O caldeirão da saúde voltou a ferver. O setor foi alvo de duras críticas na reunião da Câmara de Lafaiete na noite de ontem (22) e mobilizou discursos inflamados dos vereadores. A artilharia verbal foi descarregada contra a policlínica, postos, falta de médicos e medicamentos. Em alguns momentos os vereadores trocaram farpas entre si.
“Tem um ano e meio que estou nesta Casa e até agora não vi melhoras. A gente fica indignado. É o povo reclamado, sofrendo nos corredores do pronto socorro. Gosto de resultados positivos e a gente fica impotente. Não vemos união. Conselho empurra para a prefeitura e prefeitura empurra para o conselho. São vaidades e troca de farpas. Esta Casa precisar dar uma resposta ao povo ou então é sinal de fraqueza. Não podemos ficar omissos e temos que exigir dignidade a quem recorre a saúde. Não podemos empurrar com a barriga esta situação”, disparou Vado Silva (DC).
“Até dentro desta Casa tem colegas desdenhando uns com outros. Não chegaram ainda os medicamentos, mas acredito que cheguem. Faltam insumos, insulina e pomadas nos PSF’s. Temos que saber porque eles estão faltando”, completou Sandro José (PROS).
Um dos revoltados com a situação da saúde foi o Vereador Erivelton Jayme (Patriotas). “Hoje estive na policlínica e fiquei envergonhado de ser vereador. Foram momentos de terror quando fui visitar uma amiga da família e quase sai de lá apanhando. A gente não vê melhora quando cheguei a esta Casa. As coisas são vão piorando. Um joga para lá e outro para lá. A prefeitura joga para o conselho e conselho empurra para a Câmara e o povo sofrendo. Temos que acabar com esta politicagem de uma vez. O povo está chorando. Na policlínica tinha um senhor numa maca gritando. Faltaram médicos plantonistas na policlínica e não tinha substitutos. Temos que melhorar os salários dos médicos e dos enfermeiros”, pontuou.
“Infelizmente tudo que foi falado aqui é verdade. O poder de fazer é do Executivo”, finalizou.