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Câmara reprova projeto do Executivo e Umuarama será obrigada a manter função de trocador

Em noite de debates inflamados e troca de farpas, em reunião que durou mais de 2 horas e meia, os vereadores de Lafaiete rejeitaram por unanimidade o projeto do Executivo que previa a desobrigação na contratação de trocadores no transporte público.

Quando assumiu o serviço em julho de 2021, a Umuarama obteve um subsídio de R$233 mil mas que condicionava o benefício a manutenção dos profissionais em todas as linhas. Esta emenda foi sugestão dos vereadores que à época da crise da Viação Presidente os trocadores chegaram a ficar meses sem salários e com as famílias em condições precárias.

A Umuarama, empresa contratada em emergência para suprir o serviço, reclamou o déficit constante mensal e até mesmo de deixar a operação em Lafaiete.
Ontem (5), os vereadores derrubaram o projeto. “Voto contra pois a empresa não cumpre o contrato e diminuição dos horários das linhas deixa a população não mão. Quando votamos este projeto tinha este compromisso. A empresa nunca vai estar satisfeita”, pontuou Pedro Américo (PT).

“O transporte público virou uma novela. Mandaram o projeto às pressas para esta Casa e votamos pela sua aprovação, mas não foi resolvida a situação. Fizemos a proposta do subsídio passar a R$300 mil para a manutenção dos trocadores. Demitir não vai resolver. Se a empresa não está satisfeita que ela resolva a situação. Há uma falta de respeito com as comunidades rurais e a empresa sabia do cenário de Lafaiete antes de fechar o contrato. Não há fiscalização e isso pode acontecer como a Viação Presidente. Duvido que uma empresa assuma o serviço definitivo sem um subsídio de R$300 a R$400 mil. E lá vem mais problemas por aí”, assinalou Vado Silva (DC).

O Vereador Giuseppe Laporte (MDB) afirmou que o problema do transporte público já deveria ter sido solucionado há anos anteriores, “Enfiaram um projeto goela abaixo e toda a hora a empresa fica pressionando e quem paga é o povo”.

“Nós não temos transporte público de qualidade. Precisa-se desenhar um novo edital. Se consertar alguns pontos as coisas se resolvem pois a empresa é boa”, assinalou Sandro José (PROS).

O Pastor Angelino (PP) foi veemente contrário a flexibilização na contratação dos trocadores. “Não são 50 trocadores, mas 50 famílias e a demissão deles vai gerar um efeito em cascata tanto social como econômico. Demitir não resolve. Como o motorista vai acumular a função de trocador? Isso vai atrasar o horário das viagens até o destino final”.

O Vereador Oswaldo Barbosa (PV) pontou que a Câmara não poderia ser responsabilizada pela exclusão dos trabalhadores e citou ações em favor dos trocadores da Viação Presidente.

O Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) fez um alerta. “Agora esta Casa tem poder para assegurar o emprego dos trocadores. No edital para a concessão definitiva a Câmara não opina”.

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