Contingente é referente aos desalentados. No total, desemprego atinge 8,3 milhões de pessoas no país
A taxa de desemprego começou 2024 com estabilidade, ficando em 7,6% no trimestre encerrado em janeiro. São 8,3 milhões de brasileiros sem trabalho. Há um dado, no entanto, que chama a atenção: 3,6 milhões de pessoas simplesmente desistiram, pelo menos por ora, de procurar emprego. O motivo? Elas não têm esperança de que vão conseguir. Esse contingente é chamado de “desalentados”.
Os dados estão presentes na nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O número de pessoas empregadas no país aumentou para 100,6 milhões. Em relação ao ano anterior, houve um aumento de 2,0%, correspondendo a um acréscimo de 1,957 milhão de pessoas.
O que explica isso? De acordo com a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do instituto, Adriana Beringuy essas estabilidades podem ser explicadas pela sazonalidade do mercado de trabalho, com a desocupação se reduzindo no final do ano e aumentando nos primeiros meses do ano seguinte.
“Há uma tendência sazonal. Em alguns anos, essa sazonalidade pode ser maior, ou menor. Nessa entrada do ano de 2024, o que a gente percebe é uma estabilidade, justamente porque a população desocupada não teve expansão tão significativa nesse trimestre encerrado em janeiro de 2024.”
Os setores que impulsionaram esse aumento trimestral foram Transporte, armazenagem e correio (4,5%, ou mais 247 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (1,9%, ou mais 241 mil pessoas) e Outros serviços (3,1%, ou mais 164 mil pessoas).
FONTE ITATIAIA