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Menina morta em barracão foi torturada e estuprada em ritual

Conclusão é da Polícia Civil. Garota de 10 anos agonizou enquanto mãe e padrasto jantavam

A brutalidade do assassinato da menina de 10 anos encontrada morta nessa terça-feira (24/8) em um barracão de Contagem, Grande BH, impressionou a Polícia Civil de Minas Gerais.

Segundo a corporação, que deu detalhes sobre o caso esta manhã (26/8). A.L.C foi impiedosamente torturada e estuprada pelo padrasto, com a conivência da mãe, em uma espécie de ritual supostamente orientado por entidades sobrenaturais. Ambos estão presos desde ontem e confessaram os crimes.

O corpo da criança foi achado por um vizinho dentro da residência em que a família morava, no Beco Maracanã, no Bairro Perobas. 

“Faz 12 anos como delegado, eu nunca vi algo nem semelhante. Ficamos todos muito consternados, comentou o delegado Resende Kopke, à frente da investigação. 

Ritual macabro

Segundo a PCMG, Lucas Melo da Silva, de 25 anos, e Déborah Almeida da Silva, 31, afirmaram ter oferecido a vítima como sacrifício a seres místicos. Tais entidades teriam exigido a vida de A.L.C e da irmã dela, S.C., de 4 anos, morta meses antes, como compensação por um aborto sofrido por Déborah em fevereiro.

As circunstâncias da morte de A.L.C exigem estômago forte. Conforme a apuração, ela vinha sendo espancada desde fevereiro, com direito a agressões com objetos cortantes e contundentes. Além disso, sofreu abusos sexuais que resultaram em lesões gravíssimas na genitália. 

A criança chegou a presenciar o homicídio da irmã mais nova. O corpo dela foi dispensado por meio de um carro de aplicativo no Bairro Taquaril, Região Leste de Belo Horizonte. A família então seguiu de férias para o litoral da Bahia. 

Agonia

A polícia calcula que a volta tenha ocorrido em meados de agosto, já para o barracão alugado pelo casal em Contagem. No local, durante o último fim de semana, A.L.C sofreu novas agressões do padrasto, incluindo pauladas, golpes de faca e queimaduras com cigarro. A sessão de tortura, segundo a corporação, teria ocorrido na presença da mãe. Enquanto a criança agonizava deitada num colchão, o casal jantou. 

Os suspeitos contaram aos agentes que a jovem morreu na madrugada seguinte. Eles, então, a enrolaram em uma capa de colchão e inseriram o cadáver debaixo da cama. Em seguida, deixaram a casa às pressas levando apenas a roupa do corpo, pois temiam sofrer represálias por parte dos traficantes locais que, por vezes, agem como justiceiros. 

Lucas pretendia fugir para o Estado da Bahia. Já Débora se refugiou na casa da avó, no Bairro Taquaril. A dupla planejava imputar o assassinato das duas crianças ao ex-marido da suspeita. 

Denúncia de vizinhos

O corpo de A.L.C foi achado pelo proprietário de um barracão situado no Beco Maracanã, no Bairro Perobas, em Contagem, Grande BH. Ele acionou a Polícia Militar (PM) na madrugada dessa terça-feira (24/8). 

Segundo informações do boletim de ocorrência, ele afirma ter alugado a casa para um conhecido, que morava no local com a esposa e a filha de 10 anos. Os inquilinos não eram vistos desde sábado (20/8). 

O denunciante afirmou à PM que, durante o fim de semana, sentiu um cheiro forte vindo da residência e então bateu na porta para verificar a causa. Ele encontrou o espaço trancado. Diante da situação, pegou a chave reserva e chamou um vizinho para ir até o barracão. 

Lá dentro, o proprietário viu um saco enrolado debaixo de uma das camas do quarto, além de manchas de sangue no banheiro. Ele acionou a polícia, que verificou que o saco continha um corpo do sexo feminino.

FONTE ESTADO DE MINAS

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