um de criação do Conselho Municipal de Segurança  Pública, com a  participação, dos órgãos de segurança, da Promotoria Pública, do Judiciário e de entidades da sociedade civil, para tratar de ajustes de procedimentos e trocar informações que levem a efetiva  melhoria da segurança na cidade. “Precisamos trazer de volta a Conselheiro Lafaiete tranquila pacífica e acolhedora”, finaliza a nota.

Lei o texto na integra:

MANIFESTO DE REPÚDIO- INSEGURANÇA PÚBLICA EM LAFAIETE

“Nos últimos dias a cidade presenciou estarrecida uma série de arrombamentos com roubo, acompanhados de incêndios criminosos, tendo como alvos lojas do comércio da cidade. Acreditamos que esses fatos são isolados, mas representam o avanço na pratica criminosa, de delinquentes cujos crimes não recebem punição.

Esses recentes crimes chocam pela crueldade, visto que o criminoso, aparentemente, não se beneficia do prejuízo que causa, mas também pela inconsequência, já que, ao incendiar ele assume o risco de produzir inclusive homicídios. Acreditamos que esse comportamento é claramente incentivado pela impunidade.

Vários outros crimes têm sido praticados, de maneira cada vez mais corriqueira, furtos e assaltos à luz do dia; roubos de carro, arrombamentos, invasões, etc. Estamos vivendo enfim, a banalização do crime e o crescente desrespeito à vida humana e ao patrimônio das pessoas, que culmina com a barbárie.

 repudiamos essa crescente insegurança pública.

O Estado conta hoje com uma estrutura formal de segurança jamais vista.  Entre outros órgãos é possível citar: Policia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Polícia Prisional, Policia Florestal, Corpo de Bombeiros Militar, Policia Rodoviária Estadual, Polícia Rodoviária Federal, Promotorias de Justiça Criminal e Varas da Justiça Criminal, além de outros organismos de defesa social.

Contudo, é notório que nos últimos anos, ainda que índices estatais procurem demonstrar melhoria, a realidade se mostra contrária.  Um dos motivos pode ser o desestímulo crescente ao registro de ocorrências, que na maioria das vezes é transferido para a própria vítima, e quando é feito, especialmente nos crimes menores, poucas vezes traz resultados.

Nos casos em que o criminoso é preso, raramente permanece, gerando situações absurdas como a possiblidade de um marginal com mais de 100 boletins de ocorrência permanecer solto, colocando em risco a população. Outra questão é a garantia dada pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que torna jovens, inclusive com capacidade de votar, quase inalcançáveis pela Justiça Criminal, ainda que sejam homicidas. 

Por conta de tudo isso, a polícia “enxuga gelo” e está desestimulada, a população tenta se proteger transformando suas casas com cercas elétricas, alarmes, câmeras e concertinas, empresas de segurança privada e monitoramento se multiplicam, mas o crime acontece e a sensação é a de que estamos usando aspirinas para combater um câncer.

Enfim, acreditamos que os profissionais competentes que atuam em todos os órgãos que envolvem a segurança pública, podem reverter esse quadro, se trabalharem juntos, na busca de recursos e na melhoria dos procedimentos que vão levar o criminoso a responder efetivamente pelo crime.

É inevitável que a sociedade se junte a este esforço ao sentir a presença do Estado ao seu lado para garantir sua segurança, facilitando o acesso, tendo presença ostensiva e punindo os criminosos.

Assim, como medida inicial e urgente, tendo em vista o fato de que as questões de segurança afetam o município, reiteramos ao Executivo Municipal a proposta de criação do Conselho Municipal de Segurança  Pública, com a  participação, dos órgãos de segurança, da Promotoria Pública, do Judiciário e de entidades da sociedade civil, para tratar de ajustes de procedimentos e trocar informações que levem a efetiva  melhoria da segurança na cidade. Precisamos trazer de volta a Conselheiro Lafaiete tranquila pacífica e acolhedora”.

 

 

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