A Polícia Civil (PC) concluiu que Layse Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva (de 21 anos) esfaqueada e queimada, em 19/2, na BR-040, entre Pedro Leopoldo e Esmeraldas (MG), morreu após fugir de cárcere privado, onde era mantida pelo namorado (de 40 anos), que tentava extorquir a família dela. Ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM). Os dois tinham se conhecido há menos de 40 dias.
A vítima foi encontrada por um caminhoneiro e morreu no hospital. A delegada Alessandra Wilke (do DHPP) disse que o suspeito tem passagens por diversas localidades sob diversos nomes. “Ele se relacionava com mulheres de forma possessiva, buscando vantagem”, afirmou a delegada, adiantando que as mulheres eram quase sempre novas, atraentes e com boas condições financeiras.
Segundo o delegado Lucas Alves, responsável pelo inquérito, desde o início do relacionamento, o suspeito premeditava obter vantagem sobre a vítima. “Ela morava no Pindorama, em BH, e ele logo se aproximou da família, sondando os bens pecuniários dos parentes dela”, salientou o delegado.
O investigado vinha acumulando dívidas com criminosos quando começou a pedir os empréstimos. “Ele pedia em torno de R$ 40 mil, que a família não tinha condições de fornecer. É quando ele começa a privar a liberdade dela e a ligar para os parentes para pedir dinheiro, ficando mais agressivo”, explicou Lucas.
Sequestro e execução
Perto de 14/2, a vítima é vista pela última vez em casa. Nesse período, o suspeito exigiu novas quantias dos parentes. “Em 19/2, ela sofreu ferimentos cortantes. Depois, foi incendiada ainda com vida. Com o corpo em chamas, ela foi até a BR-040”, descreveu o delegado.
“Havia o intento patrimonial, mas também a relação de posse e objetificação feminina (…)”, concluiu Lucas.
FONTE RADAR GERAL