Conhecer o passado do município é essencial para refletir sobre a importância de práticas mais éticas e inclusivas no cuidado com a saúde mental
Barbacena, uma cidade no interior de Minas Gerais, carrega em sua história um capítulo sombrio que ainda desperta reflexões e memórias dolorosas.
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Conhecida como a “Cidade dos Loucos”, esse título se deve ao Centro Hospitalar de Psiquiatria de Barbacena, um prédio histórico que, por décadas, foi palco de um dos maiores capítulos de sofrimento humano na região.
Na época, Barbacena foi escolhida para abrigar o primeiro hospital psiquiátrico de Minas Gerais, recebendo milhares de pessoas que eram internadas compulsoriamente. Essa dinâmica transformou o município, que ficou marcado como a “Cidade dos Loucos”.
Os internados não eram apenas pessoas diagnosticadas com distúrbios mentais, mas também aqueles que fugiam dos padrões conservadores da época.
Homossexuais, mães solteiras e até indivíduos simplesmente considerados “incômodos” pela sociedade acabavam enviados para o hospital.
A instituição simbolizou, assim, a exclusão e a repressão de comportamentos vistos como inadequados, em um tempo em que o preconceito e a falta de tratamento humanizado predominavam.
Embora o local tenha perdido parte de sua função original, o prédio do hospital ainda permanece em pé, carregando o peso de sua história.
Sua presença física serve como um lembrete constante do passado difícil que a cidade viveu. Para os moradores, o local é um marco, mas também uma ferida que nunca se cicatrizou completamente.
A história de Barbacena é, portanto, uma lição de memória e humanidade. Conhecer o passado do município é essencial para refletir sobre a importância de práticas mais éticas e inclusivas no cuidado com a saúde mental e na convivência social.
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