Bate boca: em meio a sessão tumultuada e disputa interna, vereadores destravam pauta da Câmara

“O senhor está restringindo meu direito de falar. Isso é um desrespeito”, disparou a Vereadora Damires Rinarlly (PV) já nos instantes finais da sessão, ao insistir no uso da “questão de ordem”, retrucando seu colega, o Presidente Vado Silva (DC) que imediatamente encerrou a sessão, quando já eram por volta das 22:00 da noite desta quinta-feira (15).

A reunião foi tumultuada expondo um racha interno em torno do destravamento da pauta, situação que já perdura mais de um mês em que os vereadores não votam os projetos da ordem do dia, em especial de iniciativa do Executivo. A situação inédita foi um acordo firmado entre os 13 vereadores e sindicato dos servidores públicos para presisonar a prefeitura de Conselheiro Lafaiete (MG) na busca de um diálogo com o Executivo sobre uma pauta de reivindicações e concessão de um reajuste salarial.

Em meio ao bate boca e discussões mais ríspidas, a sessão foi tensa em que os vereadores divergiram sobre retorno retomada das votações. Ainda durante a sessão, eles suspenderam a sessão por 30 minutos e se reuniram na cozinha da Casa para discutir a situação regimental.

A base governista, que defendia a volta a normalidade, retomou a sessão, porém 4 vereadores (Erivilton Jayme, Pedro Américo, Damires Rinarlly e Fernando Bandeira) descontentes com quebra do acordo, não participaram das votações e terão o dia de sessão descontados em seus salários.

“Sempre apoiamos todas as demandas dos servidores, mas precisamos destravar a pauta. Quem não quer um aumento, seja ele, de 5, 6 ou 10% aos servidores? Não tenho medo de ninguém. Que os funcionários retomem a greve e Justiça resolva a situação, mas temos que voltar a normalidade de votações”, reverberou Giuseppe Laporte (MDB).

O Vereador Sandro José (PROS) ponderou, que conforme os números financeiros, que impediriam um aumento salarial, em função dos limites prudenciais de gastos com folha, sugeriu um levantamento mais profundo das finanças municipais. “Sugiro que o secretário de fazenda enviei a Câmara um relatório detalhado de gastos com a folha salarial dos efetivos, contratos e comissionados e quem tem sabe tem uma gordurinha de sobra?”, pontuou.

O Vereador e Líder do Governo, João Paulo Pé Quente (DEM) aventou a contratação de uma analista de finanças para assessorar a Câmara no acompanhameto das contas públicas. “São vários números apresentados e nós não temos condições de avaliar os impactos do aumento salarial. A Prefeitura aponta números e diz que não tem condições e agora temos que nos posicionar com mais propriedade. Isso só com uma ajuda técnica”.

Favorável ao destravamento da pauta, Renato Pelé (Podemos) citou que a situação serviria de palanque político e que continuidade dos trabalhos legislativos seria primordial. “Esta situação prejudica a população. Sou homem de assumir no peito minhas posições”.

“A gente já sabe que quando se à mesa poucas vezes de resolve algo”, salientou André Menezes, se referindo a uma reunião ocorrida horas antes no gabinete do prefeito quando os vereadores se encontraram para intermediar a situação o reajuste salarial e fim do impasse na pauta de votações.

Constatamos que o vereador Professor Oswaldo Barbosa (PV) estava ausente do Plenário juntamente com Damires, Bandeira, Erivelton e Pedrinho no momento em que a pauta foi destravada. Seguindo ele, o compromisso com os servidores municipais foi mantido pelo edil. A ausência dos cinco veredores foi registrada em ata.

Reunião

O que nossa reportagem apurou que a reunião ocorrida na tarde de quinta-feira, na Prefeitura, que durou mais de 2 horas, foi tensa e prefeitura apresentou números que impossibilitariam um reajuste e outras demandas apresentadas pelo sindicato.

Houve momentos de embate para duros em tom elevado de bate boca e indisposição. Para alguns vereadores, houve arrogância em falas do debate “Foi um clima tenso e faltou mais disposição ao diálogo e boa vontade, principalmente da parte da prefeitura. Sequer uma água foi servida na reunião”, disse um vereador a nossa reportagem.

Indignação, revolta e bate boca nas redes sociais tomam conta de Piranga; Copasa interrompe abastecimento

No dia do assassinato de Mahatma Gandhi, que inspirou movimentos pelos direitos civis e de luta pela liberdade em todo mundo, moradores e comerciantes piranguenses fecham a BR 482 ontem (30). O ato ocorreu em virtude dos transtornos gerados pela “obra do escadão”, para cobrar da prefeitura municipal a execução da obra de forma ininterrupta, a sinalização, a disponibilização de pessoal responsável pela orientação do trânsito em tempo integral, bem como a limpeza e a conservação das vias.

Obras provocam o caos em Piranga / DIVULGAÇÃO

A BR 482 ficou interditada por cinco horas, entre 14:00 horas a 19:00 horas. Apenas veículos especiais puderam passar pelo trecho. Filas gigantescas de veículos se formaram. Por volta de 20h50′, não obstante a dificuldade de algumas carretas cruzarem o local da obra, o trânsito passou a fluir, sem congestionamento.

Continua sem solução

Um dia após as manifestações, o clima é de revolta em Piranga. A população protesta nas ruas e situação nas redes sociais é de total indignação e bate boca entre moradores.

Hoje as carretas voltaram a trafegar pela área urbana, mesmo com a indignação que tomou a comunidade.

A ASCOPI (Associação Comercial de Piranga), promotora das manifestações, divulgou uma carta ontem (30) informando que a comunidade quer uma resposta do executivo.  “Insatisfeitos com os prejuízos causados pela obra nas ruas Benedito Valadares e Mercado onde foi inviabilizado o trânsito na cidade os manifestantes querem resposta imediata do Prefeito José Carlos, para conclusão da obra.
A ASCOPI-Associação Comercial de Piranga protocolou um documento na Prefeitura no dia 29 desse mês solicitando

Protestos paralisaram o transito na MG 482 por mais de 5 horas / DIVULGAÇÃO

imediatas providências para limpeza das ruas, conclusão da obra e para orientar trânsito na cidade por estar trazendo insegurança aos cidadãos.
A ASCOPI solicitou à Promotoria de Piranga providências para preservação do patrimônio histórico e da coletividade, sendo que o Promotor elaborou recomendações a serem tomadas pelo Prefeito para solucionar problema.
Prefeitura prepara decreto

O Ministério Público fez uma recomendação na qual a prefeitura se comprometeu a editar imediatamente um decreto que normatizará a proibição do tráfego pesado até a conclusão das obras, com exceção de veículos com carga para funcionamento dos serviços essenciais.

Desdobramentos

As obras provocam o caos na cidade com barro, lama, risco de acidente. Hoje a Coposa suspendeu o fornecimento de água em função de rebaixamento da Rua Benedito Valadares, afetando mais d e70% da cidade.

Veja o vídeo dos protestos contra obra da prefeitura.


Audiência sobre cemitério vira bate boca na Câmara, insinuação de perseguição e suposta ação de evangélicos contra Padre José Maria ; vereador é contestado

Vereador Chico Paulo questionou os interesses que estariam por trás da audiência sobre o cemitério/CORREIO DE MINAS

A audiência pública sobre a infestação de escorpiões no Cemitério Paroquial Nossa Senhora da Conceição, a ser realizada no dia 5 de junho, já provoca polêmica e antecipa um clima de disputa e confronto.

Ontem  (28), o Vereador Chico Paulo (PT) insinuou  que, ao contrário de audiências anteriores, há uma ampla divulgação com faixas e carro de som nas ruas para a reunião que acontecerá a semana que vem a partir das 18:30 horas na Câmara Municipal. O petista também cutucou seus colegas arguindo a ação de vereadores evangélicos e até mesmo perseguição ao Pároco José Maria Coelho. “Estamos vendo panfletos e faixas espalhados pela cidade. A outras audiências realizadas sobre o Consea e reforma da previdência não tiveram a mesma divulgação. Qual interesse que está por trás da audiência? Perseguição a Igreja Católica e ao padre? Será que há outros interesses de evangélicos?”, questionou.

O Vereador João Paulo criticou o seu colega e afirmou que é legitima a audiência pública /CORREIO DE MINAS

Contra ataque

Dos 13 vereadores, pelo menos 2 são evangélicos. Ao usar a Tribuna, o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) refutou o viés de perseguição levantado por seu colega e supostos interesses do grupo de evangélicos na Câmara. “Dos 4 que assinaram o requerimento, 3 são católicos.O erro é dele e a culpa da situação é dele. Se houver um padre prefeito, também vamos criticá-lo, independente da fé ou da religião”, disparou. João Paulo é um dos vereadores que mais contestam a situação do cemitério e já protagonizou discussões inflamadas e troca de farpas públicas com o Padre José Maria.

Segundo Pé Quente, cabe aos proponentes dos requerimentos solicitar ao cerimonial da Câmara a divulgação das audiências.  “O senhor está querendo jogar os vereadores um contra o outro. Se vocês não solicitaram divulgação das audiências a culpa são suas”, observou.

Infestação de escorpiões é um problema antigo no cemitério Nossa Senhora da Conceição/REPRODUÇÃO

Presidente

O Presidente da Câmara, o vereador Fernando Bandeira (PTB) afirmou que não há qualquer tratamento diferenciado ou favorecimento e confirmou que foram afixadas  faixas para a divulgação da audiência sobre o cemitério Nossa Senhora da Conceição. “Me foi solicitada a divulgação e concordei. Sou católico e trabalho em pastorais e nem por isso deixei de votar em favor do requerimento, já que era uma demanda legítima da comunidade”, justificou.

 

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