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6 cidades que correm o risco de afundar

Você pode não saber, mas algumas das maiores metrópoles do mundo podem ficar embaixo d’água

Você pode não saber, mas algumas das maiores metrópoles do mundo podem ficar embaixo d’água em algumas décadas. Extração de águas subterrâneas, pressão sobre o solo e avanço do nível do mar, agravado pelas mudanças climáticas, são alguns dos fatores que influenciam nessa questão. A seguir, conheça 6 cidades ao redor do mundo que correm o risco de afundar:

1) Recife, Brasil

Visão aérea de Recife, capital de Pernambuco — Foto: Gonzalo Azumendi/Getty Images
Visão aérea de Recife, capital de Pernambuco — Foto: Gonzalo Azumendi/Getty Images

Segundo o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas da ONU, Recife é a capital brasileira mais ameaçada pelo avanço do nível do mar. Além disso, um relatório do Instituto para a Redução de Riscos e Desastres (IRRD) da UFRPE apontou que 44% do território da cidade tem risco alto para a ocorrência de inundações. Chamada de “Veneza brasileira”, dados recentes indicam que áreas costeiras de Recife já enfrentam enchentes regulares, e projeções futuras sugerem que, se não forem adotadas medidas eficazes de adaptação, a cidade pode enfrentar um aumento significativo no risco de inundações e afundamento nas próximas décadas.

2) Cidade do México, México

El Angel de Independencia, monumento na Cidade do México — Foto: ©fitopardo/Getty Images
El Angel de Independencia, monumento na Cidade do México — Foto: ©fitopardo/Getty Images

Segundo estudos recentes, a Cidade do México afundou 10 metros nos últimos 100 anos. Isso se deve pela sua localização: as primeiras casas foram construídas pelos astecas em uma pequena ilha cercada pelo Lago Texcoco. À medida que a população foi crescendo, a expansão da área urbana foi se tornando necessária, o que culminou em séculos de drenagem do lago. Isso e a extração de água potável do subsolo para consumo foram afundando a cidade aos poucos.

3) Jacarta, Indonésia

Novo ícone de Jacarta, Viaduto Semanggi, em um dia ensolarado — Foto: Fadil Aziz/Getty Images
Novo ícone de Jacarta, Viaduto Semanggi, em um dia ensolarado — Foto: Fadil Aziz/Getty Images

Dados recentes indicam que mais de 40% de Jacarta, na Indonésia, está abaixo do nível do mar, e partes do norte da cidade já enfrentam inundações frequentes. Com o risco de que grande parte da metrópole esteja inabitável até 2030, o governo indonésio iniciou a construção de uma nova capital, chamada Nusantara, localizada a 1.300 km de Jacarta. A situação se deve, principalmente, à extração massiva de água subterrânea, que faz com que o solo se compacte e afunde a uma taxa alarmante de até 10 centímetros por ano em algumas áreas.

4) Nova York, Estados Unidos

A Estátua da Liberdade e o horizonte de Jersey City vistos de helicóptero, Nova York — Foto: Alexander Spatari/Getty Images
A Estátua da Liberdade e o horizonte de Jersey City vistos de helicóptero, Nova York — Foto: Alexander Spatari/Getty Images

Uma combinação entre subsidência do solo – um movimento lento de afundamento de terrenos – e a extração de água potável do subsolo da Ilha de Manhattan faz com que Nova York também esteja ameaçada. Com enormes arranha-céus, a maior cidade dos Estados Unidos ainda enfrenta o aumento do nível do mar, agravado pelas mudanças climáticas, que subiu 22 centímetros nos últimos 70 anos.

5) Roterdã, Países Baixos

Delfshaven é um bairro de Rotterdam, na margem direita do rio Nieuwe Maas, no sul da Holanda — Foto: Achim Thomae/Getty Images
Delfshaven é um bairro de Rotterdam, na margem direita do rio Nieuwe Maas, no sul da Holanda — Foto: Achim Thomae/Getty Images

Um problema comum entre os Países Baixos, conhecidos informalmente como Holanda, é o risco de afundamento. O país vem lutando contra o mar e a cheia dos rios há quase um milênio, já que grande parte das suas terras estão abaixo do nível do mar. Porém, mesmo para os padrões nacionais, a cidade de Roterdã se destaca, apresentando um afundamento de cerca de 1,5 centímetros por ano. Atualmente, estima-se que 90% da cidade esteja abaixo do nível do mar. Roterdã tem investido pesadamente em sistemas de diques e infraestrutura de gestão de água, incluindo o projeto de um novo sistema de barreiras e bombas para proteger a cidade.

6) Veneza, Itália

Canal visto da Ponte dei Conzafelzi em Castello, Veneza, Itália — Foto: Ratnakorn Piyasirisorost/Getty Images
Canal visto da Ponte dei Conzafelzi em Castello, Veneza, Itália — Foto: Ratnakorn Piyasirisorost/Getty Images

Um fenômeno chamado “acqua alta”, conhecido desde a fundação da cidade no século V, faz com que Veneza fique inundada várias vezes por ano. Porém, com o aquecimento global e o aumento do turismo de massa, a situação vem se agravando. Construída sobre um terreno pantanoso e uma placa tectônica que se reacomoda constantemente, Veneza enfrenta um afundamento de aproximadamente 0,2 centímetros por ano. Embora a taxa pareça pequena, ela é intensificada pela subida do nível do mar, acelerada pelas mudanças climáticas.

FONTE CASA VOGUE

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