Com o fim do bipartidarismo em 1980, Leonel Brizola fundou o PDT, partido com suas raízes no antigo PTB, partido pelo qual foi filiado e eleito Governador do Rio Grande do Sul em 1958. Desde sua fundação o partido chegou duas vezes ao Governo do Rio de Janeiro, justamente com Leonel Brizola, que concorreu à Presidência da República em 1989 e 1994. Em 1998, Brizola concorreu como vice de Lula visando unificar a esquerda no país. Na oposição a todos os Governos, com exceção de Lula e Dilma, o partido tentou chegar novamente a Presidência da República com Ciro Gomes em 2018 e 2022. Atualmente, o partido ocupa o Ministério da Previdência Social, com Carlos Lupi, Presidente Nacional do partido.
Já o PSB, fundado em 1945 por João Mangabeira, com o nome de Esquerda Democrática, recebeu seu atual nome em 1947, sendo extinto pelo AI-2 em 1965 e sendo refundado em 1985 por Miguel Arraes. Esteve junto ao PT em todas as eleições presidenciais, com exceção de 2002, quando lançou a candidatura de Antony Garotinho e em 2014, quando lançou a candidatura de Eduardo Campos, que faleceu durante a campanha e foi substituído por Marina Silva. Em 2022, indicou Geraldo Alckimin como candidato a Vice Presidente na chapa de Lula. Atualmente ocupa dois Ministérios: Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços com Geraldo Alckimin e Portos e Aeroportos com Márcio França.
Fundado em 2013, como um partido de centro esquerda, o partido serviu como uma janela para políticos de direita, assim como o PROS, hoje incorporado ao Solidariedade, servisse como uma janela de esquerda. Liderado por Paulinho da Força, o partido se aliou ao PSDB nas candidaturas presidenciais de Aécio Neves em 2014 e Geraldo Alckimin em 2018. Em 2022, o partido apoiou a candidatura presidencial de Lula, sem ocupar qualquer Ministério no atual Governo.
Caso se confirme esta Federação, PDT, PSB e SD terão uma bancada composta por 36 Deputados Federais e sete Senadores, além de ocupar três Ministérios.
Em Minas Gerais, o PDT elegeu dois Deputados Federais, o Solidariedade um e o PSB nenhum, totalizando três Deputados Federais. Quanto ao número de representantes no parlamento mineiro, o PDT elegeu dois Deputados Federais, o Solidariedade e PSB elegeram um cada.
Em Conselheiro Lafaiete, o PDT elegeu um Vereador em 1992 e concorreu ao Executivo Municipal nas eleições de 2020. O PSB que elegeu dois Vereadores na eleição de 2000, conseguiu eleger um Vereador nas eleições de 2004, 2012 e 2016 e concorreu ao Executivo Municipal nas eleições de 2000, 2008, 2012 e 2016, obtendo êxito apenas em 2012. O Solidariedade chegou a ter dois representantes na Câmara nas eleições de 2016, volta a ter um representante no Legislativo municipal após incorporar o PROS que em 2020 elegeu um representante.
Confirmando esta Federação, seria a quarta ser criada no país e assim como a Federação Brasil da Esperança, seria composta por três partidos, enquanto as outras duas são compostas por dois partidos cada.
Este crescente número de Federações impacta diretamente no número de concorrentes ao Poder Legislativo nas próximas eleições municipais e gerais. Para se ter uma ideia, em Conselheiro Lafaiete, estas “quatro” Federações podem lançar 14 candidatos cada, totalizando 56 candidatos. Como partidos isolados, este número subiria para 140 candidatos divididos em 10 partidos, ou seja, serão 84 vagas a menos para concorrentes ao Legislativo Municipal.
Além da fusão, incorporação e federação de partidos, outro fator que contribuirá para a redução de candidaturas ao Vereador, foi a redução do número de vagas por partido ou Federação, que até 2020 poderiam lançar 20 candidatos (150% das vagas da Câmara) por partido, agora podem lançar 14 candidatos (100% + 1 vaga da Câmara) por partido ou Federação, o que aumenta o quociente partidário, eleitoral e consequentemente o mínimo de votos para se eleger Vereador, que foi de 743 votos em 2020, 556 em 2016, 882 em 2012 e 931 em 2008.