Guia Descorchados avalia as bebidas dos países da América do Sul
O vinho tinto Sabina Syrah, de produção mineira, foi eleito pela segunda vez o melhor vinho tinto brasileiro.
A avaliação foi feita pelo Guia Descorchados, do crítico Patrício Tapia, que avalia vinhos dos países da América do Sul. O rótulo brasileiro está em sua terceira safra e alcançou 93 pontos na publicação.
Produzido pela Sacramentos Vinifer com uvas da Serra Canastra, em Minas Gerais, a safra de 2021 já havia conquistado o título de melhor vinho brasileiro no Decanter Wine Awards.
“Estamos orgulhosos em compartilhar uma conquista extraordinária! O nosso Sabina Syrah 2023 recebeu a distinção de 93 pontos, sendo reconhecido pela segunda vez como o Melhor Vinho Tinto, além de Melhor do Sudeste pelo renomado Guia Descorchados @guiadescorchados, uma verdadeira referência na América do Sul!”, diz uma publicação no perfil da vinícola nas redes sociais.
“Este reconhecimento é um tributo à dedicação incansável da nossa equipe e ao carinho que dedicamos a cada garrafa. Uma celebração do terroir único da região da Serra da Canastra e do compromisso com a excelência da Sacramentos Vinifer. Agradecemos a todos que tornam possível essa jornada”, completa o texto da nota.
Responsável pela vinificação, o premiado enólogo uruguaio Alejandro Cardozo deu detalhes sobre o vinho e a harmoninização.
“É um vinho que se mantém na linha de um vinho moderno. Claro que é um conceito muito amplo e parece vago. Mas estamos falando de um vinho em que a fruta predomina sobre a madeira. Claro que há madeira, mas a fruta, o frescor e a acidez estão sobre a madeira e o peso. É um vinho fresco, em que a sensação de frio na boca é muito importante. Ele tem um nervo, uma coluna. Parece um suco ácido, em que a fruta fresca, a fruta vermelha está muito bem definida”, disse ele ao jornal O Globo.
O enólogo explica que tem outra forma de ver os vinhos de inverno. “A premiação cria um novo precedente. É o segundo ano em que vence, nos três de produção. Portanto, marca uma característica de um vinho muito especial. É precisamente essa outra visão, uma visão diferente, uma nova opção para vinhos de inverno, com características que hoje não estão tão presentes. Dependendo se são vinhos que exigem concentração, alto teor alcoólico, estrutura, peso. É uma característica que a região permite fazer, mas o Sabina olha para outro mundo, que é mais jovem, com menos álcool”, explica.
Cardozo destaca que o vinho deve ter 12 graus, 12,5 no máximo, enquanto muitas vezes os vinhos de inverno estão em até 16 graus. “Ele olha um mundo mais jovem, mais leve, mais moderno e fala mais sobre o que é hoje o mundo dos vinhos”, completa.
FONTE TERRA