Esse achado lança luz sobre as habilidades e o conhecimento astronômico de civilizações antigas e reforça a conexão da humanidade com os céus.
Na província de Trieste, Itália, duas pedras circulares não maiores que 50 centímetros de diâmetro trouxeram uma surpresa gigante para o mundo da astrofísica. Encontradas na entrada da fortaleza Castelliere di Rupinccolo, essas peças chamaram a atenção de pesquisadores do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica.
Esse local já é um velho conhecido dos arqueólogos por seus tesouros que datam da Idade do Bronze até a Idade do Ferro e foi deixado às sombras da história no século 5 d.C.
Uma viagem ao passado estelar e as descobertas surpreendentes
Foi durante uma visita em 2021 que o arqueólogo Federico Bernadini tropeçou nessa recente descoberta. Após dois anos de análises e com a colaboração do astrônomo Paolo Monaro, veio a confirmação: esses artefatos, criados há uns 2,5 mil anos, são mais que simples pedras; são mapas estelares!
As gravações em um dos discos revelam algo surpreendente. Há 24 gravuras que parecem seguir o mesmo arranjo de estrelas encontradas em constelações conhecidas, como Órion, as Plêiades e Cassiopeia. A precisão é tal que Paolo e sua equipe conseguiram correlacionar as marcas com essas formações estelares, mostrando o fascínio e o entendimento celestial de nossos ancestrais.
A forma como esses mapas foram esculpidos também intrigou os pesquisadores. Marcas sugerem o uso de um cinzel de metal e um martelo, imprimindo força e precisão às pedras. Cada detalhe, cada ângulo, foi esculpido, refletindo não só a habilidade artística, mas o profundo interesse astronômico da época.
Um legado estelar
A descoberta, anunciada recentemente pelo Instituto, gerou uma onda de admiração. Paolo expressou sua surpresa e satisfação, especialmente ao reconhecer formações como a parte sul da constelação de Escorpião, algo visível apenas nas latitudes onde as pedras foram encontradas.
Esse achado não apenas enfatiza as habilidades e o conhecimento astronômico de civilizações antigas mas também reforça a conexão da humanidade com os céus.
FONTE CAPITALIST