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Vereador propõe que prefeitura acione a Justiça e obrigue a Copasa a diminuir conta de água; poeira da mineração aumenta o consumo em Congonhas (MG)

A Copasa foi alvo de intensas críticas e denúncias na sessão da Câmara nesta semana pela qualidade dos serviços prestados em Congonhas (MG). Além de esgoto a céu aberto, em diversos bairros, reclamações sobre a cor turva da água que chega as residências, além do péssimo recapeamento em ruas e avenidas em função de obras. “Ela destrói nossas ruas e entrega uma água com barro”, desabafou Averaldo Pica Pau (PL), Presidente do Legislativo.

Em 2022, a estatal anunciou um investimento der R$ 40 milhões e projeto de construção da Estação de Tratamentos de Esgotos (ETE) em Congonhas. A obra prevista contempla uma gama de serviços como a instalação de interceptores, redes coletoras e ligações prediais. E ainda serão construídas linhas de recalque, estações elevatórias e de tratamento de esgoto. À época, de acordo com a empresa, na fase I, que seria concluída até maio de 2023, 9 mil novas ligações prediais, 1.700 metros de rede coletora e 27km de interceptores de esgoto que já estão sendo executados.

A indignação dos vereadores é que a cobrança da taxa de esgoto, ainda sem a conclusão das obras, onerando o consumidor. “Eu defendo que a cobrança deveria ser somente quando o serviço estivesse em funcionamento. E mais uma coisa: o congonhense tem um consumo mais alto em relação as outras cidades em função da poeira da mineração”, disse o Vereador Eduardo Matozinhos PM). Ele relatou que há uma taxação de 74% de esgoto nas contas.

Matosinhos também questionou a demora nos prazos de conclusão da implantação do sistema de esgotamento sanitário. “A gente também defende a preservação de nossos rios, mas precisa os de mais qualidade do serviço da Copasa. Os prazos de término são dilatados e abra não é concluída”.

Ele defendeu que o Prefeito Anderson Cabido (PSB) acione o Ministério Público para a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para um desconto nas taxas devido ao alto volume de água consumido. “Pagamos por um serviço que não temos, agora cabe ao gestor acionar na Justiça a empresa em defesa dos congonhenses”.

Averaldo Pica Pau (PL) classificou o contrato entre a Copasa e o Município em 2022, ainda na gestão do ex-prefeito Gualter Monteiro, pelo prazo de 30 anos de concessão, como “acordo de compadres”. “A prefeitura precisa de ferramentas para acompanhar a execução do contrato e a empresa continua jogando esgoto nos rios. Em bairros a prefeitura é que leva água potável em caminhão pipas”. A Vereador Simonia Magalhães (PL) defende um subsídio ao consumidor.

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