“Congonhas: da fé de Feliciano à genialidade de Aleijadinho”, obra envolvente, de autoria de Domingos Teodoro da Costa, fundamental para compreender a história de Congonhas do século XVIII. O documento apresenta uma profunda análise da construção do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, com foco em Feliciano Mendes, português, idealizador de um dos mais expressivos templos barroco de Minas Gerais: Santuário de Bom Jesus de Matosinhos.
O lançamento será realizado no Museu de Congonhas, em Congonhas, MG, no dia 17/02/2024, de 10:00 às 12:00 horas, com um debate sobre a construção da obra, conduzido pelo autor.
Segunda edição trás novidades inéditas
A segunda edição do livro “Congonhas: da fé de Feliciano à genialidade de Aleijadinho” oferece uma profunda e envolvente jornada pela história da construção do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, desde os anos de 1758. Explora a relação entre a fé inspiradora de Feliciano Mendes, idealizador da Capela e, a genialidade de Antônio Francisco Lisboa – Aleijadinho, escultor dos doze profetas e das inspiradoras peças dos Passos da Paixão. Dois ícones que moldaram a riqueza cultural de Congonhas tornando-a Monumento Natural da Humanidade, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO -, em 1985.
Desvendando a história
Ao explorar as páginas do livro “Congonhas: da fé de Feliciano à genialidade de Aleijadinho”, o leitor encontrará uma narrativa emocionante que resgata não apenas a história de fé e devoção ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos, mas também um passado esquecido, agora revelado. Nesta segunda edição, desvenda-se uma série de fatos, oferecendo uma visão ainda mais profunda dessa fascinante saga.
O leitor é guiado pelos meandros da terra natal do protagonista, compreendendo a jornada do jovem português para a colônia brasileira, desvendando os desafios e descobertas que moldaram seu destino. Para proporcionar clareza, o autor elaborou a cronologia de Feliciano Mendes e a relação de seus familiares originários da região Norte de Portugal.
A narrativa adentra-se na complexa relação de pagamentos efetuados durante a reforma da ermida primitiva até a grandiosa construção do Santuário. Revela segredos financeiros e históricos, até então não revelados, que moldaram o desenvolvimento do Santuário singular.
Congonhas tem uma dívida enorme para com Feliciano Mendes, pois ele idealizou e participou de boa parte da construção do Santuário. O Município é detentor de um Patrimônio Histórico Mundial, graças à obstinação e fé de Feliciano. Caso contrário, teria se transformado em uma cidade mineradora como outra qualquer. Prepare-se para desvendar não apenas o legado, sobretudo, uma história esquecida que agora emerge das páginas da relevante obra.
Quem foi Feliciano Mendes
Feliciano Mendes nasceu em 10/06/1726, no povoado de Santa Maria dos Gêmeos, região de Guimarães, norte de Portugal. Filho de Francisco Mendes e de Rosa Ribeiro, humildes trabalhadores. Incentivado pelos pais, o jovem pedreiro deixou sua pátria com um objetivo: fazer fortuna e retornar para o convívio familiar. Embarcou no Cais do Douro e, veio fazer fortuna no Brasil incentivado pelo promissor do Ciclo do Ouro. Desembarcou no Rio de Janeiro, seguiu para Vila Rica pela Estrada Real e, pouco tempo depois, chegou a Congonhas atraído pela notícia do ouro farto. Logo, pegou sua bateia e foi garimpar às margens do Rio das Congonhas. Contraiu grave doença em 1756, motivo que se comprometeu a levar a palavra de Deus para todos que tivessem fé. Curado, fixou uma cruz com a imagem do Senhor Bom Jesus no alto do morro do Maranhão, dando início à construção da Capela, em 1758, a qual se transformaria no reconhecido Santuário. Feliciano morreu prematuro aos 39 anos, em 23/09/1765, em Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto.
Realizadores da Obra
A obra teve patrocínio do Instituto Cultural Vale; foi realizada pela Fundação Municipal de Cultura Lazer e Turismo (FUMCULT), Museu de Congonhas e Prefeitura de Congonhas e, contou com apoio do Governo Federal – Ministério da Cultura, PRONAC 177800. A Editora MARTINS foi responsável pela edição que consta de 248 páginas, ilustrações e fotos de reconhecidos artistas de Congonhas.
*Tarcísio Martins, Jornalista e editor.