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simulado de emergência

Congonhas avança no campo tecnológico com a construção do Pacto pela Inovação em busca de novos caminhos para quebrar a dependência da mineração e siderurgia

Nesta terça-feira, 25, o Museu de Congonhas foi o palco para a primeira edição da Cúpula de Inovação, Ciência e Tecnologia (CITEC). O evento reuniu representantes do setor público, instituições de ensino, setor produtivo e sociedade civil para debater e definir caminhos que impulsionem a pesquisa, a tecnologia e a inovação como vetores do desenvolvimento sustentável.

Um dos objetivos desta iniciativa foi promover a integração regional, alinhando as estratégias locais às políticas nacionais e ao Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Nesse sentido, esta ação também marcou o início da construção do Pacto pela Ciência e Inovação do Alto Paraopeba, consolidando um compromisso da Tríplice Hélice regional com a diversificação econômica sustentável e o fortalecimento do ecossistema de inovação.

Com a palestra “Municípios disruptivos: ouse inovar e transforme sua região”, Mike Soares, Líder de Aceleração e Ecossistemas de Startups no IEBT Innovation, apresentou uma visão estratégica sobre o papel dos municípios no fortalecimento da inovação e do desenvolvimento regional. Ele reforçou que, independentemente do porte, cada cidade tem potencial para liderar transformações por meio da ciência, da tecnologia e da articulação entre governos, startups e sociedade civil. “Mais importante ainda é esse protagonismo de Congonhas em trazer outros municípios da região para esse evento e estar co-construindo com esses municípios a inovação da região como um todo”, ressaltou.

O evento também contou com a participação de Pedro Emboava, Superintendente de Inovação Tecnológica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais. “Esse é o momento mais propício para falarmos como que esse tema tão importante tem a capacidade de gerar grandes transformações; e ficamos muito felizes pela Secretaria do Estado estar presente, pois o governo entende que Ciência, Tecnologia e Inovação é o futuro do nosso desenvolvimento econômico”, relatou Pedro. Ele pontuou ainda a importância de levar mais tecnologia para setores mais tradicionais da economia, como a mineração. “As nossas mineradoras precisam cada vez mais incorporar soluções tecnológicas e inovadoras para se manterem competitivas no médio e longo prazo”, reforçou.

O painel do evento, mediado por Rina Dutra, contou com a participação de três mulheres atuantes no mercado da inovação, sendo duas congonhenses. A Pró-Reitora de Inovação, Pesquisa e Pós-Graduação, Gislayne Gonçalves, destacou o papel da academia na composição da tríplice hélice e valorizou a postura de vanguarda da prefeitura de Congonhas na criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, além da idealização do Parque Tecnológico. Rafaela Rossi, desenvolvedora da plataforma BuyCo, falou sobre a alegria em retornar à sua cidade natal, 15 anos depois de ter saído para estudar Engenharia de Automação na capital e ver o desenvolvimento do município na pauta da tecnologia, buscando se posicionar de forma inovadora no mercado. E Amanda Carvalho, prata da casa, que hoje atua no Mining Hub, reforçou a importância dos avanços tecnológicos para a sustentabilidade da mineração enquanto importante vetor da economia local.

Finalizando o evento, o prefeito Anderson Cabido agradeceu a presença dos participantes e pontuou a demanda de qualificação da atividade econômica do Alto Paraopeba e de ampliação de oportunidades para os jovens e trabalhadores. Ele reforçou que a dependência excessiva dos municípios pela mineração e siderurgia exige que a região encontre novos caminhos de desenvolvimento. Anderson deixou claro em seu discurso de encerramento que a criação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação é uma estratégia consciente, assim como a vinda das instituições de ensino, IFMG e UFSJ, há cerca de 17 anos atrás.

Essa é uma pauta prioritária para a gestão municipal e por isso já existem outras ações específicas programadas para o pequeno, médio e longo prazo, com destaque para a criação do Parque Tecnológico de Congonhas. “Hoje, com o amadurecimento e a consolidação das nossas instituições de ensino, que se transformaram em centros de excelência em produção de conhecimento, nós temos todos os ingredientes para construir uma política pública que produza efeitos e consequências rapidamente; portanto, estamos aqui para apostar na estruturação do nosso ecossistema de inovação”, explicou o prefeito.

Anderson reforçou também a importância de que o protagonismo em relação à promoção da ciência, tecnologia e inovação em nossa região seja compartilhado com os demais atores envolvidos no processo, ou seja, as instituições de ensino, a iniciativa privada e a sociedade civil, para que assim, as políticas públicas construídas nesse sentido não percam a sua continuidade com o passar do tempo e a posterior mudança de gestão dos municípios.

Por Secretaria de Comunicação/Prefeitura de Congonhas

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