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Fim do transporte público tradicional? Uber vai oferecer transporte de ônibus mais barato para abocanhar mercado de R$ 30 BILHÕES no Brasil

Com a promessa de transformar o mercado rodoviário, a Uber lançou o Shuttle no Brasil. A modalidade oferece transporte intermunicipal mais barato, mas já enfrenta investigações por suposta ilegalidade. Será que esse serviço vai revolucionar a mobilidade ou está fadado ao fracasso? Descubra todos os detalhes e os impactos no setor de transporte!

Já imaginou uma revolução no transporte público, onde a agilidade e a comodidade dos aplicativos invadem o setor rodoviário?

Pois bem, o Uber Shuttle chegou para disputar o mercado bilionário de fretamento intermunicipal no Brasil, prometendo oferecer viagens mais baratas e práticas, mas já enfrenta resistência e investigações das autoridades.

O serviço, que traz a promessa de mudar a dinâmica do transporte entre grandes cidades, tem gerado polêmicas e questionamentos sobre sua regularidade.

O Uber Shuttle, modalidade lançada pela Uber, visa conectar os passageiros entre Guarulhos e São Paulo.

Anunciado no dia 8 de janeiro de 2025, o serviço é inspirado em uma iniciativa criada no Egito em 2019 e que hoje está presente em mais de 30 países.

A ideia é clara: disputar um mercado estimado em R$ 30 bilhões e competir com empresas como a brasileira Buser, a alemã FlixBus e a francesa BlaBlaCar.

No Brasil, o Shuttle oferece cinco trajetos fixos entre bairros de Guarulhos e regiões de São Paulo, com preços que variam entre R$ 30 e R$ 40 por viagem.

Como funciona o Uber Shuttle

Os passageiros interessados no serviço devem adquirir pacotes com mínimo de dois deslocamentos dentro de um período de 30 dias.

A aquisição é feita diretamente no aplicativo da Uber, onde também é possível acompanhar o trajeto em tempo real.

A validação do embarque ocorre por meio de QR code ou PIN.

A Uber estabeleceu parceria com empresas licenciadas, como a Viação Mimo, para operar o serviço, utilizando veículos com capacidade para até 49 passageiros.

Entre os trajetos atualmente disponíveis, destacam-se:

  1. Bonsucesso > Itaim Bibi > Jurubatuba
  2. Jardim Adriana > Itaim Bibi > Jurubatuba
  3. Vila Rio de Janeiro > Itaim Bibi > Jurubatuba
  4. Taboão > Itaim Bibi > Jurubatuba
  5. São João > Itaim Bibi > Jurubatuba

Vale ressaltar que, até o momento, nenhuma das linhas oferecidas pelo Shuttle passa pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Polêmica e fiscalização

Apesar do discurso otimista da Uber, o serviço já é alvo de fiscalização por parte da Artesp (Agência Reguladora de Transporte no Estado de São Paulo) e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).

Segundo esses órgãos, o modelo de operação do Shuttle não está em conformidade com a legislação vigente.

De acordo com a Artesp, a Viação Mimo é cadastrada para fretamento, mas a prática de cobrar individualmente pelos assentos caracteriza um serviço regular de transporte coletivo, o que não é permitido pelas regras de fretamento.

Já a EMTU destacou que o serviço oferecido não se enquadra nas categorias previstas pelos Decretos Estaduais nº 19.835/1982 e nº 29.912/1989, que regulamentam o fretamento contínuo e eventual.

Durante uma operação realizada em 10 de janeiro de 2025, dez ônibus foram fiscalizados, dois deles apreendidos e levados para um pátio.

Segundo a EMTU, novas inspeções serão realizadas, podendo resultar em multas ou até mesmo na apreensão de veículos caso o serviço continue a operar sem autorização.

Defesa da Uber e da Mimo

Em resposta às críticas, tanto a Uber quanto a Mimo defenderam a legalidade do serviço, alegando que ele segue os moldes do fretamento regulamentado.

A Uber afirmou que as reservas não são individuais, mas sim feitas por meio de pacotes, o que atende às exigências legais.

Em nota, a empresa destacou que o modelo é semelhante ao praticado por outras companhias do setor, mas com um diferencial tecnológico que permite a reserva de assentos pelo aplicativo.

Por sua vez, a Mimo afirmou que seu modelo de “fretamento executivo” está de acordo com as regulamentações da Artesp e da EMTU.

A empresa reforçou que as viagens são cobradas em pacotes ou mensalidades, e não por passagens unitárias.

Caso irregularidades sejam confirmadas, a Mimo se comprometeu a interromper as operações imediatamente.

A Mimo também esclareceu que seu público-alvo são passageiros que atualmente utilizam carros particulares ou serviços de transporte individual para deslocamentos diários, como trajetos para o trabalho ou universidades. Segundo a empresa, não há competição direta com as linhas regulares intermunicipais.

O futuro do transporte por aplicativos

Com o lançamento do Uber Shuttle, a Uber busca expandir sua atuação no Brasil, entrando em um segmento que movimenta bilhões anualmente.

Contudo, o embate com os órgãos reguladores pode representar um obstáculo significativo para o serviço.

Enquanto as questões legais não são resolvidas, a empresa segue em um terreno controverso, dividindo opiniões entre passageiros e autoridades.

Resta saber se o modelo proposto pela Uber vai conseguir sobreviver às exigências regulatórias ou se será mais um capítulo de tensão entre inovação tecnológica e legislação tradicional.

Você acredita que o Uber Shuttle tem potencial para transformar o transporte público brasileiro? Deixe sua opinião nos comentários!

FONTE: CLICK PETROLEO E GAS

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