A Prefeitura de Congonhas tem realizado inúmeras negociações com a Direção da CSN Mineração para busca de solução para a questão da Barragem Casa de Pedra. Em reunião com a empresa, foi anunciada a aquisição de equipamentos italianos para realizar a disposição de rejeitos a seco por empilhamento. Eles irão auxiliar na diminuição de material que é depositado em barragens. Segundo a mineradora, uma parte destes equipamentos já está funcionando.
Uma segunda planta de disposição de rejeito a seco irá entrar em operação no segundo semestre de 2019. Ainda de acordo com a mineradora, ela está trabalhando para que este ano, 100% da produção da mina passem a ser beneficiada com esta tecnologia a seco.
Como consequência da medida, a CSN também informou ao prefeito Zelinho que encerrará a disposição de rejeitos úmidos em todas as barragens de Mina Casa de Pedra. A barragem, que está posicionada nas proximidades de bairros residenciais de Congonhas, entrará em processo de secagem. Com isto será descomissionada, o quer dizer que será esvaziada, tampadas e devolvidas à natureza em um processo de reflorestamento, O processo leva até 5 anos
Manifestação
Dezenas de moradores dos bairros próximos à barragem da mina Casa de Pedra, estiveram esta tarde portaria da CSN para entregar documento aprovado ontem com 3 proposta durante assembleia promovida pela Associação dos Moradores do Bairro Residencial. “Vamos entregar nossa proposta pessoalmente. São três pontos: o principal é secar a barragem, o segundo é desocupar os região diretamente afetada, onde vivem cerca de 1.500 pessoas, o terceiro ponto é discutir uma indenização para famílias que há anos convivem com os transtornos”, afirma o presidente da Associação de Moradores do Residencial, Warley Ferreira.
Para a balconista Michelle Salgado, 34, já passou da hora de uma solução definitiva. “A gente vive com medo. Qualquer barulho a gente já olha pensando que a barragem vai romper. Ultimamente temos até ouvido rumores de vazamento. A solução é secar a barragem”, destaca Michelle.
Um representante da empresa apareceu e sugeriu que uma comissão fosse formada com seis pessoas para entrar na sede. Os moradores se recusaram e exigiram que os representantes assinassem protocolo de recebimento da proposta diante de todos os presentes, do lado de fora.
Agora a pouco, recebeu o documento com as propostas dos moradores e adiantou a eles que a barragem será seco e confirmou que será descomissionada.