Após se envolver em acidente de trânsito que matou duas pessoas, o ex-prefeito de Baldim, na Região Central de Minas, Ivan Diniz (Solidariedade), foi impedido pela Justiça de ir ao casamento da filha, que ocorreu no último domingo (16/6). Ivan foi autuado em flagrante por homicídio culposo e lesão corporal culposa, mas foi liberado em regime provisório com medidas cautelares, incluindo a proibição de se ausentar da comarca sem prévia autorização judicial e recolhimento domiciliar noturno, e em período integral, nos dias de folga e feriados.
A defesa de Ivan solicitou a liberação do investigado por dois dias, 15 e 16 de junho, para ir ao casamento da filha em outra cidade. No entanto, o pedido foi negado pelo juízo de Sete Lagoas, levando em consideração “a gravidade dos crimes e a proteção da ordem pública, a fim de evitar a reiteração delitiva e manter o autuado no distrito da culpa”. A Justiça ainda alegou que a solicitação foi feita com menos de 24 horas de antecedência, sendo esse o prazo estipulado pelo judiciário para a análise desses pedidos.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o MPMG ainda não apresentou a denúncia, portanto, o processo penal ainda não foi iniciado.
Segunda vítima
O homem de 38 anos que estava na garupa da moto envolvida no acidente com o ex-prefeito de Baldim morreu nessa segunda-feira (17/6), após oito dias internado no Hospital Municipal de Sete Lagoas.
Divino Martins das Neves foi socorrido em estado grave depois de colisão frontal com o veículo do político na rodovia estadual MG-323, entre as cidades de Jaboticatubas e Baldim no dia 10/6. O sobrinho de Divino, de 19 anos, que pilotava a moto, teve a perna arrancada e morreu no local do acidente.
Sinais de embriaguez
Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), Ivan Diniz trafegava pela contramão de direção quando bateu de frente com a motocicleta. Com o impacto, a moto pegou fogo. Diniz apresentava sinais de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro, recebendo voz de prisão.
O Estado de Minas entrou em contato com o investigado e aguarda posicionamento.