Parece um simples erro, mas ele pode fazer com que a sua moeda de 25 centavos seja vendida por muito dinheiro
A partir de agora, você nunca mais vai olhar para as moedas de 25 centavos da mesma maneira. De acordo com especialistas na área da numismática, existem casos de peças como estas que estão circulando no comércio e que podem ser consideradas valiosas.
Mas para entender se a moeda de 25 centavos que você recebeu no trocado é valiosa ou não, é necessário prestar atenção em alguns detalhes específicos que a grande maioria das pessoas deixa passar. É possível, aliás, que você já tenha recebido esse exemplar, e não tenha percebido.
As moedas de 25 centavos da segunda família do Plano Real são muito famosas de dentro do nosso cotidiano. A boa notícia é que você não precisa ser um especialista na área da numismática para encontrar esses exemplares.
Todos os dias, milhões de peças de 25 centavos da segunda família circulam no nosso comércio.
As moedas de 25 centavos
As moedas de 25 centavos da segunda família do Plano Real possuem algumas características específicas. É muito importante prestar atenção a esses detalhes porque eles podem fazer a diferença na hora de definir se o exemplar que você tem em mãos é verdadeiro ou falso.
Abaixo, você pode conferir uma lista com as principais características das moedas de 25 centavos tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: bronze sobre aço
- Diâmetro: 25,0 mm
- Peso: 7,55 g
- Espessura: 2,25 mm
- Bordo: serrilhado
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie de Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892), – proclamador da República e primeiro presidente constitucional do Brasil republicano -, ladeada pelas Armas Nacionais e pelo dístico Brasil.
- Desenho do Reverso: À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos centavos e o correspondente ao ano de cunhagem.
Manuel Deodoro da Fonseca
Como visto na lista acima, a peça de 25 centavos conta com a representação do busto de Manuel Deodoro da Fonseca. Ele teve uma vasta carreira no mundo militar, mas ficou conhecido mesmo por ter sido o primeiro presidente da história do Brasil.
Neste sentido, cabe destacar que ele teve um papel muito importante no golpe militar que acabou com a monarquia no país, e que impôs a república, forma de governo que é seguida pelo país até hoje. Deodoro da Fonseca morreu no dia 23 de agosto de 1892, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país.
Valores das moedas
Como dito, você precisa prestar atenção aos detalhes das moedas de 25 centavos para entender se elas são valiosas ou não.
No caso específico desse exemplar, para que uma moeda de 25 centavos seja considerada rara é preciso que ela conte com uma característica curiosa e específica conhecida no meio da numismática como DEODORO DUPLO.
Como o próprio termo já indica, trata-se de uma duplicação na palavra Deodoro que está escrita na peça. A dica é prestar atenção nas linhas que tracejam a palavra para entender se elas estão duplicadas.
Na imagem abaixo, você pode conferir uma representação de uma moeda de 25 centavos com o Deodoro Duplo. Na mesma imagem você também pode conferir os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados:
Como descobrir se moedas são valiosas?
Segundo analistas, não há uma mágica para descobrir quais moedas ou cédulas que você guarda em sua casa são valiosas ou não. O que é possível adiantar é que não se trata de uma tarefa simples. Na grande maioria dos casos, as moedas são apenas comuns, de modo que encontrar uma peça rara tende a ser difícil.
Mas difícil não significa impossível. Um dos erros mais comuns cometidos pelas pessoas que procuram por estas moedas raras é imaginar que os itens mais antigos são os mais valiosos. Esta não é necessariamente uma informação verdadeira. Em muitos casos, vários outros pontos devem ser levados em consideração.
“Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação”, disse Bruno Pellizzari, vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira.