Na terça-feira (27), o Fórum Popular Permanente entregou reivindicações na Prefeitura Municipal de Congonhas, quando a comissão foi recebida por Eduardo Matozinhos, Chefe de Gabinete. Além da postura crítica em relação a uma exploração de minério irresponsável e predatória, o documento entregue reivindica inclusão de demandas levantadas pelo povo no orçamento municipal a ser executado em 2023.
Entre os pontos: abrir discussão sobre cobrança de taxa de água e de esgoto; diagnóstico independente das causas das principais doenças no município; construção de três creches e de uma Escola Família Agrícola; construção de 4 mil casas com prioridade para famílias de área de risco e de baixa renda; monitoramento da qualidade do ar com divulgação massiva dos dados e providências necessárias para efetiva e imediata melhora da qualidade de vida; realização de estudos independentes da água que abastece a cidade, considerando – se os impactos sinergéticos causados pela CSN, Vale e outras mineradoras que exploram a região.
Caixa e tempo
Matozinhos confirmou informação R$1,2 bilhão acumulado no caixa da Prefeitura. Esse valor daria para construir, por exemplo, 17. 142 casas ao custo de 70 mil a unidade. Ou 240 creches ao custo de 5 milhões cada. Matozinhos ainda disse que o Prefeito Cláudio Antônio de Souza “tem um problema de tempo”.
Na visão dos movimentos e entidades presentes, a questão de fundo é a subserviência histórica dos gestores públicos, que funcionam como gerentes das mineradoras. E sugeriram que a gestão casse o alvará da CSN para início de diálogo com ela. Participam do Fórum: MAB, Sindicato Matabase Inconfidentes, PSTU, Partido dos Trabalhadores, Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Unaccon, Ceamec.