A Amil quer vender os 31 hospitais e 28 centros médicos no Brasil. Confira o motivo da venda e como anda o processo!
O BTG está assessorando a norte-americana UnitedHealth Group (UHG) na retomada do processo de venda da Amil. O grupo quer vender todo o ativo no Brasil. Assim, a operadora irá se desfazer de uma rede com 31 hospitais (4,1 mil leitos) e 28 centros médicos, com cerca de 5,4 milhões de usuários entre planos de saúde e dental.
No entanto, o processo de venda ainda está em fase inicial e, segundo o Valor, a venda será feita em formatos variados, como consórcio com vários interessados, já que o valor do negócio é elevado. Veja, a seguir, mais detalhes do processo de venda da Amil!
Amil vale mais de R$ 10 bilhões
De acordo com estimativas do Bank of America Merril Lynch (BofA), o valor estimado da Amil está entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. Isso sem contar a carteira de planos de saúde individual que, por ser deficitária, tem sido um problema nas tentativas de venda da rede, que já está em negociação há cerca de três anos.
Embora a UHG tenha oferecido R$ 3 bilhões para que um grupo de investidores ficasse com cerca de 340 mil contratos de convênio individual, além de quatro hospitais, a transação não agradou aos clientes. Assim, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), barrou a operação.
Prejuízo
No primeiro semestre deste ano, a Amil registrou um prejuízo operacional de R$ 1,6 bilhão e um prejuízo líquido de R$ 866 milhões. O que representou o pior resultado do setor. Assim, a maior parte das perdas se devem à carteira de individual que possui uma taxa de sinistralidade acima de 100%.
De acordo com estimativas do mercado, a cada ano, o prejuízo tem uma piora de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. No entanto, a legislação não permite que os contratos de plano individual sejam cancelados. Dessa forma, aquele que comprar a rede terá que carregar e reestruturar essa carteira.
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