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De Bromado a Entre Rios de Minas: obra sintetiza 307 anos de fundação da Mesopotâmia de Minas

Na segunda década do século passado, Entre Rios de Minas dispunha de transporte de navegação, pelo Rio Camapuã, com destino de Jeceaba de onde os passageiros seguiam seus destinos por ferrovia. Nesta época, este era o principal meio de locomoção.

A Avenida Major Juscelino, em homenagem primeiro prefeito de Entre Rios de Minas, foi intitulada como Rua da Batalha em alusão ao confronto entre os bandeirantes e os Cataguás, povo primitivo que habitava estas terras.

Estas são duas facetas históricas que estão no livro do escritor Elson de Oliveira Resende, obra que está no prelo e será lançada em formato online no dia 11 de novembro a partir das 18:00 horas.

Intitulada “De Bromado a Entre Rios de Minas…sua arte…sua história”, o livro tem mais de 360 páginas e levou 20 anos para a sua conclusão após extensa e minuciosa pesquisa do enterriano. A obra foi custeada por recursos do Fundo Municipal de Cultura (FUMPAC) e apoio do Sicoob Credicampo.

As fotografias antigas, que ilustram o livro, foram generosamente cedidas por colaboradores, a capa foi criada pelo publicitário Milton Cardoso e o prefácio é do escritor Luiz Cruz, dono da Editora Mandala, sediada em Tiradentes, que ajudou no layout e paginação. O livro está sendo impresso em Belo Horizonte na Gráfica Formato.

Este é o segundo livro de Elson de Oliveira Resende. O primeiro foi “Memorial Hospital Cassiano Campolina”, lançado em 2000, e que retrata a história e saga da construção do nosocômio em 1910, obra construída com herança do mecenas fazendeiro Cassiano Antônio Campolina.

Tida como a Mesopotâmia de Minas, em alusão a um dos berços da civilização ocidental (500a.C.), hoje o Iraque, banhada pelos Rios Tigres e Eufrates, Entre Rios de Minas tem origem de seu nome ligada a Camapuã e Brumado que circundam o território entrerriano.

A obra

“De Bromado a Entre Rios de Minas…sua arte…sua história” é uma síntese das origens, formação e desenvolvimento ao longo de quase 308 anos de fundação, data ser comemorada no dia 20 de dezembro.

A cultura, as festas, o patrimônio histórico, manifestações artísticas e folclóricas, a formação religiosa, as personalidades, a economia, as igrejas, bandas de músicas, as praças, os logradouros, arqueologia, as bandeiras, Festa da Colheita, o cavalo Campolina, Manoelina dos Coqueiros, a sesmaria faze parte do livro desde as origens até os dias atuais quando Entre Rios de Minas ser tornou polo regional de serviços, saindo do contexto rural.

O Arcebispo Dom Oscar de Oliveira, falecido em 1985, é citado com louvor em diversos capítulos com referência às suas poesias sobre seu “torrão natal”.

“Foram 20 anos de pesquisa e garimpando por diversos arquivos particulares e no Arquivo Público Mineiro, como também relatos e documentos. Ao longo deste período fui recolhendo material para que pudesse chegar ao final da obra que sintetiza a história de nossa cidade nas suas mais diversas nuances. Agradeço a todos pela contribuição, pois sem esta colaboração não conseguiria concluir esta vasta obra”, analisou Elson.

“Essa obra valoriza também os mais variados aspectos da imaterialidade, que dão vida e identidade à cidade e às suas comunidades rurais, como as celebrações religiosas – com suas peculiaridades, a tradicional Festa da Colheita, as folias de Reis e São Sebastião, que circulam pelas capelas e pelas casas, a gloriosa Sociedade Musical Nossa Senhora das Brotas, sua culinária cheia de delicadezas, valendo-se de alimentos produzidos por famílias locais. Nada escapou ao olhar atento do pesquisador; até a história do desenvolvimento bancário, passando pelos postos de gasolina, pela educação, atividades esportivas e de lazer, pelos personagens marcantes da municipalidade – tudo que expressa identidade, poesia e acima de tudo: veracidade”, salientou o escritor Luiz Cruz, em prefácio da obra.

“Acompanhei bem de perto a vastidão do material coletado, garimpado em baús perdidos, gavetas esquecidas, muitos prestes a desaparecer para sempre, além de diversos registros dispersos em acervos familiares”, analisou Cruz.

https://youtu.be/ia5vJ310Kcs

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