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Azeite falsificado é proibido no Brasil, mas muitos podem ter guardado em casa

O azeite de oliva é amplamente conhecido por seus benefícios à saúde, sendo rico em gorduras insaturadas, que são consideradas essenciais e saudáveis para o consumo humano. No entanto, sua popularidade e custo relativamente elevado tornaram-no alvo de práticas enganosas por parte de algumas marcas, que buscam maximizar seus lucros por meio de adulterações e falsificações.

O mercado de alimentos frequentemente enfrenta desafios relacionados à qualidade e autenticidade dos produtos. O azeite de oliva, por sua vez, é particularmente sujeito a fraudes devido à sua popularidade, à demanda constante e aos altos preços associados a azeites de qualidade.

Muitas vezes, marcas incorretas misturam o azeite de oliva com óleos vegetais mais baratos e menos saudáveis, como óleo de soja e óleo de girassol, a fim de diminuir os custos de produção e venda.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece regulamentos rigorosos para a comercialização de azeite de oliva, definindo limites para a proporção de outros óleos que podem estar presentes na mistura. Entretanto, algumas empresas não cumprem essas regulamentações, resultando na oferta de produtos adulterados no mercado.

Apreensão dos produtos

A situação tornou-se ainda mais alarmante com a descoberta de marcas, como a Valle Viejo, que desrespeitaram as regulamentações brasileiras. Em uma operação da Polícia Federal, em julho de 2021, foram detidos veículos que transportavam produtos ilegais, incluindo azeites da marca argentina Valle Viejo.

Essa marca havia sido proibida de vender no Brasil pela Anvisa devido a problemas relacionados à formulação do produto. As principais questões estavam relacionadas a informações falsas nos rótulos, como a não indicação correta da predominância da mistura de óleos de soja com óleo de girassol e níveis de acidez acima do permitido para consumo seguro.

A descoberta de produtos adulterados ou falsificados como esses destaca a importância de os consumidores estarem alerta e educados sobre como identificar possíveis fraudes no mercado de azeite de oliva.

Algumas dicas podem ajudar na identificação de produtos falsificados ou de qualidade duvidosa:

  1. Preços muito baixos: desconfie de azeites vendidos a preços significativamente mais baixos do que a média de mercado. A produção de azeite de oliva de qualidade envolve custos e, se algo parece bom demais para ser verdade, pode ser uma indicação de fraude.
  2. Expressões enganosas no rótulo: fique atento a rótulos que usam expressões como “tempero português” ou “tempero espanhol”. Azeite de oliva de qualidade não é “tempero” e deve ser rotulado adequadamente.
  3. Verificação de informações: sempre verifique a data de produção, o local de origem e a procedência do azeite. Produtos autênticos geralmente exibem essas informações de maneira clara.
  4. Marcas confiáveis: opte por marcas bem conhecidas e respeitadas no mercado, pois estas têm uma reputação a zelar e, portanto, têm menos probabilidade de oferecer produtos falsificados.
  5. Certificações de qualidade: procure por azeites que tenham certificações de qualidade, como a Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP), que garantem a autenticidade do produto.

Ficar atento aos detalhes, fazer escolhas informadas e apoiar regulamentações rigorosas são passos importantes para combater a venda de azeite de oliva adulterado e garantir que possamos desfrutar dos benefícios genuínos deste líquido precioso com confiança e segurança.

FONTE CONSULTA PÚBLICA

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