Após uma malfadada parceria de profissionalização que trouxe prejuízos financeiras incalculáveis como manchou a história do centenário Vovô da Colina, mais conhecido como Guarani Esporte Clube, um grupo histórico de torcedores, como apoio do atual Presidente, Manoel Vespúcio, resolveu encampar a missão de soerguer o clube mais antigo e das maiores glórias de Lafaiete.
No próximo dia 10, a partir das 19:30 horas, acontece a antecipação das eleições de novos membros do conselho fiscal e do conselho deliberativo. Mas antes, está na pauta do edital a destituição de membros dos dois conselhos e escolha dos cargos substitutos por votação.
Nos últimos meses a sucessão no clube ganhou novos desdobramentos e disputas internas. O Presidente do Clube, o ex vereador, o líder comunitário, Manoel Vespúcio, fez através de assembleia a ampliação de um novo quadro social, com mais de 50 novos membros.
O clube aos poucos se recupera de um fracasso e o atual presidente vem promovendo investimentos oriundos de alugueis do patrimônio do clube, como o novo gramado e instalação de poço artesiano.
A arquibancada, destruída sob a alegação de construção de um novo formato de estádio, é uma das metas principais para receber jogos.
A nova diretoria tem a sua frente uma grande missão de passar a limpo a história do clube, como também abrir uma sindicância interna para apurar os reflexos da fracassada profissionalização e tornar público os resultados.
Profissionalização
No dia 29 de junho de 2016, o Guarani, em uma parceria com o Itaúna Futebol Clube, apresentou a comissão técnica e os jogadores do elenco que chegaram para disputar a divisão de acesso ao “Módulo B” do Campeonato Mineiro.
Para chegar à elite do futebol a diretoria apostou no técnico Ney da Mata. O Gestor da profissionalização foi comandado por Sérgio Cândido.
À época, o Guarani/Itaúna contratou jogadores, como Jonílson, que jogou pelo Tombense no campeonato mineiro, como dois colombianos que também eram as estrelas do clube, entre eles Diego e Bermudes, este primo do jogador Riasco, ex-Cruzeiro.
Exclusão e história
Mais de quarenta dias depois, o Departamento de Competições (DCO) da Federação Mineira de Futebol (FMF) excluiu o Guarani/ Itaúna do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão.
De acordo com a entidade máxima do futebol mineiro, o clube não apresentou em tempo hábil a regularização de um mínimo de 18 atletas. O Guarani fez duas partidas na segundona empatando com o Betinense pelo placar de 0 a 0.
Na segunda rodada, em partida disputada na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, a equipe venceu o Venda Nova por 11 a 0.
Toda a estrutura usada na competição foi viabilizada pela equipe de Conselheiro Lafaiete. Pouco antes do início da competição, a equipe perdeu Ney da Matta, que foi para o Boa Esporte disputar o Campeonato Brasileiro da Série C. Confirmada a saída de Ney, alguns jogadores também deixaram a equipe e o projeto naufragou.
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