28 de abril de 2024 12:56

Dez carros que podem receber placa preta em 2023; veja lista

Segunda geração do Ford Escort, Volkswagen Logus, Fiat Tipo e até Chevrolet Corsa que já tenham completado 30 anos de produção podem receber placa preta

Quando a placa com o padrão Mercosul foi adotada no Brasil, muitos proprietários de carros antigos torceram o nariz. Afinal, de início, a cobiçada placa preta não tinha o fundo em tom negro e letras em branco, como era praxe – a única mudança eram letras em cinza nas placas convencionais. Isso frustrou bastante gente e até rendeu ações e protestos. Entretanto, há pouco mais de um ano, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou, por meio da resolução 957/2022, a placa preta com o padrão mais moderno. E já tem alguns carros aptos a adotar este novo modelo, como a segunda geração do Ford Escort e até os primeiros Chevrolet Corsa produzidos no País.

Chevrolet Corsa

Dentre as regras para receber a placa preta, o carro deve ter 30 anos de fabricação e excelente estado de conservação. Aliás, um adendo, o ano-modelo não vale, precisa ser o ano de fabricação. Por isso, carros produzidos em 1993 já podem ostentar o incremento. O Chevrolet Corsa, por exemplo, passou a ser reconhecido como carro colecionável.

placa preta
Chevrolet Corsa (General Motors/Divulgação)

Aqui, no entanto, cabe uma explicação. O Chevrolet Corsa foi lançado no Brasil no início de 1994 (na Europa, tratava-se da segunda geração) para substituir o Chevette Junior. Entretanto, independentemente de ser considerado como linha 1994, as primeiras unidades produzidas na planta de São José dos Campos (SP) em 1993 já são passíveis de placa preta. Portanto, algumas unidades do Corsa 1.0 Wind e do 1.4 GL – que tenham a devida porcentagem de originalidade – já podem receber o adereço.

Ford Escort, Escort Hobby e Verona

Ford Escort (Ford/Divulgação)

Ford Escort é outro que, mesmo ainda presente na memória de muitos brasileiros, já completou 30 anos do lançamento de sua segunda geração. O modelo permaneceu, basicamente, o mesmo desde 1983 quando chegou ao País. Chamado por alguns de “Escort Europa”, o modelo chegou em 1993 ao mercado nas versões, L, GL, Guia, XR3 e também conversível.

Ford Verona (Ford/Divulgação)

Cabe recordar que, à exemplo do que algumas montadoras fazem atualmente, a Ford optou por continuar vendendo a antiga geração como modelo de entrada da marca. Assim, nascia o Escort Hobby – que também já pode receber a placa preta. Outro exemplar da marca do oval azul que também consegue placa preta é o Verona de segunda geração. No mercado a partir de 1993, o sedã do Escort, pela primeira vez, vinha com quatro portas.

Chevrolet Vectra

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Chevrolet Vectra (Chevrolet/Divulgação)

Por falar em sedã com quatro portas, o Chevrolet Vectra também já pode receber placa preta. O modelo que deu o ar da graça por aqui cinco anos após sua estreia na Europa (pelas mãos da Opel), basicamente, chegaria para substituir o Monza. Mas a clientela resistiu e não abriu mão do modelo – que, aliás, era um pouco mais barato. Dessa forma, nem mesmo a vasta tecnologia e o apelo de uma versão GSI, que levava motor 2.0 16 v de 150 cv, deram conta do recado. Em 1996, por fim, deu lugar ao novo Vectra.

Volkswagen Logus

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Volkswagen Logus (Volkswagen/Divulgação)

Os donos das primeiras unidades do Volkswagen Logus também já conseguem obter a placa preta. Ainda sob a asa da Autolatina (fusão entre Ford e Volkswagen), chegava ao mercado o sedã da Volkswagen que substituiria o Apollo (irmão gêmeo do Ford Verona). Desta vez, no entanto, a ideia era não trazer um clone, mas apenas compartilhar a mesma plataforma da geração MK5 do Ford Escort (que deu origem ao Verona). Com design agradável e apenas opção de carroceria duas portas, ficou em linha até 1996, quando a joint venture entre ambas as marcas se desfez. A versão hatchback do Logus, o Pointer, contudo, também faz 30 anos. Como destaques, o modelo tinha quatro portas e até versão esportiva.

Fiat Tipo

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Fiat Tipo (Fiat/Divulgação)

Em meados da década de 1990, era sair às ruas e esbarrar com o Tipo. O hatch médio da Fiat fez bastante sucesso no País. Chegou ao mercado em 1993. A princípio, tinha apenas unidades com duas portas. Mais tarde, todavia, chegou a opção com quatro portas. Seu porte e o belo design agradaram o público que podia pagar por um modelo importado. Nas novelas, era figura carimbada. Entretanto, várias unidades do motor 1.6 ie com injeção monoponto de 82 cv pegaram fogo e, com isso, o furor baixou entre a clientela. Quem ainda tem na garagem um Tipo original e datado de 1993, já pode preparar a pepelada, afinal, mesmo desembarcando por aqui em setembro de 1993, há 30 anos o hatch já estava em produção.

Chevrolet Suprema

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Chevrolet Omega Suprema (Chevrolet/Divulgação)

Para quem tem saudades das famosas station wagon, o Omega Suprema provavelmente deve estar guardado na memória. A versão perua do Omega chegou ao Brasil em 1993 – ficou até 1996. O grande chamariz era o gigantesco porta-malas de 540 litros. Com o banco traseiro rebatido, o espaço saltava para 1.850 litros. E a GM investiu em engenharia. Era tanto que o carro mantinha o nivelamento da carroceria graças a um sistema de suspensão traseira pneumático.

Volkswagen Fusca

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Volkswagen Fusca (Volkswagen/Divulgação)

E não daria parta encerrar essa reportagem sem falar do Fusca “Itamar”. O apelido do carro vem do então presidente da república Itamar Franco, que sugeriu à Volkswagen a volta do modelo ao mercado para brigar na categoria de carros populares. Inicialmente, o Fusca havia sido produzido entre 1959 e 1986. Não se pode dizer que foi um sucesso, afinal, em 1993, haviam concorrentes mais modernos, como Escort, Chevette e até mesmo o Gol 1000. Além do visual defasado, o Fusca ainda tinha o mesmo motor 1.6 refrigerado a ar de 1986, entretanto, com a adição de um catalisador no sistema de escapamento.

FONTE JORNAL DO CARRO

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