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Para PCMG, morte de ativista político foi plano maquiavélico; 8 foram indiciados e carro usado no crime era da Prefeitura de Itaverava (MG)

Após quase um ano de intensa investigação, Polícia Civil de Ouro Branco (MG) concluiu inquérito sobre o assassinato do ativista político Ricardo Lelles Assunção, conhecido como Roberto Carvalho, de 48 anos, assassinado com um tiro em novembro de 2023, em Itaqui Baixo, zona rural de Itaverava (MG).

Oito envolvidos foram indiciados como suspeitos no crime bárbaro que sacudiu a cidade e toda a região, transformando Itaverava um mar de lama e ainda de impunidade. Dois deles estavam ligados diretamente a administração municipal. Quatro pessoas, segundo inquérito, participaram ativamente da execução, inclusive com uso do carro da própria prefeitura de Itaverava. Um desses, poderia ser um menor, vítima de assassinato em 15 dezembro de 2023.

Alguns envolvidos já estão em liberdade e a comunidade aguarda a Justiça para responsabilizar os mandantes e os executores que tramaram a morte precoce de Ricardo. Diz o inquérito, dias após a consumação do crime, 3 envolvidos se reuniram em um “pátio de escola em Itaverava para conversar sobre o ocorrido e os próximos passos a serem tomados”.

Em troca de mensagens os executores cobraram dinheiro pelo crime e outros benefícios para continuar calados e não delatar seus contratantes. “As investigações não deixam qualquer dúvida de que o Ricardo Lelles foi vítima de um plano maquiavélico arquitetado por detentores da função pública municipal, sendo dois identificados e não descartasse a possibilidade de mais envolvidos”, cita a conclusão do inquérito. Em diversos depoimentos são citados diversos empréstimos de dinheiro suspeitos. Ouvido no inquérito, o prefeito José Flaviano negou qualquer envolvimento. Mas na Justiça, a comunidade acredita que o plano será desvendado e os recrutadores, os mandantes e os autores sejam punidos no rigor da lei.

A motivação do crime é tratada como fútil já que Ricardo denunciava as mazelas e as suspeitas de irregularidades na gestão do atual mandatário. Paralelamemte, a atual chapa eleita, apoiada pela administração, pode ser impugnada por compra de votos.

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