Mulheres vítimas de violência podem procurar ajuda em casas de acolhimento e em delegacias especializadas em Minas Gerais
A cada dois dias uma mulher é vítima de violência doméstica em Minas Gerais. Os dados são do Governo de Minas em parceria com a Polícia Civil de Minas Gerais, que também divulgaram que os crimes costumam ser praticados por maridos, namorados ou ex-companheiros. Além disso, em 50% dos casos de feminicído, as mortes foram causados por armas brancas, como facas, tesouras ou canivetes.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no país, somente em 2021, 3.878 mulheres foram vítimas de homicídio, sendo que, destes casos, 1.341 foram considerados como feminicídio. Em Minas Gerais, segundo a Polícia Civil, em 2022 163 mulheres foram vítimas de feminicídio, ano em que tiveram 195 tentativas do crime.
Desde a inauguração do Disque Denúncia em 2007, coordenado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mais de 1 milhão de denúncias foram apuradas pela Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar e mais de 264 mil criminosos foram presos e apreendidos.
Como pedir ajuda
A principal forma de denúncia é pelo 181, o Disque Denúncia, que garante o anonimato e sigilo da pessoa que faz a denúncia e garante a participação da sociedade no combate à criminalidade.
Em situações de emergência, as denúncias também podem ser feitas pelos telefones 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil). Já na Delegacia Virtual é possível registrar ocorrências de ameaça, lesão corporal, agressão e descumprimento de medida protetiva.
Minas Gerais também conta com o MG Mulher, aplicativo disponível gratuitamente para Android ou iOs. Lá, é possível encontrar endereços e telefones de delegacias, unidades policiais e instituições de ajuda mais próximas, vídeos, áudios e textos para orientar as vítimas.
Em Belo Horizonte, existe a Casa da Mulher Mineira, uma unidade da Polícia Civil na Avenida Augusto de Lima, 1.845, no Barro Preto e inaugurada em 2022. Na unidade, as mulheres podem solicitar Medidas Protetivas de Urgência, acompanhamento até a residência para retirada de pertences em segurança, receber a guia de exame de corpo de delito, realizar a representação criminal para a devida responsabilização do agressor, além de ser encaminhada para casas abrigo, para serviços de atendimento psicossocial e para orientação jurídica na Defensoria Pública.
O Centro Risoleta Neves de Atendimento à Mulher (Cerna) também disponibiliza ajuda para mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar. O primeiro atendimento é feito por agendamento direto ao serviço, por meio dos telefones (31) 3270-3235 ou (31) 3270-3296.
FONTE ITATIAIA