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Mostra de cinema asiático começa hoje em Congonhas (MG)

Com obras dos diretores Abbas Kiarostami, Satyajit Ray e Edward Yang, mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia” será exibida de 17 de janeiro a 2 de fevereiro

Mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia” em Congonhas
Data: 17 de janeiro a 2 de fevereiro, sempre às sextas, sábados e domingos
Horários: Variados
Local: Cineclube Centro Cultural da Romaria
(R. Alípio Barbosa – Congonhas, MG)
Classificação indicativa: Varia conforme a programação
Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1h antes do evento. Espaço sujeito à lotação de 63 pessoas.

Informações para a imprensa:
Arthur Santana | (31) 3236-7377 | (31) 98325-9162 | [email protected]
O continente asiático é o maior em extensão territorial, abrigando cerca de três quintos da população mundial e uma diversidade cultural muito rica. Pensando nesse multiculturalismo, a Fundação Clóvis Salgado apresenta a mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia” em Congonhas de 17/1 a 2/2. Na programação, serão exibidas obras de três dos mais importantes cineastas do continente: Satyajit Ray (Índia), Edward Yang (Taiwan) e Abbas Kiarostami (Irã). Em conjunto, esses diretores oportunizam a construção de um olhar mais amplo sobre a diversidade de narrativas e estéticas presentes no território asiático. As exibições ocorrerão nas sextas, sábados e domingos, no Cineclube Centro Cultural da Romaria, e todas as sessões são gratuitas. A retirada de ingressos deve ser feita a partir de 1h antes do início das exibições.

A programação oferece uma seleção de filmes que expõe uma visão particular dos autores sobre os seus respectivos países, revelando uma Ásia multifacetada. O público poderá conferir obras marcantes de Kiarostami como “Onde Fica a Casa do Meu Amigo?” (1987), “Close-Up” (1990) e “E a Vida Continua” (1992). Entre os filmes do cineasta Satyajit Ray destacam-se “A Canção da Estrada” (1955), “O Invencível” (1956) e “O Mundo de Apu” (1959), que formam a “Trilogia de Apu”. Além disso, também serão exibidos os filmes de Edward Yang como “Um Dia Quente de Verão” (1991) e “Os Terroristas” (1986). Para além da exibição de filmes, a mostra oferece um espaço de reflexão crítica e formação para os espectadores. Serão realizadas sessões comentadas especiais, onde a obra de cada diretor será analisada em suas particularidades estéticas e/ou culturais, contemplando os elementos técnicos e poéticos que definem seus estilos. Além disso, na plataforma Cine Humberto Mauro Mais, já estão disponíveis textos inéditos sobre os filmes exibidos.
A mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia” é realizada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. A mostra “Cinematografias do Mundo: Ásia” é realizada através do Termo de Fomento 001/2024 entre a Fundação Clóvis Salgado e a Fundação Municipal de Cultura Lazer e Turismo de Congonhas

Outras facetas do cinema asiático – A escolha desses cineastas foi realizada a partir da representação de suas visões sobre os seus países de origem, traçando um panorama de uma Ásia menos conhecida do público. Apesar da relativa proximidade geográfica, as regiões possuem contextos e trajetórias históricas muito únicas. Inspirados pelo neorrealismo italiano, esses diretores retratam suas realidades de uma forma muito próxima e sensível.

“Os três diretores são amplamente influenciados pelo neorrealismo italiano, um movimento cinematográfico que surgiu após a Segunda Guerra Mundial, no qual os cineastas saíram às ruas para filmar a realidade que acontecia no país. Ray, Yang e Kiarostami, a partir disso, produziram obras que se relacionaram com as realidades de seus respectivos países e trouxeram uma sofisticação formal que reverberou internacionalmente”, explica Vitor Miranda, Gerente de Cinema da Fundação Clóvis Salgado e curador da mostra.


Satyajit Ray, com sua lente delicada e observadora, foi um dos primeiros cineastas a retratar as complexidades sociais e humanas da Índia pós-colonial. Ray propõe, quase sem que o espectador note, uma viagem de descobertas pela vida cotidiana, onde um fato ordinário revela camadas de significados que escapam aos olhos apressados e estrangeiros. Por sua vez, Edward Yang, um dos grandes nomes do cinema taiwanês, aborda em seus filmes dilemas existenciais, e faz isso com uma sensibilidade atenta à relação do indivíduo e da sociedade com as transformações sociais originadas nos atravessamentos entre tradição e modernidade, entre solidão e coletividade. Já Abbas Kiarostami é um artista iraniano que produziu um cinema localizado entre a poesia e a filosofia. O diretor frequentemente questiona o papel da imagem, a força da ficção, do tempo e da realidade, desafiando convenções fílmicas tradicionais e convidando os espectadores a uma reflexão sobre a própria natureza da sétima arte.

Rodrigo Azevedo, produtor de programação, ressalta a importância desta seleção de filmes. “Acreditamos que a relevância da mostra se destaca na oportunidade de expandir a compreensão sobre as cinematografias de países frequentemente marginalizados nos grandes circuitos de exibição cinematográfica. Eventos como este se tornam, por isso, essenciais para que mais pessoas possam se deparar com questões sociais e culturais de realidades diversas, trazidas por cinematografias distantes, mas que levam o espectador a ampliar seus horizontes e a vivenciar uma rica experiência de aprendizado e fruição intercultural”, destaca.

PROGRAMAÇÃO – “CINEMATOGRAFIAS DO MUNDO: ÁSIA” EM CONGONHAS
– 17/01 – SEXTA-FEIRA
19h A Canção da Estrada (Pather Panchali, Satyajit Ray, Índia, 1955) | 12 anos | 2h05

  • 18/01 – SÁBADO
    16h O Invencível (Aparajito, Satyajit Ray, Índia, 1956) | 12 anos | 1h50
    18h15 Mundo de Apu (Apu Sansar, Satyajit Ray, Índia, 1959) | 12 anos | 1h45
  • 19/01 DOM
    16h A Grande Cidade (Mahanagar, Satyajit Ray, Índia, 1963) | 10 anos | 2h15 | Sessão Comentada por Lucas Oliveira – Jornalista e crítico de cinema
    19h30 O Salão de Música (Jalsaghar, Satyajit Ray, Índia, 1958) | 12 anos | 1h39
  • 24/01 – SEXTA-FEIRA
    19h Onde Fica a Casa do Meu Amigo? (Khane-ye doust kodjast?, Abbas Kiarostami, Irã, 1987) | 10 anos | 1h23
  • 25/01 – SÁBADO
    16h E a Vida Continua (Zendegi va digar hich, Abbas Kiarostami, Irã, 1992)| 12 anos | 1h35 | Sessão comentada por Rodrigo Azevedo, pesquisador, cineasta e produtor cultural
    19h30 Através das Oliveiras (Zire Darakhatan Zeyton, Abbas Kiarostami, Irã, 1994) | 14 anos | 1h43
  • 26/01 – DOMINGO
    16h Close-Up (Nema-ye Nazdik, Abbas Kiarostami, Irã, 1990) | Livre | 1h34
    18h Cópia Fiel (Copie Conforme, Abbas Kiarostami, França – Itália – Bélgica – Irã, 2010)| 12 anos | 1h46
  • 31/1 – SEXTA-FEIRA
    19h As Coisas Simples da Vida (Yi Yi, Edward Yang, Japão – Taiwan, 2000) | 14 anos | 2h53
  • 01/02 – SÁBADO
    15h Um Dia Quente de Verão (Gu ling jie shao nian sha ren shi jia, Edward Yang, Taiwan, 1991)| 14 anos | 3h57
    19h30 Em Nosso Tempo (Guang yin de gu shi, Edward Yang, Tao Te-chen, Ko I-chen, Yi Chang, Taiwan, 1982) | 14 anos | 1h50
  • 02/02 DOM
    16h História de Taipei (Taipei Story, Edward Yang, Taiwan, 1985)| 14 anos | 1h59 | Sessão comentada por Larissa Muniz – crítica e pesquisadora
    19h Os Terroristas (Kong bu fen zi, Edward Yang, Taiwan, 1986) | 10 anos | 1h49

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Assessoria de Imprensa
Walter Navarro | Arthur Santana | Regyane Bittencourt

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