Pesquisadores detectaram uma nova versão da variante Ômicron, descoberta no final de novembro. Os cientistas da África do Sul, Austrália e Canadá batizaram a sub-linhagem como BA.2 e registraram 14 das 30 mudanças genéticas contidas na Ômicron, conhecida como BA.1.
A nova variante tem se espalhado pelo mundo, contando com casos até no Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a nova cepa representa risco altíssimo e convocou uma reunião de emergência do G7.
O problema da “filha” da variante sul-africana é que ele não pode ser diferenciada das outras cepas em testes PCR e torna necessário o sequenciamento genético do vírus, um processo realizado apenas em uma parte dos casos, e demora mais de um dia para se ter o resultado.
Quando Ômicron começou a se espalhar, pesquisadores sul africanos afirmaram que o teste PCR detectaria se a doença era causada pela nova variante ou não. Inclusive, a OMS compartilhou a informação, na esperança de ajudar os países que sofriam com o aumento de casos terem maior controle da situação pela detecção rápida.
A nova variante pode ser detectada facilmente pelo teste PCR porque ele busca três partes de genes da Covid-19, enquanto a Ômicron só possui dois, tornando a identificação um processo simples e chamado falha no alvo do gene S. A sub-linhagem recém-descoberta não apresenta isso e consegue driblar o teste, o que torna o rastreio de seu avanço mais difícil e demorado.
Mesmo com esse traço, a sub-linhagem não tem mudanças suficientes em seu código genético para ser registrada como uma nova variante, porém isso pode mudar caso ela venha se mostrar mais perigosa no futuro. Segundo os pesquisadores, ainda é cedo para fazer afirmações sobre isso.
Não há relatos se a BA.2 é mais forte, letal ou transmissível do que a variante “mãe”. Ela conta com sete casos confirmados até o momento.