Lafaiete está vencendo a pandemia, mas a crise no transporte público segue sem uma solução. A Prefeitura enviou a Câmara um Projeto de Lei que, se aprovado, vai aumentar em 25%, saltando de R$233 mil para mais de R$305 mil o subsídio mensal a empresa Umuarama para a manutenção do transporte público. A iniciativa do Executivo não deve sofrer resistências entre os vereadores diante do quadro de incertezas sobre o futuro do setor em Lafaiete.
Na justificativa do projeto, a Prefeitura reconhece o déficit tarifário justificado pela concessionária e a urgência do aumento do subsídio. “Para que a prestação do serviço não seja interrompida, gerando transtornos a população é essencial o Poder Público possa intervir de forma a garantir a continuidade do serviço”, salientou.
Negociações
O aumento de 25% no valor do repasse mensal vem depois de mais de 3 meses de negociações entre a empresa e a prefeitura. Em agosto completou um ano do contrato temporário de operação pela Viação Umuarama do transporte público, em substituição a famigerada Presidente.
Em junho, em função dos constantes prejuízos, a concessionária protocolou um pedido de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, no qual ela solicitava um aumento do subsídio ou o aumento da tarifa.
Nossa reportagem teve acesso aos números da empresa e em dezembro/2021 o custo de operação era de R$1.296.903,44 mensal e entre janeiro e julho de 2022 os custos subiram para R$1.448.971,50 mês, uma diferença em torno de R$ 200 mil.
O aumento se deve aos elevados custos de insumos, em especial o óleo diesel. Em dezembro custo do litro comprado pela empresa era de R$4,95 e agora em agosto está em R$6,28, sendo que durante este período chegou a custar R$7,42 o litro. A Umuarama ainda teve que pagar o aumento da folha salarial em função do dissídio coletivo na ordem de 14%. A média de passageiro, apesar da queda dos últimos 3 anos, se manteve 236 mil passageiros pagantes ao mês e o média total transportada incluindo a gratuidade, em torno de 306 mil passageiros.
