Ausência de representantes da CSN gera protestos em audiência com deputados

Audiência discute barragem da Casa de Pedra/CORREIO DE MINAS

A ausência de representantes para debater a situação da barragem Casa de Pedra tem marcado a fala de participantes da audiência que ocorre neste momento em Congonhas.

O primeiro a criticar a empresa foi o requerente do encontro, deputado Padre João (PT). Ele lamentou a postura da CSN que não poderia se furtar de participar do encontro.

Outras autoridades e populares também repudiaram a empresa e cobram mais diálogo.
A ausência de representantes da CSN coloca em xeque a visita que está prevista para ocorrer as 15h.

Mais informações sobre a reunião em breve

Conselho faz alerta de que prefeitura vai perder mais de R$ 3 milhões de multa na Saúde

Reunido ontem a noite, dia 20 o Conselho Municipal de Saúde alertou que o Ministério Público vai executar uma multa de cerca de R$3 milhões (sem juros) imposta ao Município em ação ajuizada pelo Ministério Público em razão de irregularidades no atendimento de emergência do Município, no ano de 2005.

À época o Município pagava plantões de sobreaviso aos médicos e nem sempre os profissionais compareciam aos atendimentos. A irregularidade já foi sanada na ação e hoje os plantões pagos pelo Município são presenciais e com comprovação.

O Conselho vai intermediar uma última conversa com a promotoria tentado demover a intenção de executar o Município/DIVULGAÇÃO

A multa deveria ser destinada ao Fundo Estadual de Direitos Coletivos Lesados, cujos recursos podem ser empregados em qualquer outra área e em qualquer outro Município, motivo pelo qual a 2ª Promotoria fez acordo no ano de 2011 para que a multa fosse aplicada em ações de saúde no Município de Conselheiro Lafaiete.

Ocorre que desde esta época, nenhum dos 3 prefeitos que passaram cumpriram o acordo, motivo pelo qual agora a promotoria vai executar o Municípios e os recursos que poderiam ser aplicados na atenção básica de Lafaiete voltarão ao Governo do Estado.

O Conselho vai ainda intermediar uma última conversa com a promotoria tentado demover a intenção de executar o Município.

Reunião

A próxima sexta feira, dia 22, acontece na sede do Ministério Público uma reunião entre os representantes do Conselho de Saúde, o prefeito Mário Marcus (DEM) e o Secretário Municipal de Saúde, Ricardo Souza.

Na pauta das discussões um ofício em que o Conselho reclama que as decisões da saúde não passam pelo crivo do controle social, desrespeitando a participação popular.

Laboratório

Na reunião também discutido a fim do funcionamento do laboratório central, medida que, segundo o conselho, vem sedo conduzida sem ouvir as deliberações do controle social.

 

Vereadores defendem transferência dos serviços da policlínica para o hospital regional

Sandro José sugeriu que a prefeitura venda o valioso imóvel da policlínica e invista

na conclusão do hospital; vereadores desacreditam na conclusão da obra

 “Remendo novo em roupa velha não funciona”. Usando este adágio popular o vereador Sandro José (PSDB) expôs sua sugestão ao administração municipal durante a sessão de ontem a noite, quando o hospital regional voltou ao centro dos debates após Pedro Américo (PT) apresentar um requerimento cobrando do Governador Zema (Novo) as medidas para a conclusão da obra que atravessa o 4º governo.

Vereadores cobraram mais uma vez a retomada e conclusão do Hospital Regional/CORREIO DE MINAS

Sandro defendeu que a prefeitura venda a valiosa área da policlínica e reverta os recursos na conclusão do hospital regional, melhorando e ampliando o atendimento. “Temos uma área valorizada e um prédio sem condições de atender a demanda crescente. Façamos um acordo com o Governo Estadual e demos uma finalidade naquele espaço que a cada dia vem se deteriorando. Ao invés de se investir verbas e emendas parlamentares na reforma da policlínica que se destinem estes recursos ao hospital regional”, pontuou. Segundo ele, a policlínica é um espaço ultrapassado e sem estrutura adequada. “Qualquer investimento no pronto socorro não resolverá o atendimento por completo”, avaliou.

Sandro também defendeu, como seu colega André Menezes (PP) como Alan Teixeira (PHS) que o hospital regional seja transformado em uma UPA ou um centro de especialidades.

Sem esperanças e picuinhas

Vereadores manifestaram a insatisfação e descrença na conclusão do hospital no Governo Zema.  “Aquela obra foi feita com suor do povo e ao poucos vai se acabando. Infelizmente Lafaiete, uma cidade com 130 mil habitantes, sequer possui uma UTI neonatal. Nossa saúde está doente”, assinalou Alan Teixeira. “Falta respeito do Governo do Estado com Lafaiete”, concluiu, ressaltando que a obra foi palco de disputas eleitorais.

Novela do Hospital Regional já avança para mais de 10 anos/CORREIO DE MINAS

Fernando Bandeira (PTB) salientou que a conclusão não acontecerá no atual Governo. “O hospital não sai no governo Zema. O que se vai gastar é do dobro do que se investiu até agora”, ressaltou. André Menezes classificou a obra como “monumento da incompetência e memorial da irresponsabilidade.”

Já o vereador João Paulo Pé Quente (DEM) culpou os Governos do PT e PSDB pela atual estágio da obra. “Não vai sair. Os governos que se sucederam no Estado criaram empecilhos para não concluir a obra. Lafaiete foi esquecida. PT e PSDB nunca olharam para Lafaiete”, protestou. O vereador Chico Paulo (PT) comentou uma auditoria realizada no Governo do ex-prefeito Ivar apontando superfaturamento na obra.

Mais ponderado, o vereador Darci da Barreira (SD) apontou que a obra inacabada é fruto de picuinha política.

Audiência 

Pela segunda vez, o prefeito Mário Marcus se reunirá com o Governador Romeu Zema (Novo) agora a tarde, na cidade administrativa para tratar da retomada do Hospital Regional.

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Após reclamação, prefeitura recebe direção do Hospital São Camilo

Representantes da diretoria do Hospital São Camilo estiveram nesta manhã, 08/03, na prefeitura onde foram recebidos pelo prefeito Mário Marcus e o vice-prefeito Dr. Marco Antônio. No encontro foram abordados assuntos relevantes sobre a unidade hospitalar. Na oportunidade o prefeito e o vice reafirmaram sua admiração e estima pelo hospital, pela equipe médica e demais profissionais que lá atuam.

Hoje pela manhã, prefeito e vice-prefeito se reuniram com a direção do Hospital São Camilo/DIVULGAÇÃO

Durante a reunião foi estabelecido que o  assunto será levado ao conhecimento do secretário de saúde, para então fazer um planejamento para melhor aproveitamento da unidade hospitalar com objetivo de proporcionar benefícios à população, bem como buscar a valorização e fortalecimento do hospital.

O outro lado

No último dia 28 a gestora do Hospital São Camilo Filomena Cardoso, Tribuna Popular da Câmara Municipal sobre questões envolvendo a unidade de saúde.

Nas últimas sessões vereadores comentaram sobre o esvaziamento do hospital em contraponto com a situação da Policlínica, segundo eles, quase sempre superlotada.

A expetativa era grande para o momento da Tribuna Popular, até que os próprios vereadores, além da imprensa presente no plenário, se surpreenderam com a ausência da administradora do hospital.

 O vereador Sandro José afirmou ter recebido uma mensagem de Filomena, informando de sua impossibilidade de comparecer por motivo de saúde. Ela teria, no entanto, adiantado que não estaria presente por meio de e-mail enviado a Casa, mas que não foi localizado pelos servidores da Câmara.

Em diversas sessões, vereadores criticaram o esvaziamento do São Camilo, dependente diretamente do SUS.  A situação tem deixado a direção do hospital inconformada.

Leia Mais:

http://correio.local/gestora-do-sao-camilo-nao-comparece-a-tribuna-popular-e-surpreende-vereadores/

 

 

Ouro Branco participa do Planejamento Estratégico do Projeto Caminhos de São Tiago

Ouro Branco participa do Planejamento Estratégico do Projeto Caminhos de São Tiago/Reprodução

Aconteceu a reunião na sede do Sebrae MG, em BH, visando a construção do Planejamento Estratégico do Projeto Caminhos de São Tiago. Os vice-prefeito, Dr. Celso Vaz e equipe da Secretaria de Desenvolvimento de Ouro Branco participam da reunião juntamente com secretários municipais, Sebrae, Senac, secretários municipais, servidores municipais das áreas de turismo e desenvolvimento dos 11 municípios que compõem os caminhos de São Tiago.

Prefeitos das cidades mineradores cobram do Governador Zema intervenção em favor dos empregos da Vale

O governador Romeu Zema recebeu para uma rais (AMIG), como seu atual presidente e prefeito de Nova Lima, Vitor Penido, o ex-presidente e prefeito de Congonhas, Zelinho, e ainda seus pares Avimar de Melo Barcelos (Brumadinho), Alex Salvador (Itabirito), Antônio Carlos Noronha Bicalho (São Gonçalo do Rio Abaixo) e Marcelo Pinheiro do Amaral (Sarzedo). Os prefeitos solicitaram apoio para garantirem segurança às cidades onde há barragens da mineração.  Outro pedido foi no sentido de intervir junto à Vale para que não se confirmem as informações extraoficiais que dão conta da paralização da atividade da mineradora VALE em algumas destas cidades mineiras, entre estas Congonhas, onde se encontra parte da Mina de  Fabrica.

Reunião com prefeitos das cidades mineradores para cobrarem do Governador Zema intervenção em favor dos empregos da Vale/DIVULGAÇÃO

“O governador se comprometeu em criar um Conselho para discutir este momento difícil relativo à atividade da mineração em Minas Gerais. Zema assumiu o compromisso de indicar tanto a AMIG quanto outras entidades de Minas Gerais para participarem deste conselho, que terá como meta a defesa da vida e de uma mineração com sustentabilidade”, relata o prefeito Zelinho.

Na parte da tarde, os prefeitos e a Consultoria da AMIG reuniram-se com o diretor executivo da Vale, Luiz Eduardo Osório, e o diretor de sustentabilidade Regional da Vale, Sergio Leite, pedindo explicações sobre a declaração do presidente da mineradora para jornais de que irá paralisar algumas minas de minério de ferro no Estado. “O Diretor executivo ficou de fazer uma agenda com os prefeitos após o Carnaval para prestar esclarecimentos sobre esta fala do presidente.

“Colocamos nossa grande preocupação com o possível desemprego de funcionários diretos da Vale, bem como dos terceirizados que prestam serviço à empresa. Destacamos também o grande prejuízo que as cidades mineradoras e o Estado terão com a possível paralisação dessas minas. O diretor executivo da Vale, Luiz Eduardo Osório, se mostrou sensível ao pedido dos prefeitos e se comprometeu a levar também esta resposta para a reunião marcada para após o carnaval”, completou Zelinho.

Também participaram das duas reuniões a secretária executiva da AMIG, Stael Tamires, e os consultores da entidade Roseane, Rogério e Valdir Salvador (Juninho). Este último fez uma explanação tanto para o governador, quanto para os diretores da Vale sobre o importante papel da AMIG, que, há 30 anos, vem defendendo os interesses das cidades mineradoras.

Prefeito Hélio Campos se reúne com Secretários do Governo do Estado

Prefeito Hélio Campo em reunião na Cidade Administrativa/DIVULGAÇÃO

O prefeito Hélio Campos esteve esta semana em reunião na Cidade Administrativa e foi recebido pela Secretário de Governo de Minas Gerais, Custódio de Mattos e o Superintendente de Planejamento, Gestão e Finanças da Secretaria de Governo de Minas Gerais, Marcelus Lima.

Estiveram em pauta projetos para o desenvolvimento do Município de Ouro Branco.

Gestora do São Camilo não comparece à Tribuna Popular e surpreende vereadores

O aguardado pronunciamento da administradora do Hospital São Camilo, Filomena Cardoso, não ocorreu na noite de ontem, dia 28. Ela falaria na Tribuna Popular da Câmara Municipal sobre questões envolvendo a unidade de saúde. Nas últimas sessões vereadores têm comentado sobre o esvaziamento do hospital em contraponto com a situação da Policlínica, segundo eles, quase sempre superlotada.

A expetativa era grande para o momento da Tribuna Popular, até que os próprios vereadores, além da imprensa presente no plenário, se surpreenderam com a ausência da administradora do hospital.

O vereador Sandro José afirmou ter recebido uma mensagem de Filomena, informando de sua impossibilidade de comparecer por motivo de saúde. Ela teria, no entanto, adiantado que não estaria presente por meio de e-mail enviado a Casa, mas que não foi localizado pelos servidores da Câmara.

Em diversas sessões, vereadores criticam o esvaziamento do São Camilo, dependente diretamente do SUS.  A situação tem deixado a direção do hospital inconformada.

Contra o medo e o pesadelo, lideranças defendem que CSN retire moradores atingidos pela barragem; assembleia de Minas e Câmara dos deputados farão audiências públicas

Mais de 400 moradores lotaram o ginásio do Dom Oscar, em Congonhas / CORREIO DE MINAS

Aos pés da polêmica barragem de Casa de Pedra, com quase 50 milhões de m³ de rejeitos, mais de 500 moradores dos Bairros Residencial, Cristo Reis e adjacentes promoveram ontem à noite na Quadra Dom Oscar mais uma reunião de mobilização e resistência em torno de propostas que visam a tranquilidade da população atingida pelo empreendimento. A iniciativa é de moimentos sociais entre os quais, igreja, associações comunitárias e o MAB (Movimento dos Atingidos pelas Barragens)

Ao final de mais de 3 horas de intensa e acalorada, duas propostas principais foram definidas como as principais ações: realização de uma audiência pública pela Câmara Municipal e retirada dos moradores que vivem ao entorno da Barragem Casa de Pedra até o descomissionamento da barragem. “Vocês já são atingidos pelo medo, pela depressão e pela angústia. Não existe solução diferente do que vocês terem a escolha de poder morar em outro lugar. Vamos lutar para que todos os moradores tenham este direito e CSN é obrigada a atender todos vocês”, declinou o deputado federal Padre João (PT) que defendeu que a realização de uma audiência pública promovida pela Câmara dos Deputados e a participação também do Ministério Público Federal.

Lideranças, sindicalistas, deputados, promotor e representantes da sociedade civil organizada defenderam maior transparência da CSN / CORREIO DE MINAS

O deputado federal, Fred Costa (AVANTE), defendeu o direito dos moradores escolherem suas moradias distante da barragem. “Isso é um monstro e as mineradoras visam apenas o lucro. Onde os pais poderiam deixar seus filhos para estudar se onde eles moram é um lugar totalmente de risco?”, questionou. “O direito de vocês é legítimo. Não dá para confiar em nenhuma mineradora”,

Reunião Ecumênica protestou contra as mineradoras e alertou catástrofe em congonhas / CORREIO DE MINAS

completou.

O Promotor, Vinicius Alcântara, fez um histórico do engajamento do Ministério Público desde 2013 em favor da estabilidade e segurança na barragem. “Foi graças a nossa atuação que diversas intervenções foram promovidas pela CSN na barragem quando detectamos riscos de rompimento. Através de TAC, a CSN foi obrigada a pagar uma multa de R$1,5 milhão, deste valor R$1 milhão destinado ao Asilo. Agora vamos exigir uma manifestação pericial sobre o descomissionamento da barragem e processo anunciado de que até 2019 os rejeitos serão a seco”, informou.

A  Deputada Estadual Beatriz Cerqueira (PT) antecipou que hoje apresentaria um requerimento na Assembleia de Minas para a realização de uma audiência pública para discutir a desativação da barragem a imediata transferência da escola e de uma creche municipal, já que moradores relataram o drama de deixar seus filhos em um local inseguro.

Adolescente disse que sua família não dorme com medo da possibilidade do rompimento da barragem

O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Neilor Aarão, mostrou diversas ações da pasta para impor medidas rigorosas às mineradoras que visam a segurança e afirmou que não haverá mais alteamento em Congonhas. Segundo elas, Gerdau, vale, Ferrous e CSN foram multadas em mais de R$2 milhões por descumprimento de medidas previstas no Plano Municipal de Barragens, iniciativa ainda inédita no Brasil em que o Município toma para si a responsabilidade de fiscalizar os empreendimentos minerários, exigir segurança, transparência em licenciamentos ambientais e participação popular. “Eles virão com chantagem do emprego”, desabafou Ivan, representante do Sindicato Metabase. “Temos urgência em uma solução de levar tranquilidade aos moradores”, afirmou José Vieira, representante da OAB.

A ausência de representantes da CSN foi criticada. Os deputados Bartô Estaduais (NOVO) e Cleitinho (PPS) 0 estiveram presente na reunião.

“Nós vamos morrer. Não temos chances”, desabafa moradora

Um dos momentos mais marcantes da reunião foi quando os moradores usaram o microfone para relatar o drama vivido sob barragem. Em certos momentos os depoimentos expressaram a dor, a angústia e o sofrimento de ser obrigados a viver perto de um empreendimento comparado a uma “bomba relógio”. “Nós vamos morrer e não temos chances. Queremos que a CSN pague o aluguel para morarmos em outro lugar. Estamos vivendo um pesadelo há mais de 10 anos”, declarou Marlúcia Resende, afirmando que acorda durante a noite omada de medo da possibilidade de rompimento da barragem Casa de Pedra.

Moradores de Brumadinho, participaram de reunião

O temor que a barragem desperta nos moradores é algo que assusta pelas declarações. São pessoas que não dormem, fazem uso de remédios para controlar a medo e uma série de relatos que testemunham o sofrimento latente de pessoas e famílias a beira de uma catástrofe anunciada. “Oito minutos são insuficientes para a gente deixar nossas casas. Se romper não há tempo de salvar nada. Nossas vidas são um drama diário de viver sob esta barragem. Vivemos sob a intranquilidade. Acordo de noite e não durmo mais. Não temos mais paz aqui”, comentou Silmara Viana Azevedo. “Nossa vida é chorar. Como vamos viver sabendo que estamos a menos de 300 metros da barragem? Queremos ao menos dormir em paz”, completou a moradora que cobrou incisivamente a retirada dos alunos da creche e da escola do Residencial. Silmara contou que seu irmão deixou o bairro e alugou uma casa outra região diante da situação de crescente temor e medo.

Evento prestou solidariedade a ás centenas de vitimas de Brumadinho / CORREIO DE MINAS

Um dos momentos mais marcantes foi o depoimento de Geraldo Alcir, de 63 anos, que veio de Brumadinho para ajudar os congonhenses. Ele é um dos fundadores do SOS Piedade do Paraopeba, associação que defende os moradores do distrito que fica a menos de 30 km da Barragem da Vale. “Nós convivemos com uma barragem em Piedade do Paraopeba e não queremos que os moradores de Congonhas passem o que estamos passando”, disse arrancando aplausos.

“De nada adianta siriene, rotas de fugas e plano de evacuação se temos apenas 8 minutos para deixar nossas casas?”, avaliou a professora Adriane. O líder comunitário Sandoval de Souza salientou que desde 2008 Congonhas vive o medo. “As mineradoras escondem as informações e a comunidade fica a ver navios. Não há transparência. Elas só visam lucros e pouco se lixam para Congonhas. A população é contada como números e os moradores vivem o risco do rompimento e zona da incerteza”, comentou. “Temos que cobrar a instalação de uma CPI das Barragem para investigar os deputados financiados pelas mineradores. Eles também são culpados na tragédia de Brumadinho”, salientou a liderança congonhense Leleco. “Eles vem aqui buscam votos, depois viram às costas e votam contra a gente”, completou.

Comunidades de diversas cidades da região protestaram na reunião / CORREIO DE MINAS

O cenário descrito em depoimentos expressam o medo e inconformismo dos moradores que defendem a desativação da Barragem Casa de Pedra, a maior da América Latina em área urbana. Esta situação dramática cresceu desde que o mar de lama da Vale varreu Brumadinho e tem levado os moradores de Congonhas a constantes reuniões, protestos e manifestações.

O Presidente da Câmara de Jeceaba, cidade que seria afetada com um rompimento da barragem de Casa de Pedra cobrou mobilização. “A tragédia alimenta a mídia mas não podemos deixa cair no esquecimento. Passou Mariana e agora vai passando Brumadinho. Uma tragédia em Congonhas acaba com Jeceaba em poucos minutos e até mesmo Belo vale”, alertou.

Na semana passada a CSN comunicou que até o final do ano vai encerrar a disposição de rejeitos na barragem Casa de Pedra. A desativação será feita gradualmente, após a entrada em vigor da segunda fase do projeto de processamento industrial, que permite a recuperação de parte do minério de ferro presente nos rejeitos. “Vamos cobrar da mineradora do processo e colocar a comunidade participantes deste processo de descomissionamento”, disse o promotor Vinicius Alcântara.

Confira as fotos na galeria:

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Clima de medo: moradores promovem reunião e deputados se encontram com promotor para discutir segurança em barragem

Moradores defendem suspensão das atividades da barragem Casa de Pedra/ Divulgação

O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, criou Comissão Externa destina da fazer  o acompanhamento e fiscalizar as barragens existentes no Brasil e acompanhar as investigações relacionadas ao rompimento da barragem da Vale de Brumadinho ocorrida no dia 25.

Hoje por volta das 16:00 horas, um grupo de deputados federais Padre João, Fred Costa e  Rogério Correa e os deputados estaduais Cleitinho, Beatriz Cerqueira e Bartô se reúnem com o promotor da comarca de Congonhas, Vinícius Alcântara Galvão quando discutem os riscos e segurança da barragem de rejeitos de Casa de Pedra de propriedade da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

Reunião

Por volta das 18:00 horas, moradores dos Bairros Residencial e adjacentes se reúnem na Quadra do Dom Oscar, em Congonhas, para discutir ações em torno de ações em torno da barragem Casa de Pedra. Eles buscam apoio para pressionar pela suspensão das atividades e transferência de suas casas distantes da barragem, cujo empreendimento a mineradora antecipou que será desativada no final de 2019.

Suspensão

A CSN planeja encerrar a disposição de rejeitos na barragem Casa de Pedra, em Congonhas (MG), até o fim do ano. A desativação da barragem de mineração, apontada como uma das maiores do mundo localizada em área urbana, será feita gradualmente, após a entrada em vigor da segunda fase do projeto de processamento industrial, que permite a recuperação de parte do minério de ferro presente nos rejeitos.

A mineradora já consegue “secar”, ou seja, extrair a água e recuperar parte do minério de ferro, de quase metade dos rejeitos atualmente produzidos no complexo Casa de Pedra. Com a conclusão da segunda etapa do projeto, já em fase de testes, quase 100% do material hoje descartado passará a ser submetido ao processo de filtragem e separação magnética. Toda a água retirada do material antes descartado poderá ser reutilizada nos processos produtivos. Já os resíduos sólidos passarão a ser empilhados em outro local.

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Leia mais:
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http://correio.local/promotoria-cobra-informacoes-de-desativacao-da-barragem-da-csn/

http://correio.local/prefeitura-exige-novos-laudos-de-estabilidade-de-barragens-da-csn-vale-ferrous-e-gerdau-movimento-dos-moradores-do-residencial-faz-cobrancas-ao-prefeito-zelinho-e-a-csn/

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