A audiência pública sobre a infestação de escorpiões no Cemitério Paroquial Nossa Senhora da Conceição, a ser realizada no dia 5 de junho, já provoca polêmica e antecipa um clima de disputa e confronto.
Ontem (28), o Vereador Chico Paulo (PT) insinuou que, ao contrário de audiências anteriores, há uma ampla divulgação com faixas e carro de som nas ruas para a reunião que acontecerá a semana que vem a partir das 18:30 horas na Câmara Municipal. O petista também cutucou seus colegas arguindo a ação de vereadores evangélicos e até mesmo perseguição ao Pároco José Maria Coelho. “Estamos vendo panfletos e faixas espalhados pela cidade. A outras audiências realizadas sobre o Consea e reforma da previdência não tiveram a mesma divulgação. Qual interesse que está por trás da audiência? Perseguição a Igreja Católica e ao padre? Será que há outros interesses de evangélicos?”, questionou.
Contra ataque
Dos 13 vereadores, pelo menos 2 são evangélicos. Ao usar a Tribuna, o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) refutou o viés de perseguição levantado por seu colega e supostos interesses do grupo de evangélicos na Câmara. “Dos 4 que assinaram o requerimento, 3 são católicos.O erro é dele e a culpa da situação é dele. Se houver um padre prefeito, também vamos criticá-lo, independente da fé ou da religião”, disparou. João Paulo é um dos vereadores que mais contestam a situação do cemitério e já protagonizou discussões inflamadas e troca de farpas públicas com o Padre José Maria.
Segundo Pé Quente, cabe aos proponentes dos requerimentos solicitar ao cerimonial da Câmara a divulgação das audiências. “O senhor está querendo jogar os vereadores um contra o outro. Se vocês não solicitaram divulgação das audiências a culpa são suas”, observou.
Presidente
O Presidente da Câmara, o vereador Fernando Bandeira (PTB) afirmou que não há qualquer tratamento diferenciado ou favorecimento e confirmou que foram afixadas faixas para a divulgação da audiência sobre o cemitério Nossa Senhora da Conceição. “Me foi solicitada a divulgação e concordei. Sou católico e trabalho em pastorais e nem por isso deixei de votar em favor do requerimento, já que era uma demanda legítima da comunidade”, justificou.
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