6 de maio de 2024 21:22

Projeto de retorno do “carro popular” já tem data para ser anunciado

O Governo Federal deve anunciar a volta daquilo que chamamos como “carro popular”. Segundo apuração do nosso colega Eduardo Sodré, da Folha de São Paulo, o anúncio pode acontecer no próximo dia 25 de maio, em razão das comemorações pelo Dia da Indústria.

Tratado como prioridade por Geraldo Alckmin, Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o projeto do carro popular surgiu de conversas iniciadas por líderes do mercado e alguns interlocutores do governo, como forma de aquecer o setor, muito prejudicado nos últimos anos em razão da pandemia de Covid-19, guerra na Ucrânia e cenário de crise econômica.

Ainda faltam detalhes para todo o projeto ficar pronto, mas, ao que tudo indica, as ações serão concentradas em incentivos fiscais, nacionalização da produção de insumos para as fábricas e linhas de crédito facilitadas. Há, entretanto, algumas dúvidas, como quais modelos atuais seriam contemplados ou se outros novos carros precisariam serem criados.

Os carros mais baratos do Brasil estão longe de terem preços de “popular” (Imagem: Felipe Ribeiro/Canaltech)

A expectativa é de que a primeira fase desse projeto do carro popular englobe modelos equipados com motor 1.0 em suas versões de entrada. Atualmente, os carros mais baratos do Brasil são o Renault Kwid, Fiat Mobi e Peugeot 208, todos custando R$ 68.990.

Com as medidas que devem ser anunciadas pelo govern o e pelas montadoras, a ideia é que os carros de entrada ou “populares” sejam vendidos por preços próximos dos R$ 50 mil. Vale lembrar que há poucos anos, alguns dos carros já citados e outros como o Fiat Argo ou até mesmo o VW Polo eram vendidos por esse preço em suas versões de acesso.

Fiat Mobi x Renault Kwid
Fiat Mobi x Renault Kwid
Fiat Mobi x Renault Kwid
Fiat Mobi x Renault Kwid

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), inicialmente uma das entidades que começaram essa discussão do carro popular, não está mais envolvida. Segundo a Folha, a entidade se afastou por questões de compliance.

O anúncio do projeto, se confirmado, será feito na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Fonte: Folha de S. Paulo

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