Na primeira reunião da Câmara após a edição do Decreto de Fechamento do Comércio de Lafaiete, editado pelo Prefeito Mário Marcus (DEM), os tons dos discursos na Tribuna foram do literário ao messiânico.
Pela primeira vez a reunião aconteceu hoje (24) pela manhã. “È uma exortação de que Jesus se aproxima. Esta praga foi prevista e daqui para frente podem vir mais. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça”. Assim expressou o Vereador Carlos Nem (SD) ao comentar na Tribuna a pandemia do coronavírus no mundo.
Um tom de pânico e até mesmo de tragédia contaminaram os discursos que se sucederam na Casa Legislativa. Ao citar o escritor franco-argelino, Alert Camus, em sua célebre obra a “Peste”, Geraldo Lafayette (PP) fez um comparativo entre o atual momento e contexto da segunda guerra mundial do livro. “Lutamos contra um inimigo invisível e não sabemos o que está por vir. A situação é alarmante e inevitável que o pior está por vir. Tenho medo quando o vírus chegar na população mais pobre. Enquanto todos estavam nas ruas a doença já se alastrava entre nós”, apontou.
A Vereadora Carla Sassi (PSB) elogiou o desempenho e dedicação dos profissionais da secretaria de saúde e da assistência social. “Tudo o que se possível, está sendo feito”.
O Vereador André Menezes chegou a encher os olhos de lágrimas, quando destacou o papel das igrejas e das lideranças religiosas neste momento trágico da humanidade. O Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) elogiou a condução da crise do coronavírus, mas criticou Presidente Bolsonaro que comparou a vírus a “gripizinha”