Atualmente o município possui bem pouco do casario do Séc. XVIII, XIX e princípio do XX, com isso a cidade perde sua identidade cultural ligada à arquitetura. Nesse sentido cabe aqui o conceito de “Não Lugar” elaborado por Marc Augé (1994). Os “não lugares” segundo Augé (1994) são locais que não possuem uma identidade própria e que podemos visualizar em qualquer lugar do mundo.”- (Extraído do artigo , Patrimônio Cultural e Memória, Conselheiro Lafaiete um não lugar?, artigo escrito pela Turismóloga Kelly Juliane e a professora e arquiteta Renata Maria- Revista Museu/Maio/2019.
“O passado não é abstrato; ele tem a realidade material como patrimônio, que por sua vez tem consequências materiais para a identidade e o pertencimento da comunidade. O passado não pode simplesmente ser reduzido a dados arqueológicos ou textos históricos – ele é patrimônio de alguém.”Laurajane Smith (é Diretora da Escola de Arqueologia e Antropologia e do Centro de Estudos em Patrimônio e Museu na Australian National University)
Hoje deparei com uma triste realidade, realidade essa que sem repetindo desde década de 50 contra os patrimônios culturais edificados no século XVII, XIX e XX que continuam sendo demolidos em nossa cidade (patrimônios esses que deveriam serem protegidos e preservados). Não irei me delongar no meu artigo, apenas alertar a sociedade se continuarmos assistindo tudo isso que está acontecendo com o nosso patrimônio arquitetônico cultural em breve a cidade de Conselheiro de Lafaiete vai virar uma cidade fantasma, sem identidade, um não lugar para se viver intensamente o seu lugar, sua aldeia, sua comunidade sem identidade, sem passado e sem memória. Por fim, se nada for feito por parte da sociedade civil organizada, a história e a memória urbana da cidade, irão ser conhecidas pelas futuras gerações, somente em papeis de fotografias nas paredes de algumas casas e nos arquivos públicos. Indico a leitura do artigo escrito pela Kelley e a Renata, “Patrimônio Cultural e Memória, Conselheiro Lafaiete um não lugar”? para que os leitores possam fazer suas reflexões a respeito da importância ou não em preservar e manter o nosso patrimônio cultural edificado em pé ou não. Dar a ele (patrimônio edificado) um espaço preservando sua identidade urbana com a cidade, subjetivamente em um espaço que cumpra sua função social e cultural.