2 de maio de 2024 22:23

Empresa investirá R$500 milhões em Coronel Xavier Chaves

A Boston Metal vai investir R$ 500 milhões na construção de uma indústria em Coronel Xavier Chaves, município próximo a São João del Rei. A unidade vai recuperar metais de alto valor agregado a partir de rejeitos de mineração. O processo será feito por meio de uma tecnologia denominada de eletrólise de óxido fundido (MOE). A previsão é de geração de cerca de 200 empregos diretos e mais de 1.000 indiretos.

Esta será a primeira planta produtiva da startup nascida no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. No País, a empresa mantém uma escala menor para demonstração do MOE e realização de pesquisas, sendo o foco principal a produção de aço verde. Apoiada por gigantes como Bill Gates, Vale, BHP, BMW e ArcelorMittal, a companhia é liderada pelo ex-presidente da mineradora CBMM, Tadeu Carneiro.

De acordo com o chefe da subsidiária brasileira, inaugurada em agosto de 2022, as obras já se iniciaram e o projeto será dividido em três etapas. A primeira se refere à fase piloto, com término previsto ainda para este ano. A segunda se trata da fase de demonstração, estimada para o ano que vem. A última corresponde à fase final, ou seja, o projeto todo instalado em 2026. Ainda segundo ele, a planta em Minas Gerais ocupará cerca de três hectares de uma área total de 20 hectares.

Inicialmente, os rejeitos utilizados na planta serão oriundos da Mineração Taboca, produtora nacional de minerais industriais, incluindo, as ligas necessárias para o desenvolvimento do projeto. A mineradora assinou um memorando de entendimento para explorar o uso da tecnologia MOE.

“Vamos saber com certeza depois que começar a operar, mas estimamos que só o material da Taboca nos dá praticamente 30 anos de operação. Porém, é óbvio que assim que a gente disparar essa primeira fase, vamos começar uma busca estratégica de outros rejeitos de mineração que possam ser utilizados na nossa tecnologia. Ainda não temos nada firme, nada mapeado, estamos começando os contatos para buscar outros”, ressalta o vice-presidente da subsidiária, Alexandre Quinze.

Conforme o vice-presidente, a unidade no Estado será de extrema importância para a empresa demonstrar que a aposta feita pelos investidores está na direção certa. Ele explica que em laboratório e em escala piloto, a tecnologia já se demonstrou viável, no entanto, a prova será, de fato, quando a fábrica estiver em funcionamento. Quinze ainda aponta outro fator relevante da construção que diz respeito a comprovar que a plataforma da startup é flexível para trabalhar com outros metais para além da produção de aço verde.

Via Diário do Comércio

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