Uma jovem, de 20 anos, foi presa temporariamente em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, após indícios de tortura que poderia ter causado a morte da própria filha de seis meses. Segundo a Polícia Civil, que trata o crime como homicídio, a criança morreu na última quinta-feira (21).
De acordo com a polícia, o médico percebeu que a criança apresentava várias lesões graves e que ela estaria sendo submetida a maus-tratos. Em seguida, o legista plantonista do Instituto Médico Legal (IML) acionou a corporação e informou sobre as agressões. Porém, o que realmente causou a morte do bebê ainda está sendo investigado.
Em relato à polícia, a jovem contou que estava em casa, quando a criança começou a chorar, o companheiro a acordou e entregou o bebê para ela. Em seguida, ela levou a criança para um cômodo externo e quando retornou o bebê já estava morto. Ela explicou que a criança estava com um episódio de gases.
Desesperado, conforme testemunhas, o homem buscou por socorro. Porém, a mulher permaneceu fria no local. A polícia também descreveu a suspeita como “muita fria” e explicou que ela não chorou e nem ficou desesperada com a morte da filha. “Em momento nenhum, ela demonstrou tristeza, desespero, o que é esperado de quem perde um filho. Ela ficou alheia à situação”, destacou.
Devido à frieza da suspeita e a versão contraditória, ela teve prisão temporária decretada nessa segunda-feira (25). “O único momento que ela chorou foi quando ela foi presa”, afirmou.
As investigações ainda pretendem descobrir se a criança sofria outras formas de agressões e se a morte foi causada de forma proposital.
A jovem também é mãe de outro bebê de 2 anos, que deverá ser acompanhado por um assistente social. Se for o caso, um inquérito policial será instaurado.
As duas crianças são filhas de outro homem que está preso, mas que ela mantinha união estável. Ela e o companheiro atual, no qual ela define como “ficante”, estão juntos há dois meses. A família não sabia que ela tinha esse outro relacionamento.
A jovem morava em Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, mas estava na casa de parentes em Valadares. Sobre o namorado, a polícia explicou que o foco principal da investigação é a mãe da criança. Mas, depois, será apurado se ele foi omisso e se isso “foi o suficiente para morte” do bebê.