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Vereadores rebatem proposta para receber 13º e aumento número de cadeiras na Câmara de Lafaiete

Vereadores de Lafaiete /CORREIO DE MINAS

Ainda repercute nos bastidores da Câmara de Lafaiete, a fala do vereador Chico Paulo (PT). Ele saiu em defesa do pagamcongento de 13º salário aos parlamentares da Casa e também ressuscitou a demanda pelo aumento de cadeiras no Legislativo local para 19 vagas. As propostas, no entanto, não ganharam eco entre os colegas e, ao que tudo indica.

Em relação ao maior número de vereadores, Chico Paulo fez questão de ressaltar que isso não representa maior custo para os cofres públicos. “O repasse para custeio da Câmara continuará sendo o mesmo, de 6% do orçamento municipal, independentemente do número de vereadores. Eu fui vereador de 1997 a 2000 e eram 17 vereadores. Diminuiu para 11, mas o repasse não diminui e continuou o mesmo. Além disso, eu acredito que pelo tamanho da cidade, Lafaiete precisa ter uma representatividade maior”, afirmou, ressaltando que o número maior de cadeiras favorece a pluralidade da casa.
O vereador também entrou na polêmica da gratificação natalina. “Eu, como vereador, sou um trabalhador como qualquer outro, com horários e funções a cumprir. Nunca vi trabalhador que não recebe o 13º”, defendeu, reafirmando sua opinião a nossa reportagem, mesmo após críticas que mobilizaram as redes sociais.

Sem apoio

Apesar de estrem ancoradas em bases legais, as duas propostas do petista não encontrou eco entre os colegas. Vale lembrar que a aprovação do 13º salários dos agentes políticos marcou, negativamente, a legislatura passada. O aumento do número de cadeiras também sempre foi um tema delicado, em tempos de descredito da classe política, em geral.
Entre os vereadores ouvidos por nossa reportagem, Carlos Nem (SD), José Lúcio (PSDB) e Professor Oswaldo (PP) rechaçaram as propostas, justificando o momento de crise que impacta serviços essenciais ao cidadão. Pedro Américo (PT) afirmou que sempre foi contra, mesmo nos tempos de economia estabilizada.

Já o vereador Alan Teixeira (PHS) salientou que é um dos edis que representa a renovação do Legislativo e também lembrou o momento econômico delicado. O edil João Paulo Pé Quente (DEM) observou que a lei ampara tanto o 13º, quanto o número de 19 vereadores, mas, ressaltou que, na atual conjuntura, é contra as propostas já que o momento financeiro é muito delicado. O presidente da Câmara, Fernando Bandeira (PTB) também disse ser radicalmente contra. Ele lembrou que, na Legislatura anterior, votou contra o projeto que estabeleceu o 13º para os agentes políticos. Bandeira também afirmou que, após a proposta ter sido aprovada, protocolou um ofício para não receber a gratificação.

Quando questionado, o tucano Sandro José (PSDB) demonstrou desaprovação em relação às propostas do petista, mas afirmou que a questão não está em discussão. Darci da Barreira (SD) e Divino Pereiro disseram não ter um posicionamento, já que nenhum projeto com esse teor tramita na Câmara.
A reportagem não conseguiu contato com a vereadora Carla Sássi (PSB) que está na África, onde representa a causa animal na premiação de Lafaiete como cidade amiga dos animais. Considerado o Prêmio Nobel da causa animal, o reconhecimento é conferido pela organização WAP (World Animal Protection), organização não governamental com sede em Londres e representações em quase todos os países do mundo. Lafaiete conquistou o segundo lugar.

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