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Cidade da região confirma variante da gripe que causou surto em SP e RJ

Amostras de materiais colhidos em pacientes com sintomas gripais negativos para Covid-19 foram encaminhadas a Funed, que confirmou o H3N2

A cidade de Viçosa, na Zona da Mata, confirmou nesta quinta-feira (23) o primeiro caso do vírus de influenza H3N2 na cidade. Essa linhagem da infulenza A foi a principal responsável pelo surto de gripe em cidades como o Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador nas últimas semanas. 

De acordo com a prefeitura, amostras de materiais colhidos em pacientes com sintomas gripais negativos para Covid-19 foram encaminhadas a Fundação Ezequiel Dias (Funed) para investigação de possível circulação do vírus H3N2 no município. A Vigilância Epidemiológica recebeu o resultado com a confirmação de caso positivo para o vírus. 

“Pelo fato de o influenza ser um vírus respiratório, assim como o que causa a Covid-19, a prevenção contra ele ocorre da mesma forma, ou seja, com distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos. Mesmo com letalidade menor que a Covid-19, o H3N2 tem mais chances de evoluir para casos graves em grupos de risco (crianças, idosos, gestantes e indivíduos com comorbidades). A propagação do vírus pode ter relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe e com a flexibilização das medidas de restrição e prevenção adotadas contra a Covid-19”, diz a nota do Executivo.

A prefeitura pediu que a população tome cuidado e reforce as medidas de segurança durante as festas de fim de ano. 

A vacina contra a influenza está sendo disponibilizada, nos dias e locais da vacinação contra a Covid-19, para pessoas maiores de 12 anos que ainda não se vacinaram contra a gripe esse ano. 

Darwin

Apesar de o vírus H3N2 já circular desde 1960, ele sofreu uma nova mutação mais agressiva na cidade de Darwin, na Austrália, o que foi descoberto recentemente. Essa linhagem do vírus não está incluída na vacina fornecida atualmente pelo Ministério da Saúde contra a gripe.

H3N2 em Minas

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), até esta quinta, foram detectadas 147 amostras clínicas com o vírus influenza A/H3N2 pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e até o momento, nenhum óbito foi associado a estes casos. O Estado não diferencia a H3N2 “original” da mutação sofrida recentemente em Darwin, na Austrália. 

As amostras detectadas são provenientes de pacientes de 48 cidades mineiras, uma do Rio de Janeiro, uma da Bahia e uma de São Paulo. Elas foram detectadas a partir de amostras enviadas nas últimas quatro últimas semanas ao Laboratório Central de Saúde Pública da Funed (Lacen – MG). O predomínio dessa detecção concentra-se em pacientes com Síndrome Gripal provenientes da Macrorregião de Saúde Centro com 44,9% (66/147), seguida da Macrorregião de Saúde Sudeste, com 26,53% (39/147), Centro Sul com 11,56% (17/147), Sul com 4,08% (6/147) e Leste com 3,40% (5/147).  

Já em todo o ano de 2020, a Funed detectou 489 amostras clínicas para o vírus influenza e 21 óbitos associados a influenza de todos os subtipos, e não apenas do A/H3N2.

Sintomas do H3N2

Alguns sintomas do H3N2 podem ser confundidos, inicialmente, com uma gripe comum, porém, pacientes relatam que tiveram reações piores do que quando contraíram a Covid-19, como espirros, tosse, coriza, calafrio, cansaço excessivo, náuseas e vômitos, diarreia (mais frequente em crianças), e moleza.
 
Os primeiros sintomas começam a aparecer de três a cinco dias após o vírus se instalar no corpo humano. Também é possível que uma pessoa tenha a doença de uma forma assintomática, sem apresentar nenhuma reação. Durante o período de incubação ou em casos de infecções assintomáticas, o paciente também pode transmitir a doença. O período de transmissão do vírus em crianças é de até 14 dias, enquanto nos adultos é de até sete dias.

FONTE O TEMPO

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