Avelina Maria Noronha de Almeida
“Dado ao sonho da mineração, viveu nele, entretanto, o justo equilíbrio do colonizador reinol, para quem a lavoura representava, mais que tudo, a fiança da permanência no solo.” Washington Rodrigues Pereira falando sobre o pai.
O primeiro BARÃO que vou focalizar é ANTÔNIO RODRIGUES PEREIRA, primeiro e único “BARÃO DE POUSO ALEGRE”, forte proprietário rural e importante político do Império.
ANTÔNIO RODRIGUES PEREIRA nasceu em 1805, em Queluz (atual Conselheiro Lafaiete, MG), na Fazenda dos Macacos, e faleceu em 22 de dezembro de 1883, em Queluz. onde sempre residiu. Os restos mortais do Barão, da Baronesa e as cinzas do Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira estão na Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Conselheiro Lafaiete.
BARÃO DE POUSO ALEGRE BARONESA DE POUSO A LEGRE
Imagens da Internet
Seus pais eram o capitão Felisberto da Costa Pereira e Eufrásia Maria de Jesus. Era primo do padre inconfidente Manuel Washington Rodrigues Pereira foi advogado, juiz municipal e de órfãos, delegado de polícia em Ouro Preto, inspetor da Tesouraria Provincial, juiz de direito e promotor da Comarca de Queluz. Rodrigues da Costa. Casou-se com Clara Rodrigues Ferreira de Azevedo, nascida em Congonhas, 19 Maio 1811, filha de Manuel Ferreira de Azevedo e Jacinta Perpétua Brandão.
Eram filhos do Barão e da Baronesa:
Washington Lafayette
Imagens da Internet
- Washington Rodrigues Pereira foi advogado, juiz municipal e de órfãos,
delegado de polícia em Ouro Preto, inspetor da Tesouraria Provincial, juiz de
direito e promotor da Comarca de Queluz.
2) Lafayette Rodrigues Pereira Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo, no ano de 1857. Depois de formado, exerceu a Promotoria Pública em Ouro Preto e, em 1860, passou a advogar na capital do Império. Deputado Geral em 1878, renunciou no ano seguinte, ao ser nomeado Senador pela Província de Minas Gerais. Em 1880, foi Conselheiro do Imperador e do Estado. Organizou o Gabinete Liberal em 1883 e 1884 e nele ocupou a Presidência e a asta da Fazenda. No ano seguinte, foi presidente do Tribunal Arbitral.
No livro “Minhas Recordações, Francisco de Paula Ferreira de Rezende assim descreve o Barão de Pouso Alegre como “nho magro e teso e tinha sempre a cabeça tão erguida que incomodava extremamente a quem com ele falava. Era, entretanto, tão forte que, apesar da idade, saía da sua fazenda dos Macacos, que fica ao pé da estação de Buarque de Macedo, e chegava no mesmo dia a Ouro Preto.”
Mas nada melhor para dar uma visão no aspecto humano do Barão do que está no livro “O QUE MAMÃE ME CONTOU” de MARINA MARIA LAFAYETTE DE ANDRADA IBRAHIM, quando ela cita o avô ANTÔNIO RODRIGUES PEREIRA na Fazenda dos Macacos:
“Embora (o Barão) tivesse casa na cidade, sempre residiu na Fazenda dos Macacos. Tanto ele, como seu pai e sua mãe, por diversas vezes, tentaram mudar a denominação de Macacos para Fazenda da Constituição e Pouso Alegre, porem a denominação primitiva já estava enraizada e de nada valeram tais tentativas.
No mesmo livro de D. Marina, encontramos também uma excelente visão das características humanas deo Barão de Pouso Alegre: “Vovô Barão olhava pessoalmente por tudo, não querendo que nada faltasse. Havia oficina de sapataeiro, ferraria, alfaiataria, desde o tempo de seu pai, Felisberto da Costa Pereira. Eu mesma, ainda menina, vi os negros fazendo alpargatas, arreios, cangalhas, sabão e até colheres de pau.”
Dele disse seu filho Washington: “Dado ao sonho da mineração, viveu nele, entretanto, o justo equilíbrio do colonizador reinol, para quem a lavoura representava, mais que tudo, a fiança da permanência no solo.”
Antônio Rodrigues Pereira e no 5o. Regimento de Cavalaria Ligeira da 2a. Linha do Exército, em 1822, tendo recebido, em 1831, a patente de Alferes e, posteriormente, as de Tenente, Capitão, Major, Coronel, Chefe de Legião e Coronel Comandante Superior. Exerceu, em Queluz, os cargos eletivos de eleitor, juiz de paz, vereador, presidente da Câmara, juiz municipal e juiz de órfãos.
(Continua)