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Umuarama pede reequilíbrio do contrato: aumento do subsídio ou reajuste de tarifa para diminuir prejuízos em Lafaiete

A crise no transporte ainda apavora Lafaiete. Em agosto completou um ano do contrato temporário de operação pela Viação Umuarama do transporte público, em substituição a famigerada Presidente.
Em junho, em função dos constantes prejuízos, a concessionária protocolou um pedido de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, no qual ela solicita um aumento do subsídio, hoje na ordem de R$233 mil mês, ou o aumento da tarifa.
Nossa reportagem teve acesso aos números da empresa e em dezembro/2021 o custo de operação era de R$1.296.903,44 mensal e entre janeiro e julho de 2022 os custos subiram para R$1.448.971,50 mês, uma diferença em torno de R$ 200 mil.
O aumento se deve aos elevados custos de insumos, em especial o óleo diesel. Em dezembro custo do litro comprado pela empresa era de R$4,95 e agora em agosto está em R$6,28, sendo que durante este período chegou a custar R$7,42 o litro. A Umuarama ainda teve que pagar o aumento da folha salarial em função do dissídio coletivo na ordem de 14%. A média de passageiro, apesar da queda dos últimos 3 anos, se manteve 236 mil passageiros pagantes ao mês e o média total transportada incluindo a gratuidade, em torno de 306 mil passageiros.


Segundo Josué da Silva, gerente da unidade da Viação Umuarama, diante dos custos de operação, a passagem deveria estar em R$6,26 sem considerar o repasse do subsídio, com o repasse feito pela Prefeitura a tarifa ideal para cobrir todos os custos seria R$5,25 e hoje custa R$4,10. “Nossa idade média dos ônibus em circulação varia entre 5 e 6 anos. Poderíamos estar renovando os veículos, ou aumentando o número de linhas, mas o atual modelo nos impede de investimentos. Já protocolamos pedindo a redução do ISS e flexibilização na contratação de trocadores, mas não há avanços. Precisamos de tomada de decisão para que o serviço não fique inviável. Da forma que está, a manutenção do sistema continua inviável.” Mesmo com o novo edital, não esperam que em menos de 5 meses uma empresa esteja operando em Lafaiete devido a todos os tramites para contratação e início do novo contrato. “Precisamos de um novo modelo de transporte e um edital mais atrativo, caso contrário qualquer empresa que venha a ser ganhadora da licitação, não será fácil assumir o serviço. O valor de subsídio pago pela Prefeitura não é para gerar lucro a empresa que opera o serviço, ele é necessário para cobrir os custos do sistema e para que a tarifa paga pelo usuário fique mais atrativa e economicamente viável a todos que necessitam utilizar o serviço”, alertou.

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