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Sem resistências ou apoio ao ex-prefeito, vereadores de Lafaiete (MG) aprovam CPI para investigar obras da gestão de Mário Marcus; aliado cita possível racha

Sem qualquer resistência contrária, a Câmara de Lafaiete (MG), por unanimidade a criação, na noite de ontem (4), da primeira Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, já no seguindo mês da Legislatura 2025/2028. O objetivo é apurar a supostas irregularidades na execução de obras na gestão do ex-prefeito Mário Marcus, conhecido como “gestor obreiro”.

Sequer os vereadores que apoiaram o ex-prefeito, ao longo dos últimos 8 anos, esboçaram uma defesa da gestão anterior. Um dos proponentes foi o ex-líder do prefeito, o Vereador João Paulo Pé Quente (PSD). Na escolha dos membros da CPI, por representação partidária na Casa, foram nomeados João Paulo Resende Pastor Angelino (PRD), Fernando Bandeira (PP), Pedro Américo (PT) e Gina Costa (Mobiliza).

Obras

A comissão tem 180 dias para emitir o relatório final. O próximo passo é escolha entre os membros do presidente e relatoria e posterior a definição de uma agenda de trabalho com depoimentos e diligências. Pela proposta inicial da CPI, serão apurados indícios de irregularidades com focos determinados:

1 – obras de construção de galerias pluviais na Rua Doutor Moreira, no Bairro São Sebastião, tendo em vista que as mesmas foram recentemente concluídas e, no entanto, a mencionada via pública continua apresentando graves problemas de estrutura, considerando ainda que foi uma obra de alto custo financeiro;

2 – a existência de supostas irregularidades na execução das obras de construção da Escola Municipal Professor Luiz Radamés de Araújo, que encontra-se interditada, sem condições de uso pelos alunos, fazendo com que seja necessário o aluguel de imóvel para o funcionamento regular;

3 – apurar a existência de supostas irregularidades na execução das obras de construção da UBS Dra. Maria Celeste Ribeiro, no Bairro Rochedo, que encontra-se parcialmente interditada, sem condições de uso adequado.

Complô

As 3 obras somam mais de R$ 9 milhões de investimentos. Um vereador, bastante ligado a administração anterior, ouvido por nossa reportagem, citou que as anormalidades nas obras já serão corrigidas pelas empresas responsáveis, já garantidas em contrato. “Votei, mas não vejo necessidade. As obras ainda estão em garantia”, justificou, citando que há um complô contra o ex-prefeito. “O tal do fogo amigo”, analisou. Para ele, a abertura da comissão processante pode causar uma animosidade e rusgas internas no grupo, avistando um possível racha com os desdobramentos e resultado final da CPI. “Não é um momento adequando uma CPI que colocar em confronto as duas lideranças. Lafaiete precisa de união”, finalizou.

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