29 de março de 2024 02:24

Vereadores cobram ações preventivas e emergenciais contra infestação de pombos: “só reagimos em tragédias”, rebate Lúcio Barbosa

A ocupação desordenada pelo homem de espaços para a construção de casas, prédios e, até bairros, que antes eram destinados à natureza, está provocando graves problemas. Cada vez mais é possível ver animais silvestres em centros urbanos e essa convivência forçada pode ser prejudicial à saúde da própria população.

E um desses problemas é a proliferação de pombos nas cidades. Aparentemente inofensivos, esses animais podem trazer danos a nossa saúde. O principal risco são as doenças causadas pelas fezes dessa ave. Quando elas secam, acabam se misturando a poeira e ao ar e acabamos inalando, podendo nos contaminar com fungos e bactérias responsáveis por doenças nos aparelhos respiratório e digestivo.

O Vereador Alan Teixeira / CORREIO DE MINAS

Em Lafaiete, os pombos dominam espaços públicos como rodoviária, poliesportivo, policlínica, creches e principalmente escolas. O vereador Alan Teixeira(PHS) apresentou um requerimento cobrando do setor responsável da prefeitura um plano de ação/prevenção sobre casos de infestação de pombos em espaços e áreas, em virtude da possibilidade de propagação da “doença do pombo”, onde o fungo que se desenvolve nas fezes das aves pode causar infecção fatal.

O debate em torno do tema despertou uma discussão longa entre os vereadores. “É um problema de saúde pública”, assinalou Alan.

Vereadora Carla Sassi /Reprodução

A vereadora e veterinária Carla Sassi (PSB) explicou que aumento das aves se deve por três fatores: a oferta de abrigo, com muitas casas e prédios, a ausência de predadores, como gaviões, e o fácil acesso a comida. Por isso, para evitar a proliferação, a primeira medida a ser tomada é não alimentar os pombos.

“Quando damos comida, os pombos acabam se acostumando e ficam alojados nas casas”, explicou, cobrando uma ação efetiva da prefeitura. Com a falta de comida, as aves são forçadas a procurar alimentos em outros locais.

Ela antecipou que foram colhidas diversas amostras de fezes eu serão analisadas pela Universidade de São Paulo.

O vereador Sandro José (PSDB)/CORREIO DE MINAS

O vereador Sandro José (PSDB) comparou o pombo a “rato de asas”, tal a preocupação em que dever se encarado o problema em Lafaiete. O vereador André Menezes (PP) propôs a realização de uma audiência pública. Darcy da Barreira (SD) e Fernando Bandeira (PTB) alertam sobre a urgência no controle das aves, principalmente em escolas, como é o caso da Júlia Miranda onde os pombos convivem com os aluno, oferecendo sérios riscos a saúde.

Proibição

Vale ressaltar que existe uma lei (Lei Ambiental Nº 9605/98) que proíbe a ação de matar ou causar sofrimentos aos animais, podendo sofrer as sanções penais e administrativas.

Vereador Lúcio Barbosa/CORREIO DE MINAS

Tragédias

O Vereador Lúcio Barbosa (PSDB) fez um comentário mais contundente e incisivo. Ainda tomado pela tristeza e dor causados pela morte recente do comerciante Jair Egg, atingido por uma vaca quando pilotava sua moto na Br 482, Barbosa fez uma provocação a classe política lafaietense. “Porque aqui em Lafaiete, os políticos só reagem quando há uma tragédia? Será que vamos esperar uma nova morte ou um epidemia para que as coisas funcionem?”, questionou.

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