Depois do anúncio de fechamento em abril de 2022, a Toyota finalmente encerrou as atividades de sua primeira fábrica construída fora do Japão
No início de abril do ano passado (2022), a Toyota havia confirmado à imprensa que fecharia sua fábrica em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista. O encerramento das atividades estava programado para começar a acontecer em dezembro de 2022, terminando em novembro de 2023. Esse dia finalmente chegou.
A planta da montadora operava em São Bernardo do Campo há 61 anos, onde por muito tempo se abrigou também a sede administrativa da Toyota. Toda sua produção e administração foi transferida para outras fábricas da empresa em nosso país, todas elas no interior de São Paulo.
A fábrica da Toyota em SBC
A unidade da montadora em São Bernardo do Campo (SP) já não produzia veículos há muito tempo, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam. A história da Toyota no mercado brasileiro começou em 1958, ainda com uma linha de montagem localizada em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
Foi em 1960 que a fabricante comprou o terreno em SBC para construção de sua primeira fábrica fora do Japão, seu país de origem. As atividades foram iniciadas em 1962, e então o icônico Bandeirante começou a ser produzido na planta do ABC paulista.
Contudo, a produção do modelo foi interrompida em 2001, e desde então a fábrica produz apenas componentes para sua linha de veículos montados na Argentina, Estados Unidos e Brasil. Ela também fazia peças de reposição para modelos que já saíram de linha.
A sede administrativa da Toyota também ficava em São Bernardo do Campo no passado, mas em 2021 já havia sido transferida para Sorocaba, planta que foi inaugurada em 2012. Além destas, a montadora também possui uma fábrica em Indaiatuba, que surgiu em 1998 com a produção do Corolla, e outra em Porto Feliz (2016), que produz apenas motores.
O encerramento
Na última quinta-feira (16/11/2023), a Toyota desligou os últimos 150 funcionários da unidade são-bernardense. No ano passado a empresa já havia declarado que todos os 550 trabalhadores receberiam a oportunidade de emprego nas outras unidades fabris. Porém, somente 120 deles aceitaram a proposta, enquanto os outros foram demitidos. As últimas peças foram produzidas no dia 11 de novembro.
FONTE AUTO + TV