A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (14) uma nova operação contra os atos golpistas do dia 8 de janeiro, sendo uma das ações em Ouro Preto, segundo o portal G1. Duas pessoas foram presas em Minas Gerais e três são consideradas foragidas. Celso Teixeira de Jesus e Laudenir Vieira Rodrigues foram presos no interior do estado. Já Alexandre Augusto Souza Carmo, Antônio Clésio Ferreira e Alcimar Francisco da Silva não foram encontrados e são considerados foragidos.
Antônio Clésio Ferreira é ex-professor da UFOP e foi candidato a prefeito de Ouro Preto em 2020 pelo partido Democracia Cristão, ao qual ele julga ser de centro-direita. Clésio teve 806 votos no pleito eleitoral, o que corresponde a 1,9% do total, ficando à frente apenas de Suely Xavier, do PSOL, que teve 797 votos (1,88%).
Clésio Ferreira negou que tenha participado da invasão à Praça dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro. Uma nota enviada à imprensa, pelo escritório de advocacia Landulpho, Gallindo & Oliveira, informa que, embora Clésio estivesse em Brasília na data do ocorrido, ele não participou do ato antidemocrático que culminou na depredação de prédios públicos.
OPERAÇÃO LESA PÁTRIA
A Operação Lesa Pátria tem o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Diante da situação, a PF abriu um canal para quem tiver qualquer informação sobre a identificação dos participantes. As denúncias devem ser enviadas para o e-mail [email protected].
O Galilé entrou em contato com o Superior Tribunal Federal (STF), que informou que a ação corre em sigilo.
FONTE JORNAL O GALILÉ