Legal, mas imoral. Os vereadores de Entre Rios de Minas aprovaram recentemente a criação de um vale-alimentação no valor de R$ 1 mil para uso exclusivo dos parlamentares. A medida, estendida aos servidores, aprovada pela maioria da Câmara Municipal, gerou forte reação da população e abriu debate sobre o uso dos recursos públicos em um momento de contenção de gastos no município e regalia legislativa.
A iniciativa provocou indignação nas redes sociais, onde moradores manifestaram descontentamento com o privilégio concedido aos vereadores, especialmente diante das dificuldades enfrentadas por outras áreas da administração pública. Apenas dois parlamentares — Zé Branco e Lucas Advogado — votaram contra a proposta. Já o vereador Rafael Neto, embora tenha assinado o projeto, declarou que abrirá mão do benefício.
A aprovação, feita sem ampla transparência e sem diálogo com a sociedade, escancara a distância significativa entre os interesses políticos dos vereadores e as demandas da população. A polêmica em torno do vale-alimentação destaca a necessidade de maior responsabilidade e sensibilidade no uso dos recursos públicos em Entre Rios de Minas. Além do privilégio, a Câmara vai contratar uma empresa para fornecimento do ticket ou operadora de cartão. Inclusive cabe um questionamento ao Ministério Público sobre o pagamento do vale-alimentação.
Outra cidade
- Foto capa: Reprodução/Câmara de Entre Rios de Minas