Desde o dia 15 de setembro, uma operadora de telefonia celular iniciou a demarcação de um lote à Rua Maria Elisena Vieira, no Bairro São Dimas, em Lafaiete, onde será erguida a antena de transmissão.
Os moradores promovem um abaixo-assinado contra a obra que deve começar nos próximos e situa-se a menos de 3 metros de residência.
A insatisfação decorre da possibilidade de riscos à saúde provocados pelos sinais das antenas. “Nós não fomos consultados em qualquer momento e não queremos que esta antena seja instalada tão próximas de nossas casas”, desabafou. Os moradores levaram uma denúncia a Câmara cobrando providência.
Estudos
Estudos da UFMG vinculam o aparecimento de alguns tipos de cânceres à moradia perto de antenas de telefonia.
A pesquisadora Adilza Condessa Dode, em sua tese de doutorado “Mortalidade por neoplasias e telefonia celular em Belo Horizonte-MG”, comprovou a relação entre a radiação eletromagnética emitida pelas antenas de celular e o aparecimento de alguns tipos de câncer. Nesses estudos, fica claro que a radiação pode atingir até 500 metros do entorno.
Várias são as decisões judiciais que determinam a retirada da antena quando instalada próximo à moradia, privilegiando o direito à saúde e à vida em detrimento do interesse comercial do condomínio/locador ou da empresa de telefonia.
Fato é que a antena é prejudicial à saúde e causa imensa redução do valor comercial do imóvel, pois ninguém deseja comprar um apartamento ou uma casa junto a uma antena que emite radiação 24 horas.
Cabe aos moradores defenderem sua saúde e de seus familiares podendo entrar com um processo judicial com base nas leis que garantem seu direito à saúde.