Uma das maiores expectativas do trabalhador com a virada de ano é sem dúvidas o reajuste salarial; sobretudo após um ano atípico como este, no qual até o momento a inflação acumula uma alta de cerca de 10% e, consequentemente, elevou o preço de praticamente todos os produtos e serviços.
Este reajuste é obrigatório, e determinado por lei, exigindo que o ajustamento seja firmado por meio de um acordo dos profissionais com os respectivos sindicatos e com as empresas.
Desta forma, por meio de uma Convenção Coletiva de Trabalho, os colaboradores têm seus salários reajustados em função das mudanças econômicas do país, como citado anteriormente, pela própria inflação, que serve inclusive de base de cálculo para reajuste do salário mínimo nacional.
Entretanto, os valores de reajuste dependem de como os sindicatos determinam as mudanças e também das datas estabelecidas por acordo entre eles. Sendo assim, o reajuste salarial geralmente acontece no primeiro dia útil do mês acordado entre empresa e sindicato.
Atualmente, não existe uma data oficial para reajuste salarial, existe apenas uma data de reajuste do salário mínimo nacional, que costuma ser divulgado pelo Governo Federal durante a primeira quinzena de janeiro.
Vale salientar que os acordos costumam ocorrer sempre nos primeiros meses do ano, após a divulgação do reajuste do salário mínimo nacional, ou seja, a partir de janeiro, e geralmente a definição pode ir até junho.
É importante lembrar que o reajuste salarial dos trabalhadores não diz respeito apenas ao salário. Isso porque os acordos podem abordar outros pontos como o aumento do vale-refeição e alimentação.
Previsão de reajuste para o salário mínimo
O deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), relator do Orçamento de 2022, aumentou para R$ 1.210 o valor previsto para o salário mínimo no próximo ano. Este valor aparece em relatório apresentado nesta segunda-feira (20) pelo deputado à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização da Câmara.
Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.100, o valor previsto no relatório do relator leva em conta um aumento em 2021 de 10,04% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador de inflação que é usado como referência para o reajuste do salário mínimo.
Só teremos o conhecimento da quantia exata do salário mínimo no próximo ano no início de janeiro, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o percentual consolidado do INPC para o ano de 2021.
O valor de R$ 1.210 é R$ 41,44 superior aos R$ 1.169 planejados originalmente pelo governo na divulgação da proposta de Orçamento para 2022, em agosto deste ano.
O relatório elaborado por Hugo Leal precisa passar pela comissão da Câmara e, depois disso, pelo plenário.
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