Vila Galé vai produzir vinhos e azeites na unidade Dom Bosco em Ouro Preto

O empresário Felipe Versiani, o prefeito Angelo Oswaldo, o CEO Jorge Almeida e o pintor Carlos Bracher

Em noite de coquetel, o Ceo do Vila Galé, Fernando Rebelo Almeida e a sommelier do grupo , Marta Maia apresentaram a variedade de vinhos Santa Vitória do grupo que serão produzidos no
antigo Colégio Dom Bosco. De acordo com o presidente da Vila Galé, a novidade é que a unidade, batizada como Vila Galé Collection Ouro Preto, vai produzir vinhos e azeites. Já foram plantadas as variedades de uva Touriga Nacional, Syrah e Olá!; e serão testadas Pinot Noir, Chardonnay, Sauvignon Blanc, Alvarinho e Arinto.

Experiente na produção de vinhos e azeites em Portugal, a empreitada em Ouro Preto será a primeira fora do país europeu.

“Estamos plantando parreiras e oliveiras para que já tenhamos produção na inauguração, no fim do ano. Ouro Preto oferece condições muito interessantes para as duas culturas, com água em abundância, clima ameno e altitude adequada. Temos grandes expectativas, mas se não conseguirmos fazer um bom vinho ou um bom azeite teremos, ao menos, um jardim incrível”, afirma Almeida.

O bom humor do empresário disfarça a expertise de quem já produz a marca Santa Vitória, na região do Alentejo, desde 2002.
O hotel que será o único de grife internacional em Minas , contará com 182 quartos na primeira etapa e mais 46 na segunda etapa, dois restaurantes, dois bares, sete salas de convenções, um auditório, capela, biblioteca, sala de jogos, Spa Satsanga com piscina interior aquecida, Clube Infantil NEP com parque aquático, entre outros atrativos.

Os hotéis da Vila Galé são temáticos e atrelados a cultura e arte. Esta unidade, em especial, abrigará um Memorial do Colégio Dom Bosco e um Memorial da Polícia Militar, que estavam instaladas neste prédio e anteriormente ao Colégio Dom Bosco.

A obra de restauro e ampliação devem iniciar no último trimestre deste ano. A inauguração está prevista para 30 de dezembro de 2024.

Empresas anunciam joint venture de R$ 2 bilhões para produção de etanol de milho; confira

Os grupos Mafra e CMAA anunciaram a criação da joint venture Grão Pará Bioenergia. O objetivo é promover a construção de uma refinaria de biocombustíveis em Redenção, no Pará, para produção de etanol de milho.

A projeção é de que os investimentos superem os R$ 2 bilhões até 2029, sendo que R$ 600 milhões já serão alocados neste ano.

Segundo as empresas, o acordo prevê a geração de 600 empregos diretos e 3 mil indiretos, além de fomentar a produção agrícola e florestal na região. A previsão é que a industrialização comece em 18 meses, utilizando milho da safrinha 2025.

A Grão Pará Bioenergia é formada pelo Grupo Mafra, fundador da Viveo (VVEO3) e presente no Pará há 20 anos com agricultura e pecuária, e o Grupo CMAA, que atua no setor sucroalcooleiro, com três usinas em Minas Gerais. A princípio, o presidente executivo será Flávio Inoue.

Sobre a Grão Pará Bioenergia

A Mafra e CMAA defendem que o projeto contribui para o Pará se tornar uma fronteira de produção agrícola e pecuária sustentável importante. Além disso, acreditam que a oferta de milho, principal matéria-prima da refinaria, também deverá crescer na região.

O projeto também tem potencial para alavancar o consumo regional de etanol.

“A pauta de sustentabilidade converge totalmente com a estratégia de investimentos dos Grupo Mafra e CMAA. Isso agrega altíssimo valor na produção em áreas já antropizadas, por meio de transformação das áreas de pastagens degradadas em agricultura, intensificando a pecuária e agricultura, com zero necessidade de abertura de novas áreas e preservando as reservas de florestas nativas”, destaca Carlos Mafra Júnior.

Já o governador do Pará, Helder Barbalho, destaca que esse tipo de iniciativa é importante para o Estado e para a viabilização do biocombustível.

“Além de movimentar a economia local, gerará renda e oportunidades de negócios para os mais diversos setores envolvidos, como construção civil, transporte, comércio e serviços, entre outros. A indústria também tem potencial de aumentar a arrecadação de impostos para o estado”, afirma.

Impulso para produção de milho no Pará

A plena capacidade, a indústria demandará mais de 1,5 milhão de toneladas de milho por ano, o que incentivará os agricultores a aumentar a área plantada e a produtividade.

O cultivo de florestas de eucalipto para o fornecimento de biomassa para a geração de vapor e energia elétrica à refinaria também será impulsionado. O cultivo de eucalipto também proporciona benefícios ambientais, como recuperação de áreas degradadas, proteção do solo, conservação da água e sequestro de carbono.

A indústria também oferecerá um serviço de engorda de bovinos para os pecuaristas parceiros, que poderão utilizar a estrutura da unidade para confinar bovinos em regime de boitel, com o uso de DDG (dry distillers grains) proveniente da produção de etanol de milho.

 

FONTE MONEY TIMES

Cidade do sul de Minas surpreende com produção inédita de amoras pretas; saiba qual

Donos de sítios plantaram as árvores apenas para consumo próprio das frutinhas, mas o clima favorável fez a produção triplicar e os planos mudaram

Despretensiosamente, uma fruta pequenina, altamente proteica e muito saborosa vem ganhando espaço no sul de Minas. De acordo com dados da Emater-MG, somente no município de Bocaina de Minas, na divisa com o estado do Rio de Janeiro, foram produzidas no ano passado uma média de 96 toneladas de amora-preta em apenas sete hectares de plantações.

Trata-se de uma planta arbustiva de porte ereto ou rasteiro, que produz frutos com cerca de 4 a 7 gramas, coloração negra e sabor ácido. A fruta in natura é altamente nutritiva, com muita água e elevada quantidade de minerais e vitaminas C, B e A. Os frutos podem ser consumidos in natura ou em forma de geleias, sucos, doces em pasta e fermentados. Podem ser congelados e utilizados como polpa para fabricação de sorvetes, iogurtes e tortas.

O extensionista da Emater-MG, Rodrigo Cavalcanti Ferreira, explica que a região é famosa por suas belezas naturais e, por isso, atrai muita gente de fora que adquire sítios para morar ou passar o fim de semana. “O pessoal gosta de plantar frutas vermelhas para fazer sucos e geleias. O cultivo não surgiu com uma proposta comercial, apenas para consumo próprio. Mas, como a região tem bom potencial por causa do clima frio, a produção tem sido muito maior do que se imaginava e o comércio, uma alternativa natural”, explica o técnico.

Boa alternativa para aumentar a renda

amoreiras.jpg
Extensionista da Emater-MG, Rodrigo Cavalcanti conversa com produtor Danilo Costa/Divulgação Emater_MG

A cultura é uma ótima alternativa para pequenos produtores, que buscam diversificar sua produção, devido à facilidade de manejo e por não demandar grandes áreas. A atividade também pode ter seu valor agregado, com o beneficiamento da produção (doces, geleias e outros derivados).

O produtor Danilo Costa de Almeida, atual secretário de Agricultura do município, começou o cultivo de amora preta, em dezembro de 2020, com a assistência técnica da Emater-MG. Atualmente, ele tem 300 pés de amora, numa área de dois mil metros quadrados. “A região tem o clima favorável para o cultivo. É uma planta robusta, de fácil manejo e que logo produz. Com um ano, você já tem colheita”, explica o agricultor.

Fruta estraga com facilidade e precisa ser congelada

Primeiras flores de um pé de amora. Planta se adapta melhores em climas frios

Segundo Danilo, o mais complicado é se tratar de uma fruta muito perecível. “Você colhe de manhã e até meio dia tem de estar tudo congelado, senão perde. Então é preciso ter um freezer e fazer o transporte sem descongelar. Mas como a amora fica congelada, eu posso vender nas épocas de menor oferta e melhor preço”, explica Danilo. A amora tem o período de colheita de novembro a fevereiro.

Na região, a amora preta é comercializada por alguns agricultores através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e vendida em municípios próximos, especialmente em cidades do Rio de Janeiro que recebem muitos turistas como Visconde de Mauá.

Poda anual é importante

Outra dificuldade da amora, segundo o extensionista da Emater-MG, é a necessidade de uma poda anual. “Muita gente não faz a poda direito por causa dos espinhos da planta. Mas, no geral, ela é bem resistente, inclusive a geada, que é bem comum na região”, argumenta Rodrigo.

Produção não atende a demanda interna

A produção brasileira das principais espécies frutíferas de clima temperado é insuficiente para atender a demanda interna, gerando uma crescente necessidade de importação das frutas. Mas, se mantivermos o atual ritmo de crescimento dos pomares, essa situação pode mudar.

A amoreira-preta (Rubus spp) é uma das espécies que tem apresentado sensível crescimento de área cultivada no Rio Grande do Sul (principal produtor brasileiro) e tem elevado potencial para regiões com microclima adequado, como Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Sul de Minas Gerais.

(*) Com informações da Emater-MG

 

FONTE ITATIAIA

Minas Gerais pretende atrair R$ 30 bilhões para produção de minerais estratégicos

Estado pretende ser um hub em minerais estratégicos como lítio e terras raras, atraindo investimentos de R$ 30 bilhões nos próximos anos.

Tornar Minas Gerais um hub para produção de minerais estratégicos para a transição energética. Este é um dos objetivos principais da Invest Minas, agência do governo do estado que atua no sentido de incrementar o fluxo de negócios em território mineiro nos diversos setores econômicos e que agora está direcionando mais o foco de sua atuação para a área de mineração, que está atraindo grandes investimentos. Só no segmento do lítio, por exemplo, o estado já atraiu investimentos da ordem de R$ 5 bilhões após a criação da marca Lithium Valley, ou Vale do Lítio, como passou a ser denominado o Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do estado. Além do lítio, há projetos importantes em terras raras, principalmente na Caldeira de Poços de Caldas, onde existe o que é considerado como a segunda maior reserva de argila iônica contendo terras raras no mundo. Empresas como Meteoric e Viridis já estão com projetos de investimento na área e há outras chegando.

De acordo com o diretor-presidente da Invest Minas, João Paulo Braga, há expectativa de que até 2030 Minas Gerais possa atrair investimentos da ordem de R$ 30 bilhões em projetos para produção de minerais considerados estratégicos, que incluem, além do lítio, terras raras e silício e dos fertilizantes, dos quais o Brasil é dependente de importações.

Na entrevista a seguir, realizada em Toronto, Canadá, por ocasião da convenção PDAC 2024, da qual a Invest Minas participou ativamente, João Paulo Braga detalha a estratégia de atuação da Invest Minas para impulsionar os investimentos no setor de mineração no estado.

BRASIL MINERAL – Como tem se dado a atuação da Invest Minas e quais ações a agência desenvolve para o setor mineral?

JOÃO PAULO BRAGA – A Invest Minas é uma agência com mais de 50 anos, que atua em todos os setores, mas a pauta da mineração tem sido cada vez mais relevante dentro da nossa atuação. Sempre foi. Não é à toa que o Estado se chama Minas Gerais. Então, naturalmente, o fluxo de negócios ligados à mineração que chega até nós é grande. Mas diante do contexto global de transição energética, Minas Gerais, onde o minério de ferro se sobressaía, começa a compartilhar espaço com outros minerais estratégicos. E diante disso, estamos usando o contexto global como alavanca para levar negócios para Minas Gerais. Um grande marco que temos nessa atuação, ligado a setor mineral, foi o contexto do Líthium Valley Brasil, um projeto que nasceu na Invest Minas e depois foi para além dos nossos muros, incorporando outros órgãos de governo e o mercado. E hoje o Lítium Valley Brasil é uma marca, de um território mineral conhecido do mundo todo, muito em função da construção que fizemos, que teve o seu ápice de reconhecimento quando nós fomos na Nasdaq, com o governador Romeu Zema, e fizemos o lançamento global do programa. Projetamos o Líthium Valley na Times Square e tudo mais. E desde então, o fluxo de investimentos e oportunidades que têm chegado ao Vale do Jequitinhonha tem sido muito impulsionado. No Jequitinhonha, já temos mais de R$ 5 bilhões em investimentos de empresas ligadas ao lítio. Só que Minas é muito mais que o lítio. Também estamos criando, na nossa estratégia de promoção de investimentos, a visão de Minas Gerais não como o Lithium Valley Brasil, mas como um hub de minerais estratégicos para o mundo, no qual se inserem também as terras raras. A Caldeira de Poços de Caldas, no sul de Minas, tem uma das maiores reservas do mundo, que parece ser a segunda maior reserva do mundo em materiais de terras raras, em argila iônica, que tem processo de extração muito mais fácil e menos custoso. E Nós já temos dois grandes investimentos, ambos de empresas australianas: a Viridis, que assinou recentemente um compromisso de investimento de R$ 1,3 bilhão, e a Meteoric, outra empresa australiana, com a qual também já assinamos protocolo, com valor de investimento semelhante ao da Viridis. A Meteoric está pronta para protocolar os estudos ambientais junto à Secretaria de Meio Ambiente, para licenciamento do projeto.

E além de Terras Raras, temos oportunidades ligadas ao manganês. Há muito manganês no Campo das Vertentes, no caminho da zona da mata. Nós temos também projetos de silício, pois hoje em Minas Gerais é um grande produtor de silício metalúrgico, que é o início da cadeia para o painel solar.

Então há muitas oportunidades na mesa. Está sendo inaugurado, em meados de março, o complexo da EuroChem, de Serra do Salitre, para produção de fertilizantes, um projeto que tem a magnitude de reduzir em 15% a dependência externa que o Brasil tem de fosfato. Então, nós temos promovido esses minerais estratégicos e até então temos colhido grandes resultados.

BRASIL MINERAL – E quais são os mecanismos de apoio que o governo de Minas tem para esses projetos?

JOÃO PAULO – O primeiro deles é a simples existência da Invest Minas como o One Stop Shop, o balcão único onde a empresa vai chegar e ser atendida. Estamos falando de empresas estrangeiras que têm gap de conhecimento sobre como funciona o mercado brasileiro, as regulações, especialmente no contexto de 27 estados, onde cada um tem sua regulação tributária, uma série de questões. Então a empresa chega, conversa com o Invest Minas e, a partir dali, passa a ser acompanhada em toda a jornada que envolve o governo estadual, os governos municipais e até eventuais parcerias no mercado. Este é o primeiro valor que geramos. E junto com isso, o governo de Minas Gerais tem alternativas de priorização dos projetos para licenciamento. Sabemos que isso é muito estratégico porque, pela demanda que se tem hoje desses minerais, se forem perdidos seis meses do licenciamento, é muito dinheiro que fica em cima da mesa. Então, a partir de critérios objetivos bem definidos, tudo de forma muito transparente, a depender do tamanho do impacto socioeconômico que o projeto vai gerar, nós temos mecanismos para tornar aquele licenciamento prioritário.

Nós temos também, o que é grande gargalo para o setor, a questão da mão de obra.

O governo de Minas tem o programa Trilhas do Futuro, de capacitação de mão de obra técnica para trabalhar nessas empresas. Não é exclusivo do setor de mineração, mas a mineração ocupa boa parte disso. E a boa notícia é que, em relação à mão de obra, o Ministério de Educação e o IBGE soltaram recentemente o censo educacional e, de 2021 para 2023, Minas Gerais foi o estado que mais criou vagas no ensino técnico profissionalizante. Foram 144 mil vagas. Para ter uma dimensão do que é esse número, o segundo colocado foi São Paulo, que criou 61 mil.

Além disso, o estado tem mecanismos de financiamento via banco de desenvolvimento do Estado. A Sigma, por exemplo, empresa de lítio, contratou operação do BDMG. Obviamente, o BDMG é um banco de porte menor, não tem a pujança para financiar uma operação de mineração de bilhões de reais, mas ainda assim cumpre o seu papel em alguns casos específicos. Nós temos a Fundação de Amparo à Pesquisa, Fapemig, que tem recursos disponíveis, inclusive não reembolsáveis, direcionados à pesquisa. E aqui estamos falando de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e a transição energética é um dos direcionadores principais na forma de alocar esses recursos.

BRASIL MINERAL – O governo de Minas tem algum mecanismo de intermediação, visando solucionar eventuais conflitos de interesses nos projetos das empresas?

JOÃO PAULO – A Invest Minas tem uma relação muito próxima com as prefeituras. Eu digo que temos dois clientes principais diretos, que são as empresas e os municípios. Então, por meio dos municípios, procuramos sempre endereçar as questões relativas à comunidade com o poder que está legalmente instituído para tal. Isso, obviamente, não retira o protagonismo de serem as empresas as responsáveis por fazer esse relacionamento. Mas aquilo que nos cabe de relacionamento, especialmente com a prefeitura e até com a Câmara dos Vereadores, o Invest Minas apoia.

Veja que interessante o impacto que os projetos de mineração têm tido em Minas. O Jequitinhonha, por muito tempo, foi a região menos dinâmica do nosso estado, conhecida como o Vale da Fome, o Vale sem oportunidades. E o setor de mineração de lítio está levando um dinamismo tal para o Vale de Jequitinhonha, que no ano passado a região onde mais teve abertura de empresas foi o Jequitinhonha, de acordo com o dado da junta comercial. E aí nós estamos falando de restaurante, de hotel, de manicure, de Lanchonete, de toda essa cadeia de serviços que beneficia especialmente o pequeno empreendedor que, por sua vez, contrata, o que decorre dos grandes investimentos de mineração.

BRASIL MINERAL – Alguns estados, como Goiás, por exemplo, criaram mecanismos de agilização do processo de licenciamento ambiental. Em Minas Gerais também se está trilhando esse caminho?

JOÃO PAULO – Sim, essa é a nossa ambição. Temos uma secretaria que é muito séria. Mas não se pode confundir acelerar o licenciamento com ser negligente no licenciamento. Eu acho que nós já aprendemos muito com os erros, como o foram os dois acidentes que aconteceram em Minas, e que geraram uma melhoria da regulação, como a lei Mar de Lama, que no nosso entendimento coloca uma melhor regulação para evitar que esses acidentes aconteçam no futuro. A Secretaria de Meio ambiente é muito rigorosa, muito segura naquilo que licencia, mas isto não pode ser confundido com letargia na forma de conduzir os processos. Isso não tem acontecido. Se você for conversar com as empresas mineradoras, e fazemos isto o tempo todo, se comparar licenciamento do projeto no Brasil, em Minas Gerais, com o que se tem no Canadá, nós estamos quatro ou cinco vezes mais rápidos. E estamos buscando cada vez mais aprimorar. A Secretária Marília Melo fez uma mudança recente na estrutura de licenciamento, transferindo a responsabilidade do licenciamento para a Fundação do Meio Ambiente, a FEAM. Isso trouxe também novo dinamismo, onde a FEAM é o licenciador e Secretaria é a formuladora da política pública.

BRASIL MINERAL – A Invest Minas participou ativamente do PDAC 2024. Qual foi o principal objetivo dessa participação?

JOÃO PAULO – Nosso principal objetivo foi promover Minas Gerais. E viemos aqui com equipe de quatro pessoas da Invest Minas. Nossa participação envolveu tanto participação em painéis, como no Brazilian Mining Day, como nosso time fez diversas reuniões no Pavilhão Brasil, com empresas com potencial de ir para Minas Gerais. Fizemos um trabalho prévio, inclusive com a ajuda de uma consultoria, mapeando empresas de mineração, da cadeia de mineração, com propensão a investir no Brasil. Então, com base nessa pesquisa inicial, o nosso time fez no mínimo 15 reuniões com essas empresas, para dizer: Olha, se está pensando em expandir, investir no Brasil, vamos para Minas Gerais. E isso certamente vai ter desdobramentos após a conexão, com algumas delas.

BRASIL MINERAL – Além de minérios como lítio e terras raras, quais outras possibilidades há em Minas Gerais?

JOÃO PAULO – Minas Gerais é o nome do estado que está vinculado à mineração, mas eu digo que temos de cada vez menos ser só as Minas Gerais e passar a ser um hub, um centro provedor de capacidade, de expertise, de serviços especializados ao setor de mineração, inclusive almejando ter um mercado de capitais maduro para financiar esses projetos, de forma que o retorno desses projetos fique ali, na nossa terra:  primeiro no Brasil, depois em Minas Gerais. Isso envolve desenvolver oportunidades, não na mina, mas em toda a cadeia relacionada ao setor, porque uma hora a mina vai acabar, dado que são recursos finitos. Mas ainda que não se tenha a mina, se existe uma expertise de serviço, especialmente de engenharia, de pesquisa mineral instalada, a mineração vai ser eternamente relevante para o nosso estado. Então eu acho que é essa um pouco da visão que temos ao promover o setor de mineração. Queremos que explorem as minas, sim, mas quais são os serviços que agregam valor a essa operação que podemos desenvolver? Às vezes pode ser um hotel com foco no segmento. No Vale do Jequitinhonha, por exemplo, até há pouco tempo não havia hotel para os trabalhadores e empresários poderem trabalhar. E agora temos alguns hotéis sendo construídos lá. Então é um pouco dessa visão integrada que temos de oportunidade para o Estado. E junto com isso temos, por exemplo, a energia. Quando se discute descarbonização, inevitavelmente isso passa pelo setor de mineração. E nós temos conversas com a Anglo American, por exemplo, que fez um projeto extraordinário de retrofit de caminhões a diesel para hidrogênio na África do Sul e que tem todo o potencial de ser colocado em Minas Gerais. Temos conversas com a CEI Energética, que é uma empresa de Minas Gerais, com a possibilidade de criação de hub de hidrogênio verde no Quadrilátero Ferrífero, que se destinaria a abastecer ali todo o conjunto de mineradoras que desejarem fazer uma conversão de matriz. E acho que o Brasil e Minas Gerais são dos poucos lugares onde a siderurgia tem uma pegada de carbono menor em função da utilização do carvão vegetal ao invés do carvão mineral. Isso é uma grande vantagem competitiva para nós.

 

FONTE BRASIL MINERAL

Minas anuncia a produção do primeiro azeite biodinâmico do país; entenda

Novidade é fruto de estudos e pesquisas da Epamig ao longo de anos.Conceito da agricultura biodinâmica baseia-se em formas de cultivo que respeitam o ritmo da natureza, com poucas interferências

Anos de pesquisas e estudos da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) ajudaram o estado a produzir o primeiro azeite biodinâmico do país. O produto-conceito que acaba de ser anunciado pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seapa) baseia-se numa forma de cultivo que respeita o ritmo da natureza, utilizando, por exemplo, práticas da agricultura orgânica, sem o uso de agrotóxicos. O próximo passo é fazer as análises físico-químicas do produto para saber a quantidade de gordura e ácidos graxos presente em sua composição e, principalmente, a concentração de ácidos polifenólicos, que dão qualidade ao azeite, são benéficos à saúde eprevinem o envelhecimento precoce.

Produtores se concentram na Serra da Mantiqueira

Minas tem se destacado no cultivo de oliveiras e na produção de azeites extravirgens de qualidade. A maior parte dos produtores está concentrada no Sul de Minas, na região do entorno da Serra da Mantiqueira. São olivicultores como Samir Rahme, dono do primeiro azeite biodinâmico, cultivado nos Olivais de Quelémém.

O produtor Samir Rahme

Desde o início do negócio até chegar à produção do premiado Azeite Zet, Samir contou com o apoio da Epamig com indicações para a escolha das variedades mais apropriadas para a região, a condução dos olivais e nas primeiras extrações do azeite, que foram feitas usando a estrutura e equipamentos do Campo Experimental da empresa de pesquisa, em Maria da Fé.

“A olivicultura entrou em minha vida por uma questão de destino, no começo dos anos 2000. Eu era presidente de uma Associação Médica em São Paulo e decidi organizar uma feira orgânica, que teve a participação de pessoas da Associação de Produtores de Agricultura Natural de Maria da Fé. Eles fizeram a ponte para a visita ao município, onde acabei comprando, em 2005, o terreno de 7,5 hectares, a 1,6 mil metros de altitude. O plantio de oliveiras começou como um hobby. Não planejamos virar olivicultores, mas o mundo planejou isso para nós, por isso chamo de destino”, detalha.

Fernanda Fabrino/Campo Experimental da Epamig em Maria da Fé

Produção segue ritmo da natureza

Samir explica que escolheu a agricultura orgânica baseada nos conceitos da agricultura biodinâmica por acreditar na sabedoria da natureza. Segundo o próprio produtor, um alimento biodinâmico “é aquele cuja árvore é tratada de maneira a oferecer o que tem de melhor. Seguimos e respeitamos o ritmo da natureza. Não forçamos nada, não damos nada a mais do que a planta necessita. A nutrição básica é pela compostagem, a partir de esterco de vaca”.

Azeitonas certificadas pelo IBD

Azeitonas são certificadas pela IBD, empresa 100% brasileira que desenvolve atividades de inspeção e certificação agropecuária/Diego Vargas Seapa

O Zet é produzido a partir de azeitonas orgânicas, certificadas pelo IBD, maior certificadora de orgânicos da América Latina. A qualidade dos azeites da marca já foi reconhecida em premiações internacionais como o Olio Nuovo Days Competition, em Paris (França). “A gente sabe que o azeite é um alimento fantástico e queremos que essas características benéficas sejam ainda mais exacerbadas no nosso produto”, disse Samir.

Curiosidades sobre as características é grande

Curiosidade agora é para saber as características do Azeite Zet/Diego Vargas/Seapa

O próximo passo é atestar características dos azeites da marca em análises laboratoriais que poderão ser feitas pela Epamig. “A empresa recebeu um equipamento que fará a análise da quantidade de gordura e ácidos graxos, principalmente, de ácidos polifenólicos, que dão qualidade ao azeite. Estou muito curioso para fazer não só a análise química e física, mas essa análise mais detalhada do nosso azeite”.

Apoio para quem quiser apostar

A diretora-presidente da Epamig, Nilda Ferreira Soares, reforça os serviços oferecidos pela empresa a quem quer investir na atividade. “Temos em Maria da Fé um ponto de apoio a quem quer apostar na olivicultura. Uma agroindústria, equipada com maquinário moderno, disponível para os produtores que ainda não têm seus lagares (nome técnico do local onde se faz a extração do azeite) serviços de análises laboratoriais e orientações para o início do plantio e manejo de doenças e pragas”.

Boas perspectivas para a safra 202

A produção dos Olivais de Quelemém segue as projeções de boa safra para a região da Serra da Mantiqueira. “Em 2022, colhemos sete toneladas de azeitona. No ano passado, colhemos pouco mais de 300 quilos, em função de questões climáticas. Para 2024, as perspectivas estão boas para todos e prevemos uma colheita entre cinco e seis toneladas”, informa Samir Rahme.

Música clássica nos olivais

A olivicultora Rosana Chiavassa defende o poder da música para o desenvolvimento das plantas/Fernanda Fabrino

É também em Maria da Fé que fica a fazenda Santa Helena, primeira propriedade a receber o Certifica Minas Azeite, programa de certificação de produtos agropecuários e agroindústrias do Governo de Minas. A propriedade de 10 hectares é conhecida pela adoção da musicoterapia para os olivais. A olivicultora Rosana Chiavassa acredita que a música clássica tenha o poder de interferir positivamente no desenvolvimento das plantas. Por isso, chegou ao requinte de contratar um musicoterapeuta para fazer uma playlist para seu olival, definindo os melhores compositores e as melhores frequências para as plantas.

Rosana atribui a esse cuidado o fato de conseguir duas colheitas precoces. Explica-se: é que a colheita da azeitona acontece sempre de janeiro a março, mas a fazenda Santa Helena, misteriosamente, consegue duas colheitas: uma em dezembro e outra em fevereiro. Também não por acaso, o azeite Monasto, produzido no local, já ganhou oito medalhas internacionais.

A produtora destaca ainda a importância da certificação para a agregação de valor ao produto e para a credibilidade junto aos consumidores. “Os azeites mineiros são de excelente qualidade e a certificação chancelada pelo IMA agrega bastante. Sou de São Paulo e posso afirmar que Minas Gerais tem órgãos prontos para atender as demandas dos produtores”, comentou.

Visitas guiadas

Tanto os Olivais de Quelemém quanto a Fazenda Santa Helena realizam visitas guiadas e atividades especiais para os interessados em conhecer a excelência da produção de dois azeites mineiros mundialmente reconhecidos pela qualidade.

Outros investimentos

  • A Epamig realiza pesquisas para o desenvolvimento e a adaptação da cultura de oliveiras em Minas desde a década de 1970.
  • A empresa foi responsável pela primeira extração de azeite extravirgem no Brasil, realizada em fevereiro de 2008.
  • O Governo de Minas investiu R$ 2,3 milhões nesta cadeia produtiva de 2019 a 2024.

Alcançamos importantes avanços em termos de tecnologia em todas as etapas da cadeia produtiva, da produção de mudas, à análise da azeitona e do azeite. Mas ainda há muito a se evoluir, seja no estudo do comportamento das plantas, seja no conhecimento do potencial produtivo da oliveira ou em ações para amenizar os impactos das condições climáticas”, explica o engenheiro agrônomo e coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Luiz Fernando de Oliveira.

(*) Com informações da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais via jornalistas Mariana Penaforte e Márcia França.

FONTE ITATIAIA

Brasil terá fábrica bilionária para produção de mísseis

No ano passado, o EDGE Group, empresa controlada pelo governo dos Emirados Árabes Unidos, adquiriu 50% do capital da SIATT (Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico), companhia especializada na fabricação de armamentos inteligentes para as Forças Armadas do Brasil. Agora, o grupo anunciou um investimento bilionário para construir uma fábrica de armamento no interior do estado de São Paulo.

O complexo fabril ficará em São José dos Campos, às margens da Rodovia Presidente Dutra, e terá 7 mil metros quadrados e deve custar US$ 3 bilhões — cerca de R$ 14,8 bilhões em conversão direta. O impacto direto da nova fábrica deve dobrar o número de funcionários de SIATT, e atingir o número de 200 funcionários quando as obras terminarem.

Atualmente, a SIATT possui contrato com a Marinha brasileira para desenvolver um míssil antinavio de longo alcance. Segundo as informações disponíveis sobre o projeto, o armamento teria capacidade de atingir alvos a 70 quilômetros de distância.

O principal objetivo da aquisição de metade do capital da empresa brasileira é viabilizar a produção conjunta de mísseis de longo alcance para concorrer com a MDBA, corporação francesa que monopoliza a comercialização de armamento de longo alcance no setor naval. A companhia fabrica atualmente um míssil capaz de atingir inimigos a 200 quilômetros, quase o triplo da capacidade da tecnologia brasileira.

O MANSUP, como foi batizado o míssil de longo alcance brasileiro, ainda está em fase de qualificação até 2025. Depois disso, está prevista a produção em larga escala do armamento.

A empresa árabe foi formada há 5 anos e é na realidade um conglomerado constituído por vinte e cinco empresas, sendo a maioria delas dedicada ao setor de defesa. 2019, ano em que a empresa foi criada, marcou a retirada oficial dos Emirados Árabes do conflito no Iêmen.

Embora o país tenha deixado a guerra entre o governo local e rebeldes Houthis por considerá-la “insustentável”, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de soluções de defesa continuam.

FONTE GIZ MODO UOL

Gigante BYD presenteia Lula com carro de R$ 500.000 e vai começar as obras em sua fábrica na Bahia

BYD anuncia investimento bilionário no Brasil: Fábrica de carros e entrega de veículo para o presidente Lula

Segundo o site AutoEsporte, em uma reunião memorável no Palácio da Alvorada, a BYD e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva consolidaram uma parceria que promete redefinir o panorama da indústria automotiva no Brasil. 

O anúncio do início iminente das obras da fábrica em Camaçari, Bahia, e a entrega de um SUV elétrico Tan, avaliado em R$ 529.890, para uso da Presidência da República, sinalizam uma fase empolgante de inovação e sustentabilidade.

BYD investe R$ 3 bilhões na construção de fábrica de carros na Bahia

As próximas semanas marcarão um capítulo épico na história da BYD no Brasil. Com um investimento expressivo de R$ 3 bilhões, a fabricante chinesa está prestes a iniciar a construção de uma fábrica em Camaçari, Bahia. Essa empreitada ambiciosa, com capacidade inicial para produzir 150 mil carros por ano, representa a primeira incursão da BYD na fabricação de automóveis fora da Ásia. Além disso, a iniciativa promete criar 10 mil empregos diretos e indiretos, reafirmando o compromisso da BYD com o crescimento econômico brasileiro.

BYD define planos audaciosos: Carros elétricos, híbridos e desenvolvimento tecnológico

A BYD não apenas almeja ser uma fabricante de carros, mas também estabelece metas audaciosas para o desenvolvimento tecnológico no Brasil. Com a confirmação da produção do hatch Dolphin e do SUV Yuan Plus, a BYD demonstra seu ingresso marcante no mercado brasileiro. O compromisso com a economia local se estende à criação de um grupo de fornecedores, revitalizando a antiga fábrica da Ford, fechada em janeiro de 2021. Além disso, a BYD planeja estabelecer um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, focado na inovação de um motor híbrido-flex, uma iniciativa ousada que visa unir eficiência e sustentabilidade.

O futuro da indústria automotiva brasileira ganha contornos eletrificados e inovadores com a chegada da BYD. A entrega do SUV elétrico Tan para a Presidência da República é mais do que um simples veículo; é um símbolo do compromisso da BYD com a sustentabilidade. Esta parceria entre BYD e Lula não apenas traz carros para o Brasil; ela inaugura uma era de inovação, empregos e avanços tecnológicos. A BYD está, literalmente, dirigindo o futuro da mobilidade elétrica no Brasil, e as próximas semanas prometem ser um capítulo emocionante nessa jornada de transformação.

FONTE CLICL PETRÓLEO E GÁS

Melhor vinho tinto do Brasil é produzido em Minas Gerais; veja detalhes

Guia Descorchados avalia as bebidas dos países da América do Sul

O vinho tinto Sabina Syrah, de produção mineira, foi eleito pela segunda vez o melhor vinho tinto brasileiro. 

A avaliação foi feita pelo Guia Descorchados, do crítico Patrício Tapia, que avalia vinhos dos países da América do Sul. O rótulo brasileiro está em sua terceira safra e alcançou 93 pontos na publicação.

Produzido pela Sacramentos Vinifer com uvas da Serra Canastra, em Minas Gerais, a safra de 2021 já havia conquistado o título de melhor vinho brasileiro no Decanter Wine Awards. 

“Estamos orgulhosos em compartilhar uma conquista extraordinária! O nosso Sabina Syrah 2023 recebeu a distinção de 93 pontos, sendo reconhecido pela segunda vez como o Melhor Vinho Tinto, além de Melhor do Sudeste pelo renomado Guia Descorchados @guiadescorchados, uma verdadeira referência na América do Sul!”, diz uma publicação no perfil da vinícola nas redes sociais.

“Este reconhecimento é um tributo à dedicação incansável da nossa equipe e ao carinho que dedicamos a cada garrafa. Uma celebração do terroir único da região da Serra da Canastra e do compromisso com a excelência da Sacramentos Vinifer. Agradecemos a todos que tornam possível essa jornada”, completa o texto da nota.

Responsável pela vinificação, o premiado enólogo uruguaio Alejandro Cardozo deu detalhes sobre o vinho e a harmoninização.

“É um vinho que se mantém na linha de um vinho moderno. Claro que é um conceito muito amplo e parece vago. Mas estamos falando de um vinho em que a fruta predomina sobre a madeira. Claro que há madeira, mas a fruta, o frescor e a acidez estão sobre a madeira e o peso. É um vinho fresco, em que a sensação de frio na boca é muito importante. Ele tem um nervo, uma coluna. Parece um suco ácido, em que a fruta fresca, a fruta vermelha está muito bem definida”, disse ele ao jornal O Globo.

O enólogo explica que tem outra forma de ver os vinhos de inverno. “A premiação cria um novo precedente. É o segundo ano em que vence, nos três de produção. Portanto, marca uma característica de um vinho muito especial. É precisamente essa outra visão, uma visão diferente, uma nova opção para vinhos de inverno, com características que hoje não estão tão presentes. Dependendo se são vinhos que exigem concentração, alto teor alcoólico, estrutura, peso. É uma característica que a região permite fazer, mas o Sabina olha para outro mundo, que é mais jovem, com menos álcool”, explica.

Cardozo destaca que o vinho deve ter 12 graus, 12,5 no máximo, enquanto muitas vezes os vinhos de inverno estão em até 16 graus. “Ele olha um mundo mais jovem, mais leve, mais moderno e fala mais sobre o que é hoje o mundo dos vinhos”, completa.

FONTE TERRA

Produção contemporânea e autoral mostram vigor audiovisual brasileiro na 27ª edição da Mostra Tiradentes

PRODUÇÃO CONTEMPORÂNEA E AUTORAL MOSTRAM VIGOR AUDIOVISUAL BRASILEIRO NA 27ª EDIÇÃO DA MOSTRA TIRADENTES

27a Mostra de Cinema de Tiradentes, a ser realizada entre 19 e 27 de janeiro de 2024, abre o calendário audiovisual brasileiro apresentando um panorama de exibições de filmes em pré-estreias e sessões especiais divididas em vários recortes, tudo com entrada gratuita em diversos espaços na cidade histórica mineira. No total, serão exibidos 145 filmes, sendo 43 longas, 3 médias e 99 curtas-metragens, em 61 sessões de cinema, vindos de 20 estados – AL (4), BA (3), CE (7), DF (4), ES (2), GO (5), MA (1), MG (45), MT (1), PA (3), PB (1), PE (10), PR (4), RJ (22), RN (3), SC (2), SE (1) e SP (32). Debates, Encontros com os Filmes, bate-papos após as sessões e rodas de conversa completam a experiência cinematográfica proporcionada pelo evento.

MOSTRA HOMENAGEM

Em 2024 o evento celebra as trajetórias de dois mineiros: o cineasta André Novais Oliveira e a atriz Barbara Colen. Além de debates sobre seus trabalhos e a presença de ambos ao longo da Mostra, serão exibidos quase 20 filmes, entre curtas e longas, com envolvimentos dos dois. Entre eles, os começos de tudo: os curtas-metragens “Fantasmas”, exibido em Tiradentes em 2010 e que revelou André como uma das vozes mais originais da produção brasileira no século 21; e “Contagem”, de Maurílio Martins e Gabriel Martins, que mostrou o talento de Barbara em 2010 e chamou atenção para que ela posteriormente estivesse em outros trabalhados celebrados, como “Bacurau” (2019), de Kleber Mendonça Filho.

MOSTRA AURORA

Em sua 17a versão, a Aurora ­– seção do evento dedicada a filmes independentes feitos por realizadores com até três longas-metragens no currículo e que se caracteriza por trabalhos de risco estético e narrativo representativos do que de mais vigoroso se faz na produção brasileira contemporânea – apresenta 7 títulos inéditos em pré-estreia mundial, escolhidos pela curadoria de Francis Vogner dos ReisTatiana Carvalho Costa e Juliano Gomes.

Os filmes na Mostra Aurora 2024 são: “Eu Também não Gozei” (SP), de Ana Carolina Marinho; “O Tubérculo” (SP), de Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thome Zetune; “Maçãs no Escuro” (SP), de Tiago A. Neves; “Sofia Foi” (SP), de Pedro Geraldo; “Not Dead” (BA), de Isaac Donato; “Lista de Desejos para Superagüi” (PR), de Pedro Giongo; e “EROS” (PE), de Rachel Daisy Ellis. Todos eles vão ser avaliados pelo Júri Oficial e concorrem ao Troféu Barroco e a prêmios de parceiros da Mostra.

Para este ano, a curadoria destaca os desafios únicos e singulares lançados por cada título na busca por reencontrar novas formas de imaginação através de seus discursos. São filmes que, ao falarem das contradições e questões urgentes do país, fazem-no pela união da forma e da invenção, reforçando o que neles há de mais estimulante para engajar o espectador.

MOSTRA OLHOS LIVRES

Olhos Livres é um recorte de longas-metragens que se caracteriza pela diversidade de formas e conceitos, sem regulamento prévio e muitas vezes alternando entre cineastas de carreiras consolidadas e em começo de trajetória. Em 2024, uma situação inédita se impôs, por força da safra: todos os seis títulos da seção são inéditos e vão ter pré-estreias durante a Mostra de Tiradentes.

A curadoria é assinada por Francis Vogner dos ReisTatiana Carvalho Costa e Juliano Gomes. e inclui “Terror Mandelão” (SP), de Felipe Larozza e GG Albuquerque; “A Câmara” (DF), de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão; “Foram os Sussurros que me Mataram” (PR), de Arhur Tuoto; “SOAP” (RJ/SP), de Tamar Guimarães; “Aquele que Viu o Abismo” (SP), de Gregorio Gananian e Negro Léo; e “Seu Cavalcanti” (PE), de Leonardo Lacca. Todos eles vão ser avaliados pelo Júri Jovem e concorrem ao Troféu Carlos Reichenbach.

A curadoria destaca que a Olhos Livres em 2024 é um conjunto de possibilidades de invenção que não se dão por repetição de procedimentos, e sim pela percepção de que não existe uma fórmula única de expressão do mundo. É a reunião de filmes que dialogam com o presente do cinema brasileiro ao mesmo tempo em que recoloca a própria Mostra de Tiradentes num lugar de destaque para esse tipo de gesto de descoberta.

MOSTRA AUTORIAS

O cineasta cearense Guto Parente retorna à Mostra com o premiado “Estranho Caminho”, sobre jovem cineasta que visita sua cidade natal e é surpreendido pelo rápido avanço da pandemia enquanto busca o pai. O mineiro Ricardo Alves Jr também volta a Tiradentes em seu novo trabalho, “Tudo o que Você Podia Ser”, no qual se mostra o último dia de uma personagem na cidade de Belo Horizonte, entre despedidas e afetos familiares. Yvy Pyte – Coração da Terra, de Alberto Alvares e José Cury, é um documentário sobre a busca coletiva da comunidade indígena tekoha, desafiando as imposições coloniais e revelando a ligação profunda entre espiritualidade, terra e liberdade. Por fim, “O Diabo na Rua no meio do Redemunho”, de Bia Lessa, é uma releitura do romance “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e traz Caio Blat e Luisa Arraes no elenco.

MOSTRA CLÁSSICOS DE TIRADENTES

Novidade em 2024, o recorte pretende revelar um universo de filmes que atentam contra duas noções vulgares mais convencionais sobre a ideia “clássico”: a de filmes amplamente conhecidos e que fazem parte de uma memória em comum do público e a que parasita a ideia de obras de arte que primam pelo equilíbrio e por uma forma de expressão ideal. Os filmes selecionados daqui adiante construíram um lastro que entende a independência como aliada da imaginação e da surpresa. Nesta primeira vez da mostra Clássicos, serão apresentados o curta-metragem “Meu Amigo Mineiro” (2013), de Gabriel Martins e Victor Furtado, ganhador do prêmio do Júri da Crítica da Mostra Foco; e o longa “Estrada para Ythaca” (2010), de Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti, filme que redefiniu a década seguinte como um exemplo de novas práticas de audiovisual tanto em termos de produção quanto de estética.

MOSTRA DESLUMBRAMENTO

Dois longas-metragens compõem o recorte, realizados por cineastas de prestígio e reconhecimento. “Bizarros Peixes das Fossas Abissais” é uma animação dirigida por Marão sobre uma mulher com poderes estranhos, uma tartaruga com transtorno obsessivo-compulsivo e uma nuvem com incontinência pluviométrica. Por sua vez, “Leme do Destino” traz de volta Julio Bressane, um dos grandes nomes do cinema brasileiro, desta vez dirigindo Simone Spoladore e Josie Antello como duas amigas escritoras lidando com seus desejos, amores e fantasmas.

MOSTRA PRAÇA

Os títulos da Mostra Praça em 2024, entre longas e curtas-metragens, seguem com a proposta de obras de diálogo imediato com o público e classificação livre. Entre os longas, há predominância de ficções, com presença forte de elementos da história do país. O grande sucesso “Mussum – O Filmis”, de Silvio Guindane, trata da trajetória de um músico e comediante essencial no imaginário brasileiro, enquanto o drama familiar “A Festa de Leo”, de Gustavo Melo e Luciana Bezerra e produzido pelo coletivo popular Nós do Morro, mostra a luta de uma mãe na tentativa de salvar a vida do pai de seu filho, dependente químico. “As Primeiras”, de Adriana Yañez, é um documentário sobre grupo de mulheres cariocas de 60 anos que formaram a primeira seleção feminina de futebol do Brasil, numa época em que o esporte era proibido de ser praticado por elas. Entre os longas da Praça, há ainda as ficções “Mais um dia Zona Norte”, de Allan Ribeiro, vencedor de sete candangos no último festival de Brasília, incluindo o de melhor filme, que é uma crônica suburbana carioca e “Saideira”, de Júlio Taubkin e Pedro Arantes, que mostra duas irmãs a se reencontrar depois de uma década indo em busca da herança de um avô no interior de Minas.

MOSTRA OLHARES 

A Mostra Olhares é a representação de uma diversidade estilística e a singularidade de olhares nos filmes do cinema brasileiro. Descrito como “introspectivo, vagaroso e contemplativo”, pelo curador Francis Vogner dos Reis, o filme “Cartório das Almas” (DF), de Leo Bello, integra a Mostra Olhares.

A ficção traz como protagonista Laura (Gabriela Correa), uma mulher de aparência jovem, que trabalha no Cartório das Almas. Com especulações filosóficas sobre o tema morte, o filme brasiliense foi o vencedor do Prêmio do Júri Popular no Festival de Brasília, e levou os prêmios de Melhor Edição de Som (Olivia Hernandez) e de Melhor Direção de Arte (Maíra Carvalho).

MOSTRA FOCO MINAS

A Foco Minas é a mostra onde em toda edição é programada a estreia de um filme de longa-metragem mineiro e que na maior parte dos casos desafia qualquer identidade do que venha a ser considerado produção contemporânea de Minas Gerais.

Em 2024, o recorte é composto pelo filme “A Estação”, de Maria Cristina Maure, uma ficção que se destaca pelo trabalho potente de diretora e elenco.

SELEÇÃO DE CURTAS

Vão ser exibidos 99 curtas-metragens de 20 estados brasileiros. A curadoria de curta-metragem é assinada por Camila Vieira, Mariana Queen Nwabasili, Leonardo AmaralLorenna Rocha Pedro Maciel Guimarães. Os títulos escolhidos são distribuídos nas mostras Clássicos (1), Foco (13), Foco Minas (8), Formação (10), Homenagem (8), Invenção (2), Jovem (4), Mostrinha (7), Panorama (22), Praça (14), Regional (4) e Valores (6).

Os filmes vêm de 20 estados brasileiros, incluindo alguns realizados em coprodução. O público vai ver curtas de Alagoas (4), Bahia (1), Ceará (5), Distrito Federal (2), Espírito Santo (2), Goiás (4), Maranhão (1), Minas Gerais (32), Mato Grosso (1), Pernambuco (6), Paraíba (1), Pará (3), Paraná (1), Rio de Janeiro (12), Rio Grande do Norte (3), Rio

Grande do Sul (3), Santa Catarina (2), Roraima (1), Sergipe (1) e São Paulo (19).

Determinadas temáticas, como a precarização do trabalho, a violência contra LGBTQIA+, a relação com a terra e questionamentos sobre a masculinidade apareceram mais fortemente para a edição de 2024 e representam um misto de retomada da vida pós-pandemia com possibilidades de novos futuros depois dos tumultuados últimos anos no cenário político e social brasileiro.

MOSTRINHA

Serão sete curtas e dois longas-metragens na programação especial dedicada às crianças na Mostra de Tiradentes. Os dois longas são “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, animação de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo sobre uma traça em crise porque não quer comer livros; e “Placa Mãe”, de Igor Bastos, na primeira animação de longa duração realizada no interior de Minas Gerais e que acompanha, pela ficção científica, uma história de aventura e família.

ENCERRAMENTO

O fim da Mostra, na noite de 27 de janeiro, será com a exibição do longa-metragem pernambucano “A Transformação de Canuto”, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho. O documentário se ambienta numa pequena comunidade Mbyá-Guarani, entre o Brasil e a Argentina, e trata da lenda de Canuto, homem que se transformou em onça e morreu tragicamente. O filme acompanha a tentativa de se registrar a lenda por meios audiovisuais.

PROGRAMAÇÃO ONLINE

Diversos títulos que integram a 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes integrarão a programação online do evento, que vai reunir títulos, alguns exibidos apenas neste formato, na plataforma do evento mostratiradentes.com.br. A seleção inclui títulos da Mostra Panorama e da Mostra Homenagem e serão disponibilizados para visualização entre os dias 20 e 27 de janeiro, simultaneamente à realização da programação presencial da Mostra na cidade mineira.

Além disso, um recorte especial com 5 curtas exibidos no evento farão parte da programação da Mostra Tiradentes na plataforma IC Play. Os filmes serão exibidos gratuitamente de 31 de janeiro a 9 de fevereiro no site: https://www.itauculturalplay.com.br/.

ACESSE AQUI A SELEÇÃO DE FILMES DA 27ª MOSTRA TIRADENTES

SOBRE A MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES

PLATAFORMA DE LANÇAMENTO DO CINEMA BRASILEIRO

Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país e chega a sua 27ª edição de 19 a 27 de janeiro de 2024, em formato online e presencial. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais – uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

O evento exibe 145 filmes brasileiros em pré-estreias nacionais e mostras temáticas, presta homenagem a personalidades do audiovisual, promove seminário, debates, a série Encontro com os filmes, oficinas, Mostrinha de Cinema e atrações artísticas. Toda a programação é gratuita. Maiores informações www.mostratiradentes.com.br

Acompanhe o programa Cinema Sem Fronteiras 2024.

Participe da Campanha #EufaçoaMostra

Na Webmostratiradentes.com.br

No Instagram@universoproducao No YoutubeUniverso Produção

No Twitter@universoprod No Facebookmostratiradentes / universoproducao

No LinkedInuniverso-produção

SERVIÇO

27a MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES | 19 a 27 de janeiro de 2024 | PROGRAMAÇÃO GRATUITA

LEI FEDERAL DE INCENTIVO À CULTURA

LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA

Patrocínio: CBMM, AYMORÉ, ITAÚ, CIMENTO NACIONAL, CSN, ANCINE, COPASA/GOVERNO DE MINAS GERAIS

Parceria Cultural e Educacional: SENAC E SESC EM MINAS, INSTITUTO UNIVERSO CULTURAL, CASA DA MOSTRA

Apoio: PREFEITURA DE TIRADENTES, TECNOGERA, EMBAIXADA DA FRANÇA NO BRASIL, INSTITUTO GOETHE, CTAV, CANAL BRASIL, CANAL LIKE, MISTIKA, FESTIVAL DE MÁLAGA, O2 PLAY, NAYMOVIE, DOT, THE END.

Idealização e realização: UNIVERSO PRODUÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E TURISMO | GOVERNO DE MINAS GERAIS

MINISTÉRIO DA CULTURA – GOVERNO FEDERAL| UNIÃO E RECONSTRUÇÃO

Serra da Mantiqueira deve produzir mais azeite em 2024

O Brasil está entre os países que mais consomem azeite no mundo e importa em média 100 milhões de litros por ano

A Serra da Mantiqueira, entre os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, deve produzir mais azeite em 2024.

A expectativa é que a safra supere a de 2023, quando foram produzidos 60 mil litros.

A produção de azeites no Brasil é bastante recente.

“Tivemos uma boa florada e a previsão é que a extração de azeites no próximo ano seja superior à desde ano, mas ainda não podemos afirmar o quão será maior”, informa o engenheiro agrônomo Pedro Moura, integrante do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

O Brasil está entre os países que mais consomem azeite no mundo e importa em média 100 milhões de litros por ano. A produção nacional é bastante incipiente e resulta em pouco mais de 500 mil litros/ano.

Como a cultura exige um mínimo de horas de frio, o crescimento das áreas de produção é restrito. O plantio se concentra em regiões serranas como a Mantiqueira e frias como o Sul do Brasil.

“O azeite nacional tem como principal diferencial o frescor. Aqui na Mantiqueira, a  atividade está em crescimento, mas não almejamos competir quantitativamente com as grandes regiões produtoras. O objetivo é sim marcar espaço pela produção de azeites de elevada qualidade e sabor marcante”, destaca Luiz Fernando de Oliveira.

Fraude no azeite

Pesquisadores alertam para o risco de fraudes no azeite, que é um dos produtos alimentícios mais adulterados.

Com o aumento dos preços, o azeite se torna um alvo ainda mais atrativo para os fraudadores.

  • Desconfie de preços muito mais baratos do que os comumente praticados.
  • Observe a data de envase. Quanto mais jovens os azeites, melhores suas características e frescor.
  • Dê preferência a produtos envasados no local de origem.
  • Escolha embalagens que isolem o produto da luz.
  • Observe a exposição das garrafas no ponto de venda.
  • O produto deve ser exposto em local fresco e protegido da luz.

FONTE CANAL RURAL

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.